O lançamento do livro Anos 70 Bahia promete agitar o Largo de Santana no dia 4 de abril, terça-feira, tendo como palco os salões charmosos do restaurante Póstudo. Da ampla varanda no primeiro andar os primeiros a chegar poderão contemplar o pôr do sol no coração do Rio Vermelho, e o espírito festivo dos convidados e autores, além dos telões com imagens e músicas da época por certo alongarão a celebração para além da meia-noite indicada no convite.
Idealizado, organizado e com redação final do publicitário, fotógrafo e produtor cultural Sérgio Siqueira e do escritor, jornalista e publicitário Luiz Afonso Costa, Anos 70 Bahia desenha com pormenores e veracidade testemunhal um vigoroso painel autobiográfico da década, com relatos e imagens cedidos pelos próprios protagonistas.
São duzentos os autores que compartilharam no Facebook as incríveis narrativas que marcaram a cena baiana na década de 70, quando a maré da contracultura trouxe às nossas praias gente de todo o planeta, entre eles estrelas de primeira grandeza da música, da literatura, da dança, do teatro, das artes plásticas...
Do mochileiro ao popstar, todo mundo queria vir à Bahia, a Meca da artistagem e dos alternativos. Salvador era iluminada por estrelas de primeira grandeza como Caymmi, Jorge Amado, Mário Cravo, Gláuber Rocha, João Ubaldo, Carybé, Vinicius de Moraes, João Augusto, Roland Schaffner, em aberta convivência com os vanguardistas Caetano, Gil, Gal, Bethânia, Novos Baianos, Raul Seixas, Capinan, Lia Robatto, Waly Salomão, Rogério Duarte e tantos outros. E aqui desembarcaram astros internacionais do quilate de Janis Joplin, os Stones Mick Jagger e Keith Richards, Robert de Niro, Mercedes Soza, Jack Nicholson, Roman Polanski, Brigitte Bardot, Richard Gere...
Mais do que um livro, Anos 70 Bahia é uma forma inédita de fazer um livro, em sincronia com os novos tempos da conexão planetária (todo mundo fala com todo mundo), por meio da internet e das redes sociais. Assim é que, ao longo de nove meses, o livro foi escrito on-line, episódio a episódio, com altos teores de interatividade, surfando na instantaneidade digital e resgatando o espírito libertário e hedonista da época.
Em seus oito capítulos (e na segunda parte, que contém entrevista e artigos), o livro tematiza os points favoritos dos artistas e da malucada como o Porto da Barra, Praia dos Artistas, Arembepe, Pituaçu, Berlinque; os lugares onde se fazia e se curtia arte de vanguarda, como os icônicos teatros Vila Velha e Castro Alves, a Concha Acústica, o ICBA; a força mística-profana das festas de largo e a ferveção dos carnavais na Praça Castro Alves; os temas sociais em evidência na época, como a emancipação feminina, a repressão, as drogas, a transcendência. Resgatamos, enfim, o possível da lista interminável, com os relatos (e as imagens) postados pelos autores-parceiros.
Produzido com a qualidade e tradição da Editora Corrupio, sob coordenação editorial de Bete Capinan e projeto gráfico de Valentina Garcia, o livro Anos 70 Bahia inicia em abril a sua trajetória. Informações, textos e imagens para a mídia e leitores podem ser colhidos no hotsite www.anos70ba.com.
Serviço: Anos 70 Bahia – Editora Corrupio, 232 pgs., R$ 40,00. Lançamento em 4 de abril, a partir das 17h30, no restaurante Póstudo (rua João Gomes, 87, Largo de Santana.
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