O espetáculo Água em Mim é o pensar e sentir água, olho de água e silêncio de água. Uma estética de sede, coreografia das trajetórias possíveis do corpo da água e sonoridade evocativa e contemporânea (Renato Santos - Concepção e Direção)

O estado de sensibilidade e presença cotidianas, em conexão com o espetáculo, permitiu também dançar e cantar memórias e experiências pessoais vividas recentemente aqui e no Benin - danças de lá e daqui, a memória do nascimento da minha filha, as experiências e aprendizagens diárias com ela, a saudade do Benin e a sensação de ligações só explicáveis pela ancestralidade e espiritualidade. Tem sido uma retomada gradativa da inteireza, pela dança, reavivando corpo, cabeça e ligação com meu Orixá (Monica Aduni - Coreografia e interpretação)

O som das águas traz muitas alturas, muitas variações sonoras, uma sonoridade mãe de muitos sons, com seus ruídos, marulhos e múrmuros. O ijexá, por sua vez, é um rio percorrendo seu curso calmamente, evocando nobreza, elegância e serenidade, e provocando nos corpos todas essas sensações através do toque e do ritmo, assim como o barravento evoca as águas turbulentas, velozes, redemoinhos. A ideia foi que a música pudesse criar essas sensações, afetos, não através de uma interpretação, mas do próprio contato do som com o corpo. (Felipe Machado - Trilha Musical)