Oficinas, debates e muito cinema! A sexta edição da Mostra Mulher de Mulher é no Cinema chega com diversas atividades, propondo um espaço de acolhimento, troca de conhecimento e diversão para cineastas iniciantes e veteranas, cinéfilos e toda a comunidade soteropolitana, que tenha interesse pelo audiovisual feito por mulheres e pessoas não binárias. O evento ocorre entre os dias

Esta é uma oportunidade de exibir curtas tanto em sessões competitivas e não competitivas, nas quais olhares dissidentes e plurais são exibidos a cada sessão. Projeções com focos especiais em questões de raça e sexualidade, por exemplo, são uma das maiores atrações da iniciativa, que vem se estabelecendo na cidade desde a sua criação Dayane Sena é produtora executiva da Mostra e conta como esta data é muito aguardada por todes envolvides no projeto, pois, após a pandemia, é muito relevante ter esta oportunidade de trocar afetos, mas também conhecimento. “Com tantos festivais que encerraram suas atividades, devido aos tempos difíceis que vivemos, para mim a Mostra é um espaço de resistência, mas também de acolhimento, o que teremos muito fortemente entre os dias 05 e 09”.

A energia de expectativa para o retorno presencial da Mostra também está presente na cineasta Hilda Lopes Pontes. Como uma das fundadoras da iniciativa, elu destaca que há cada ano o projeto conseguiu fomentar a pluralidade dos olhares trazidos nos curtas selecionados e convidados, mas também na própria cara que a Mostra possui. Reunir, dentro da própria equipe, uma quantidade majoritária de pessoas dentro do espectro feminino, que contam com tanta singularidade, vivência e fazem parte de distintas comunidades dentro da sociedade é fundamental para Hilda, que pensa que este é, de fato, um espaço que preza pela representatividade genuína, onde todes podem ser vistes, escutades e reverenciades por sua arte, talento ou amor pelo cinema.

Oficinas e sessões

As três oficinas oferecidas pela Mostra acontecem entre os dias 05 e 08 de julho, sempre das 9h às 12, no Goethe-Institut, no Corredor da Vitória. Detalhes sobre cada atividade, formulário de inscrição e condições de participação serão informadas no instagram do evento @mostramulhernocinema . Já as sessões de cinema, acontecem das 16h às 20h, na Sala Walter da Silveira, com as Mostras Matinê e Luas. No dia 09 de julho, ocorre a festa de encerramento, na qual as vencedoras escolhidas pelo júri da Mostra serão anunciadas.

Homenagem

É uma tradição da Mostra realizar uma homenagem para uma artista brasileira, que tenha contribuído de maneira fundamental para o cinema nacional e para a cultura do país como um todo. Nesta edição, o evento celebra a atriz D. Léa Garcia. Além da presença marcante em todas as esferas artísticas nacionais e internacionais, D.Léa acumula prêmios e nomeações em diversos festivais, como a Palma de Ouro de Cannes, no qual ela foi indicada por sua Serafina, no filme Orfeu do Carnaval, em 1957. Além disso, Léa já recebeu dois Kikitos, em Gramado, um em 2004, por Filhas do Vento, de Joel Zito Araújo, e outro em 2013, por Acalanto, de Arturo Sabóia. “minhas homenagens e prêmios sempre foram muito importantes e esta tem essa relevância de se fazer uma mostra de cinema e para mim essa importância é muito grande, porque também é a inclusão da mulher no audiovisual. Então, esse reconhecimento enquanto atriz, dentro do cinema, é um reconhecimento e um incentivo para as próximas gerações dentro do audiovisual”, comenta Garcia.

A sexta Mostra conta com patrocínio do Governo da Bahia, por meio do edital ‘Respeita as Minas’, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, e tem como instituição executora o IADES, realização das produtoras Salamandra Produções, Olho de Vidro e Favela Cult. Tem o apoio institucional da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb/SecultBA), por meio da Diretoria de Audiovisual (DIMAS).

Histórico da Mostra e Novidades

A Mostra começou no ano de 2017, criada por Hilda, ao lado das cineastas e produtoras Moara Rocha e Lilih Curi. Inicialmente, o trio reuniu uma lista com o nome de todas as realizadoras que existiam no período, dentro do estado da Bahia, que elas conheciam. A ideia era criar um projeto que abarcasse as diretoras baianas, mas, aos poucos, a iniciativa foi crescendo e ganhando um caráter nacional, incluindo sessões competitivas e cerimônia de premiação.

Desde o seu início, a Mostra recebeu mais de 2 mil filmes inscritos e já exibiu 450 curtas-metragens, de mais de cem mulheres cis, trans, PCDs, de múltiplas sexualidades e raças, pois um dos maiores focos do festival é abarcar o máximo de vozes, mostrando a pluralidade das realizações do país. “Por nós termos, um formato híbrido, as sessões on-line também elevam a potencialidade dos encontros, com um intercâmbio maior entre pessoas do Brasil inteiro”, completa Hilda.

FILMES SELECIONADOS:

Todavia Sinto

Mandinga Um filme de Raidol

Medusa In.Conserto

DAMAS.doc

À Beira do Rio das Almas

Les dauphins (Golfinhos)

Itinerário de cicatrizes

A Espera

Ventre Afluente

Não-Corpo

Flor de Mururé

CACICA – A força da Mulher Xavante

Tia Zezé, presente!

Nunca Pensei que Seria Assim

Torta de Limão

Reservado

Essa terra é meu quilombo

Céu

Ímã de Geladeira

Joana das Mulheres de Negócios

A humanidade que me resta

O livro azul, aquele ali da prateleira de cima

Ela Pode Tudo

Ana Rúbia

Mórula

A Fórmula

As Velas do Monte Castelo

Enquadro

Era uma noite de São João

Identidade Que Te Falta

Trancinhas

íntimo

Jussara

Lia Ficou Sozinha em Casa

Lugar Nenhum

mar, cores, sons e texturas – O OLHAR QUILOMBOLA NA INFÂNCIA

Antes de falar de amor

MULHER VESTIDA DE SOL

Odoya

Os Três Porquinhos

YASMIN

Colchão d’água

Rua Dinorá

Meu nome é Dhyovanna

Memórias de um verão que acabou

COLEÇÃO ANTIRRACISTA: Mulheres Negras

SERVIÇO

6ª Mostra Lugar de Mulher é no Cinema

Quando: De 05 a 09 de Julho

Onde: Sala Walter da Silveira, Goethe-Institut e on-line (no site do evento)

Valor: gratuito

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