Neste domingo, dia 26 de julho, o Café da Walter, na Sala Walter da Silveira (Complexo Cultural dos Barris) abre as portas para o Dominicaos nº29. A partir das 17h, o evento que reúne linguagens multi-artísticas ocupará o espaço, dando prosseguimento a sua temporada 2015, integrando artistas e criadores das mais variadas experiências.

Entre os criadores desta edição estão Mônica Santana, atriz, poeta, performer, em Isto Não É Uma Mulata, ação performático-teatral que põe em questão a figura da mulher negra na sociedade brasileira a partir de signos carregados de distorções; contemplando o audiovisual estão os filmes A Cor do Fogo e a Cor da Cinza, de André Félix, cineasta, que conta a história de Wagner, que vive na favela e desde os 7 anos de idade é proprietário da Rede Metror, um canal de televisão feito de papel e lápis de cor, a exibição do clipe Rádio Art [o rei do cagaço], de Caio Araújo, a experimentação de E:DB, com imagens sobrepostas sobre pequeno enxerto A Cidade Que Não Dorme, narrativa fragmentária recortes de falas e sons reflexos do pânico existencial e da cacofonia da experiência de vida nas cidades contemporâneos; Tentrio, rock instrumental realizado Tiago Jande (Bateria); Eduado César (Guitarra) e João Marques (Baixo).

Dominicaos se estabelece com ações que dialogam entre sí chamadas de motocorpo [teatro, performance, dança], sons[ ocorrências sonoras], cinerisco [cinema experimental e de discussão] e roda-poema [verbivocovisualizações com momentos de microfone aberto ao público].

Também compõe a exposição fotográfica alusiva aos 100 anos de Walter da Silveira, grande estimulador do cinema baiano nas décadas de 50 e 60 e patrono da Sala Walter da Silveira, numa iniciativa da DIMAS, que inaugura a partir data o Cineclube Walter da Silveira com a exibição da cópia restaurada de Pierrot Le Fou de Jean-Luc-Godard.

http://www.dominicaos.com/

O Café da Walter também abrigará a exposição fotográfica alusiva aos 100 anos de Walter da Silveira, grande estimulador do cinema baiano nas décadas de 50 e 60 e que é por isto mesmo patrono da Sala de projeção de filmes na Biblioteca Pública dos Barris. A exposição aberta 22 de Julho, numa iniciativa da DIMAS, inaugura a partir da data o Cineclube Walter da Silveira com a exibição da cópia restaurada de Pierrot Le Fou de Jean-Luc-Godard.

Mais informações sobre quem fará e o que no Dominicaos29:

Mônica Santana

é atriz, jornalista e também envereda pelas artes visuais e da palavra, trazendo para Isto não é uma mulata sua veia de dramaturga e poetisa, mas também o olhar crítico de pesquisadora de artes cênicas."Branca para casar. Mulata para fornicar. Negra para trabalhar". A famosa frase de Gilberto Freyre ainda faz sentido quando observarmos as formas de representação da mulher negra: seja a mestiça hipersexualizada, de formas exuberantes e sempre disponível para o sexo, seja a negra escura para o serviço braçal. É com o ponto de partida de criticar a imagem canonizada da mulher negra nas artes e na mídia, afirmando referências e criando novos discursos a performer Mônica Santana desenvolve o projeto multilinguagens Isto Não é Uma Mulata, que envolve ilustrações, poemas, um solo teatral e um ensaio fotográfico, realizado numa parceria com a fotógrafa Andrea Magnoni.O fanzine reúne poemas e ilustrações feitas por Mônica Santana, num exercício artesanal de produção gráfica. Textos e imagens dialogam criando texturas e ironias no questionamento em torno da desconstrução da representação tradicional pela produção de novas imagens e discursos de si. Mônica Santana é atriz, jornalista e também envereda pelas artes visuais e da palavra, trazendo para Isto não é uma mulata sua veia de dramaturga e poetisa, mas também o olhar crítico de pesquisadora de artes cênicas. No Dominicaos, dia 26 de julho, a artista vai performar algumas células do que construindo para o solo teatral "Isto não é uma mulata", além de compartilhar alguns poemas do fanzine, que estará disponível para compra, por R$7,00.

André Felix

Graduado em Comunicação - Rádio TV pelas Faculdades Integradas São Pedro/ES (FAESA) (2007). Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas - PósCom/UFBA (2014), na linha de pesquisa Análise de Produtos Midiáticos. Cursou Direção de Cinema na Escola de Cinema Darcy Ribeiro sob a orientação do Professor e Diretor de Cinema José Joffily(2009). Foi professor durante 18 meses no curso de produção audiovisual do Centro Técnico Vasco Coutinho, em Vila Velha/ES, ministrando as disciplinas: Direção de cinema, Linguagem de Cinema e Produção Experimental. Foi professor durante 19 meses do Arco Ocupacional de Cultura (Fotografia e Cinema) do Projovem em Vitória/ES. Trabalhou como roteirista no longa-metragem 'Entreturnos' (estréia prevista para o primeiro semestre de 2014) e atualmente trabalha no roteiro do longa-metragem 'Cidade Alta' (contemplado pelo edital de produção da Secretaria de Cultura da Bahia). Dirigiu os curtas 'Subsolo'(2008) e 'A Cor do Fogo e a Cor da Cinza'(selecionado para a mostra panorama do Festival de Tiradentes 2014). Tem experiência na área de Comunicação com ênfase em Teoria do Cinema e Produção Audiovisual.

https://www.youtube.com/watch?v=6mJm6EeClAk

https://justoimagens.wordpress.com/

Caio Araújo

Caio Araujo é cineasta experimental brasileiro, atuando também no campo da música como compositor e instrumentista. Formado em Cinema e Video e Pós-graduado em Artes Visuais Cultura e Criação, participou de diversos festivais do Brasil recebendo prêmios de melhor filme experimental e melhor filme de ficção no festival Cidade Filmada (2009). Responsável pela concepção e execução da vídeo instalação "Hipnose da Realidade Caótica", em exposição no projeto VISIO coletivo, em Salvador e pela exibição de vídeos experimentais para exposições em salões de arte. Atua como produtor de audiovisual e curador de filmes nos projetos Dominicaos no Café da Walter [Sala Walter da Silveira].e LowFi Processos Criativos.

https://caiocaraujo.wordpress.com/

E:DB

E:dB é o projeto de música experimental do baiano Edbrass Brasil, ativo na cena underground desde a década de 90. Ed Brass é um artista sonoro, pesquisador e educador. Trilhas para dança contemporanea, cinema, consultoria em educação musical infantil. Participou de várias formações de grupos que realizavam experiencias microtonais (Conjunto De Cretinos, O Broco, Crac!), sound systems, projetos ligados a LIVE CINEMA , improvisação. Sons, ideias e instrumentos inusitados. Essa é a 'trilogia' que rege o amplo trabalho de Edbrass, músico e educador baiano, que, por transitar com liberdade entre diferentes linguagens artísticas, tem o nome associado a importantes e diversos movimentos culturais e educativos da cidade. Curador e produtor do Low Fi – Processos Criativos, e do Z.O.N.A; pesquisador e difusor da obra do luthier suíco Walter Smetak, Edbrass, age como artista/criador que tem uma responsabilidade política, para além do puro entretenimento: considerando que é preciso aproximar os universos da educação, cultura e arte ampliar o pensamento e o desenvolvimento integral dos cidadãos, num processo libertador.

https://www.facebook.com/pages/Edb/466951756798024?fref=nf

https://vimeo.com/user25095405

Tentrio

Tentrio é um power trio de rock instrumental, criado em outubro de 2008, em Salvador. Formado por Thiago Jende (bateria), Eduardo César (guitarra) e João Marques (baixo). O trio lançou em 2011 o primeiro disco, "Melville" (Bigbross Records), e em 2013, lançou o EP "Fuckadelia" (Bigbross Records / Brechó Discos).

Comentários na imprensa sobre o Tentrio:

"Uma das bandas de rock instrumental surgidas na geração pós-Retrofoguetes mais interessantes do cenário. Trabalha com uma certa maturidade diversos elementos do chamado post-rock praticado por nomes como Tortoise, Trans Am e Dub Trio, buscando uma harmonia com o rock clássico do Led Zeppelin [...]. Apesar de todas as referências aparentemente disparatadas, a TENTRIO conseguiu chegar num som plenamente palatável para todos". (Por Chico Castro Jr. no jornal A Tarde)

"O TENTRIO começou sua apresentação com um ótimo som instrumental e o som de guitarra mais legal que ouvi em toda a tour com uma Fender toda descascada. Tivemos muita sorte de dividir palco com grupos realmente impressionantes em todas as datas e a TENTRIO foi mais um deles". (Foca, no blog Do Sol)

"A noite começou calma, as pessoas chegando à Boomerangue devagar, e às 23:20 sobe ao palco a novíssima TENTRIO. O triologo de cara mostrou que tem potencial de gente grande e deixou os presentes hipnotizados com o seu instrumental super entrosado e com trilhas bem elaboradas, mais uma grata surpresa no cenário baiano. Após o show super aplaudido da TENTRIO, o Dj Big Bross assumiu o comando das pic ups". (Blog Quina Cultural)

https://soundcloud.com/tentrio