que versam sobre uma temática intrigante, definida pelo artista como uma narrativa filosófica-existencial, convidando o público a refletir sobre o tema: "Além do que se vê - Aquém do intangível". A mostra, com curadoria de Alejandra Muñoz, reúne as pinturas mais recentes do artista, distribuídas em quatro núcleos: O Grande Corpo; Retratos Íntimos; Superfícies do Intangível e Latências Atrozes. Esta exposição do MAB, museu vinculado ao Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da SecultBa, ficará aberta a visitação até o dia 30 de abril com entrada gratuita.

Conversando com Fábio Magalhães, o artista exprime seu amor pela arte de forma apaixonada. Segundo ele, "a escolha da Pintura é uma atitude afirmativa e política. Trata-se de uma produção que questiona o Ser e a persistência do pintar na atualidade, buscando estabelecer relações e interações entre a tradição e a contemporaneidade". Atualmente - prossegue - "a produção artística contemporânea vem enfrentando desafios, numa época em que o excesso de imagens nos faz pensar: para que mais uma?". Contudo, Magalhães questiona aquilo que se encontra na superfície da tela, a imagem. Para ele, trata-se de uma superfície permeável, onde poderíamos atravessar e encontrar outros lugares, outras imagens, que só existem em nossa imaginação, podendo ser entendidas como portais que nos conduzem a outras realidades.

Assim, Fábio Magalhães nos convida a “ver” o que está além das imagens produzidas por ele, as quais figuram cenas realistas que colocam em xeque a própria realidade, "Um convite para "Além do que se vê".

"O jovem talento de FÁBIO MAGALHÃES (Tanque Novo - BA, 1982)

Fábio é considerado um talento da geração de novos artistas baianos. Surgido na Bienal do Recôncavo, Magalhães desenvolve trabalhos com a mídia da Pintura. Suas obras surgem de metáforas criadas a partir de pulsões, das condições psíquicas e substratos de um imaginário pessoal, até chegar a um estado de Imagem/Corpo. Os resultados são obtidos por meio de artifícios nascidos de um modus operandi que parte de um ato fotográfico e materializa-se em pintura. O artista apresenta encenações meticulosamente planejadas, capazes de borrar os limites da percepção, configuradas em distorções da realidade e contornos perturbadores. Desse modo, seu trabalho reúne um conjunto de operações, em que sua pintura ultrapassa as barreiras do Eu até encontrar o Outro, o Ser. Fábio Magalhães vive e trabalha em Salvador.

Fábio Magalhães realizou exposições e conquistou prêmios como: “O Grande Corpo” (2011); Prêmio Matilde Mattos/FUNCEB, na Galeria do Conselho – Salvador/BA (2011); “Retratos Íntimos” na Galeria Laura Marsiaj – RJ (2013); selecionado para o “Rumos Itaú Cultural 2011/2013”;  “Convite à Viagem - Rumos Artes Visuais 2011/2013” (2012), no Itaú Cultural – São Paulo/SP, com curadoria do Agnaldo Farias; “O Fio do Abismo – Rumos Artes Visuais, 2011/2013” – Belém/PA, com curadoria de Gabriela Motta; “Territórios” na Sala FUNARTE/Nordeste – Recife/PE, com curadoria do Bitu Cassundé; “Espelho Refletido” no Centro Cultural Hélio Oiticica – Rio de Janeiro/RJ, com curadoria do Marcus Lontra; “Paraconsistente”, no ICBA – Salvador/BA, com curadoria de Alejandra Muñoz;

SERVIÇO

O que: Vernissage Exposição "Além do se vê - Aquém do intangível"

Onde: Museu de Arte da Bahia, Corredor da Vitória, 2340

Quando: Dia 26.02 (sexta-feira ) às 19h

Realização : MAB/IPAC/SecultBA

Entrada gratuita

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