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Ventos de Maio: Entre Mitos, Canções e o Sopro do Sagrado Feminino. Por Renato Queiróz

2 - 3 minutos de leituraModo Leitura

Maio é o mês mais feminino do ano, já disse o poeta…

Tem razão, meu amigo, que não há de ser só por coincidência se terem juntado no mesmo mês tantas festas femininas! Mês de mãe, mês de noivas, mês de Nossa Senhora…

Senta que lá vem história…

A palavra maio está relacionada com Maiesta, uma antiquíssima deusa dos romanos e que provavelmente estava, ela também, associada com uma outra figura divina, a Bona Dea, ou a boa deusa da fertilidade e da abundância.

Maiesta era esposa de Vulcano, o deus do fogo. Nas festas em sua honra, os homens não eram admitidos.

Os livros de mitologia greco-romana também falam de um festival das flores em sua homenagem e que acontecia entre abril e maio.

E, como em muitas festas primitivas que celebravam a primavera (no hemisfério norte), além das flores, símbolo da possibilidade de renovação da vida, os rituais incluíam muita dança e muita festa… e um vento de liberdade inspirando tudo.

“Vento de Maio” é nome de duas homônimas canções brasileiras, gravadas por duas grandes intérpretes brasileiras:

No álbum da Nara Leão lançado em 1967, “Vento de Maio” (a música-título do álbum), composição de Gilberto Gil e Torquato Neto.

No álbum “Elis”, o último álbum de estúdio de Elis Regina, lançado em dezembro de 1980 pela gravadora Odeon.

Qual publicar? As duas canções por aqui…?

De prima, sem esquecer e valorizar a bela “Vento de Maio” de Gil e Torquato, sacralizada por Nara, vou iniciar com a conhecida canção homônima que foi popularizada por Elis.

“Vento de raio, rainha de maio, estrela cadente”.

Os versos da canção de Márcio Borges e Telo Borges – instrumentista, cantor e compositor, também, irmão de Lô Borges – ecoam em minhas memórias, lembrando que quase que eu me esqueci que o tempo não para, nem vai esperar..

Precisamos de todos os sentimentos do mundo em nossos relicários particulares para continuarmos a caminhada na estrada da vida, muitas vezes tomada pelo mato e encharcada por água de chuva.

“Assim meu sapato, coberto de barro, apenas para não parar, nem voltar atrás”.

Aqui, do álbum de Lô Borges ‘Trem Azul’ de 1982, nosso querido Lô, em uma apresentação impar, um belissimo show gravado em 2002. Com a participação de seu irmão Telo Borges! Realmente emocionante!

SONZAÇO!

Renato Queiroz  é professor, compositor, poeta e um apaixonado pela história da música,.

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