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Edna, longa documental de Eryk Rocha, é selecionado para competição do DOC NY - principal festival do gênero nos EUA
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Qui, 28 de Outubro de 2021 00:49

Edna_FilmeCom mais de 15 festivais no currículo nos quatro cantos do mundo, “Edna”, de Eryk Rocha, alcança mais uma marca única: o único filme nacional a ser selecionado no renomado DOC NYC, nos Estados Unidos - o mais relevante do gênero. Com duas exibições programadas, a produção está na seção Competitiva Internacional Caleidoscópio: Novas Visões Documentais. Além deste, também foi anunciado na última semana a participação do filme no Festival Ambulante (México), FICX Gijón (Espanha), Porto Post Doc (Portugal), MIDBO (Colômbia), RIDM (Canadá) e será o filme de encerramento do L?Alternativa - 28º Festival de Cinema Independent de Barcelona.

Em sua breve carreira, “Edna” - que teve estreia nacional no Festival É Tudo Verdade 2021 e mundial no Visions du Réel (Suíça), já soma cinco estatuetas: Prêmio Menção Honrosa do Júri - na 10ª Mostra Ecofalante (Brasil), Prêmio de Melhor Direção - FICVIÑA - Festival Internacional de Cine de Viña del Mar (Chile), Prêmio Menção Honrosa Especial no Pesaro Film Festival 2021 (Itália), Prêmio de Melhor Fotografia - Festival Internacional de Cinema de Guadalajara (México) e Prêmio de Melhor Longa-Metragem pelo Júri Jovem - Festival de Biarritz (França).

Ao ser anunciado no Festival RIDM (Canadá), foi declarado sobre o filme na programação: "E como a resistência pode às vezes fazer-se através de combates silenciosos, apresentamos – Edna – do aclamado cineasta brasileiro Eryk Rocha. Esta obra por vezes brutal e outras onírica faz o retrato de uma mulher que escreve no seu diário íntimo suas recordações de sobrevivência num território atingido por múltiplos massacres." O Coletivo que compõem a curadoria do festival também publicou: "Edna escreve, com grande eloqüência, em seu diário intitulado “A história da minha vida”. Ela carrega consigo as cicatrizes da guerra pela terra, bem no fundo do Brasil. Suas memórias de sobrevivência estão entrelaçadas com a história do país. Sua voz suave, antes silenciada pelo medo, é a força motriz de um filme que confunde a realidade com o sonho. Sua vida cotidiana pacífica, quase bucólica, contrasta com a natureza violenta de sua história e com sua busca por deixar esta terra tão profundamente arrasada por massacres. O filme anterior de Eryk Rocha, Cinema Novo, ganhou o prêmio Oeil d'Or (Olho de Ouro) no Festival de Cinema de Cannes em 2016; com Edna , ele volta ao documentário com uma crônica - ao mesmo tempo poética e brutal - de uma guerra que está longe do fim."

Outro marco importante do filme foi a participação no renomado Telluride Film Festival, no Colorado - EUA, que habilita automaticamente o filme a se inscrever nas principais premiações estadunidenses, como o Cinema Eye Honors, Critics Choice Documentary Awards, IDA Docs e Film Independent Spirit Award. É a segunda vez que Eryk Rocha participa do festival em seus 20 anos de carreira. Neste ano, EDNA foi o único filme brasileiro a ser selecionado. Da América Latina dividiu espaço com apenas mais um documentário.

"A estreia norte-americana de EDNA no Festival de Telluride foi muito bonita e emocionante. Havia participado do festival há 10 anos atrás mostrando "Transeunte". E agora foi a primeira vez que assisti EDNA em tela grande em comunhão com o público. Por conta da pandemia não pude viajar nos festivais anteriores. E o filme ganha muito impacto e potência na tela grande na experiência coletiva/ emocional/ sensorial da sala de cinema. Houveram três sessões do filme com debates e sinto que o público ficou muito comovido com a história e vida de Edna. As pessoas também ficaram instigadas e puderam conectar Edna com o atual contexto político brasileiro", diz o diretor.

Com olhar sensorial, poesia e política se fundem a partir do caderno de memórias e traduções de sentimentos “Histórias da Minha Vida” de Edna, a protagonista, que dá nome ao filme, carrega consigo a trajetória de luta e resistência pela terra, existência e dignidade humana. À beira da rodovia Transbrasiliana, vive essa mulher-memória guerrilheira que enfrentou a grilagem e aqueles que mandam nela na Guerra dos Perdidos (1976), inspirada pela grandiosa e devastadora Guerra do Araguaia (1967-1974). É por meio de sua prosa,  que costura lembranças e dores dessa tragédia histórica no Brasil que perdura até hoje como ferida aberta e realidade diária de destruição, extinção e descaso político.

“Desde o início ficamos muito impressionados e cativados pela presença, pela voz e força do relato de Edna. Filmei esse primeiro encontro com a câmera acomodada nas pernas trêmulas. Ouvimos comovidos Edna dizer coisas tão fortes e com tanta doçura, e ao mesmo tempo com tanta dor e sofrimento. Essa conversa aconteceu em sua casa na beira da estrada na rodovia Transbrasiliana a poucos quilômetros do município de São Geraldo do Araguaia, fronteira entre Pará e Tocantins.”, conta o diretor Eryk Rocha, vencedor da Palma de Ouro de não-ficção em Cannes com o filme “Cinema Novo”.

Com argumento de Gabriela Carneiro da Cunha, que se une ao diretor e Renato Vallone na construção do roteiro, Eryk ainda reflete sobre a personagem e sua história: “EDNA encarnava a terra, o corpo-terra, a luta pela terra. Imagem tão forte que permeia a história de sangue do Brasil. Ela trazia suas marcas, experiências que se entrelaçam com a tragédia histórica do Brasil que tão cruelmente tem a ver com o nosso presente. Presente de feridas abertas e questões cruciais que ainda não fomos capazes de resolver como povo. Nas palavras dela: “eu tenho medo, a guerra ainda não acabou”. Edna está certa, e o Brasil 2021 Bala-Boi-Bíblia é uma catástrofe.”

O filme é uma produção da Aruac Filmes com o apoio de Cinebrasil TV e Rumos Itaú Cultural.

Festivais que já aconteceram:

- Visions du Réel (Suíça) - Estreia Mundial em abril de 2021

- É Tudo Verdade - Estreia Brasileira

- La Semana del Documental - Doc Montevideo (Uruguai)

- Telluride Film Festival (EUA)

- Festival Goiamum Audiovisual (Brasil)

- Festival Cine Sul da Cinemateca do MAM-RJ (Brasil)

- XI Festival Pachamama - Cinema de Fronteira

- DMZ International Documentary Film Festival of South Korea (Coreia do Sul)

Futuros festivais que já anunciaram seleção:

- MIDBO 23 - Muestra Internacional Documental de Bogotá (Colombia)  (25 Outubro - 1 Novembro)

- Ambulante Film Festival (México) (3 novembro - 5 dezembro)

- DOC NYC (Estados Unidos) (10 - 28 novembro)

- FICX Gijón (Espanha) (18-27 novembro)

- Porto Post Doc (Portugal) (20-30 novembro)

- RIDM Montreal (Canadá) (10-21 novembro)

- L?Alternativa - 28º Festival de Cinema Independente de Barcelona (15 novembro - 5 dezembro) - Filme de encerramento

Premiações:

- FICVIÑA - Festival Internacional de Cine de Viña del Mar (Chile) (6 y 15 de Septiembre) - Prêmio de Melhor Direção

- 10a Mostra Ecofalante (Brasil) - Prêmio Menção Honrosa do Júri

- Pesaro Film Festival 2021 (Itália) - Prêmio Menção Honrosa Especial

- Festival Biarritz Amérique Latine (França)  (27 set - 3 outubro) -  Prêmio Melhor Longa-Metragem Documentário pelo Júri Jovem

- FICG Festival Internacional de Cine en Guadalajara in México (1-9 outubro) - Prêmio Melhor Fotografia

Sobre o diretor

ERYK ROCHA cineasta nascido no Brasil em 1978, formou-se em 2002 na escola de cinema de Los Baños, Cuba, onde dirigiu seu primeiro longa: ROCHA QUE VOA. O filme foi selecionado em Veneza, Rotterdam e outros festivais, ganhando o prêmio de Melhor Filme no Brasil, Argentina e em Cuba. Os próximos trabalhos também coletaram presença prestigiosa em eventos nacionais e internacionais tais como Cannes, Sundance, Nova Iorque, Montevidéu, Guadalajara, Buenos Aires, Marseille e Amsterdam. CINEMA NOVO (2016), seu sétimo longa, recebeu o L?Oeil d?Or de Melhor Documentário no Festival de Cannes.

Em 2019, Eryk, a ficção BREVE MIRAGEM DE SOL, coprodução entre Brasil, França e Argentina, o filme estreou no BFI London e atualmente se encontra na plataforma de streaming Globoplay. O filme ganhou os prémios de Melhor Ator, Melhor Edição e Melhor Fotografia no Festival do Rio (2019) e o Prémio Silvestre para Melhor Longa Metragem no Festival Indie Lisboa (2020). Alguns de seus trabalhos foram adquiridos pelo MoMA e foram integrados à coleção permanente do museu.

 

EDNA

Documentário | 64? | BRASIL | 2021

Sinopse: Vivendo à beira da rodovia Transbrasiliana, na Amazônia brasileira, Edna é testemunha de uma terra em ruínas construída sobre massacres. Criada apenas pela mãe, ela vivencia em seu corpo e no de seus descendentes as marcas de uma guerra que, segundo ela, nunca acabou. Por meio de seus relatos e escritos, o filme constrói uma narrativa híbrida que se move entre a realidade e o imaginário. Tudo é tecido a partir da memória de Edna e seu diário intitulado "História da Minha Vida". Uma vida de guerrilhas, desaparecimentos e desmatamentos, mas também a força das mulheres, rios e matas que insistem em sobreviver. Uma poeta transformada em olhos que apesar de verem não podem falar. Ela sonha sair dali para um lugar que não sabe aonde.

Ficha Técnica:

Direção ERYK ROCHA

Argumento Original GABRIELA CARNEIRO DA CUNHA

Produção ERYK ROCHA e GABRIELA CARNEIRO DA CUNHA

Elenco EDNA RODRIGUES DE SOUZA e ANTONIO MARIA CABRAL (CARLOS)

Roteiro GABRIELA CARNEIRO DA CUNHA, ERYK ROCHA e RENATO VALLONE

Pesquisa PAULO FONTELES FILHO, MARCELO ZELIC e GABRIELA CARNEIRO DA CUNHA

Direção de Fotografia e Câmera ERYK ROCHA e JORGE CHECHILE

Montagem RENATO VALLONE

Assistente de direção GABRIELA CARNEIRO DA CUNHA

Desenho de Som WALDIR XAVIER

Mixagem BERNARDO ADEODATO

Som Direto BRUNO CARNEIRO DA CUNHA

Cantos e Vozes GABRIELA CARNEIRO DA CUNHA

Trilha Sonora Original GUILHERME KASTRUP, MANOEL CORDEIRO e AVA ROCHA

Correção de cor e finalização de imagem ALICE ANDRADE DRUMMOND

Coordenação de pós-produção e masterização MATHEUS RUFINO

Produção Executiva ALVARINA SOUZA, YANA CHANG, JOELMA OLIVEIRA GONZAGA e LUCIANO SALIM

Produção de Set FERNANDA HAUCKE

Assistente de Produção e Motorista FRANCISCO ALMEIDA DE FARIAS

Coordenação de pós-produção MARGARIDA SERRANO

Cartaz JOÃO MARCOS DE ALMEIDA e MATHEUS ROCHA

Produção ARUAC FILMES

Produção Associada WALDIR XAVIER

Apoio ITAU CULTURAL e CINEBRASIL TV

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  • mariofoto1_MSF20240207-092Lavagem Funceb. 08.02.24. Alb 2. Foto: Mário Sérgio
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