Integração. Esse é o desejo dos 9,6 mil refugiados de mais de 80 nacionalidades reconhecidos no Brasil. Segundo dados do Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados), divulgados em junho desse ano, o número de refugiados no país aumentou em 9,31% de 2016 para cá. Fora os refugiados reconhecidos, o Brasil abriga hoje 35.464 solicitantes de asilo. A estimativa é de que 1% desse total esteja no Nordeste. Comum a todos eles, a falta de oportunidade e a necessidade de reinserção a uma nova sociedade.

Assim como o Brasil, a Bahia não possui qualquer política pública de suporte a essas pessoas e, diferentemente do eixo Rio-São Paulo, que registra instituições privadas e ONGs dedicadas a eles, por aqui, não há conhecimento de nenhum outro programa de assistência que auxilie no processo de reinserção. “Em Salvador, não identificamos nenhum órgão que atue nesse sentido, com políticas de inclusão, nem mesmo que centralize as informações sobre as pessoas nessa condição”, destacou a professora Rafaela Ludolf, coordenadora do NERI e responsável direta pelo projeto.

Além do curso de português, o projeto também oferece cursos profissionalizantes como elaboração de projetos, comunicação visual, reaproveitamento de alimentos/nutrição, entre outros, com objetivo de auxiliar na integração ao mercado de trabalho soteropolitano. Além disso, o programa trabalhará também para criar um grupo de apoio e suporte, para que essa inserção local se dê com maior facilidade.