Elas insistem ser.
Camadas.
Caminhos
de sentidos vão
se transformando a partir do tempo.
O tempo das nuvens engolir o ceu,
os ventos levantar poeira.
O furacão inverter a logica.
É nesses tempos que as histórias se revelam.
Fantasma voltou para a carne,
A carne arrasta o chão,
o chão a códice* do que esta sendo escrito.
Aqui o sol não põe,
Ela(s) espalha(m) avermelhada(s),
além de horizontes e alturas.
“Elas insistem ser,” curadoria de Nefertiti Charlene com assistência de curadoria de Alexandra Martins Costa é composto por três obras de dança, “Mujerzuela” de Nirlyn Seijas, dançado por Andrea Abdala , Patrícia Leitão, Paola Kianda e Brisa Morena; “Dobra” de Ana Brandão e “Hortênsia” de Daniela Amoroso. Juntas elas se transformam para revelar histórias e vozes de mulheres neste mundo, destes tempos e de outros. 
*Os códices maias são livros desdobráveis que foram produzidos pelo povo maia desde o século V. Os textos estão redigidos utilizando caracteres hieroglíficos maias que foram inscritos sobre papel produzido a partir da casca de algumas árvores, alguns livors chegando a ser mais de 200 páginas. Uma importante função da escrita era o registro do tempo e das fases planetárias, pelo qual eram regulamentados os períodos de celebração religiosa. Outros escritos contavam as histórias de criação do mundo e de novos conhecimentos e rituais religiosos. Infelizmente, a grande maioria desses códices foram destruidos pelos Espanholes