A dupla pop rural Anavitória, do Tocantins, a cantora capixaba Ana Muller e o paulista Pélico fazem show pela primeira vez em Salvador, em setembro. As apresentações acontecem dentro do projeto Circuito das Canções, que visa promover um encontro intimista entre público e artistas da Bahia e de diversos estados do país.

A primeira temporada contará com quatro edições no Teatro Jorge Amado, às sextas-feiras, sempre às 20h. Além dos estreantes em solo soteropolitano, o projeto contará ainda com show do maranhense Phill Veras, que lotou o mesmo teatro em abril. Um artista baiano dividirá a noite com cada um deles, em cada uma das edições.

Na estreia do projeto, que acontece no dia 2 de setembro, quem sobe ao palco é o duo Anavitória e a cantora baiana Maria do Sol, artista que acompanhou Luiz Galvão, dos Novos Baianos, e agora segue carreira solo.

No dia 9, é a vez do maranhense Phill Veras e da baiana Josyara. No dia 16, as atrações são a capixaba Ana Muller e a baiana Jadsa Castro. O paulista Pélico e o baiano Ronei Jorge fecham a programação no dia 23 de setembro. Os ingressos variam de R$ 25 a R$ 80 e estão à venda no site sympla.com.br.

Apenas com o clipe Singular, a dupla Anavitória somou mais 5 milhões de visualizações no Youtube e ficou nacionalmente conhecida. Atualmente, Ana e Vitória são empresariadas por Felipe Simas, que também é responsável pela carreira de Tiago Iorc. O cantor, inclusive, se tornou uma espécie de padrinho para o duo. Em fevereiro, elas arrecadaram mais de R$ 60 mil em um financiamento coletivo para gravar o primeiro álbum da carreira. As duas, que estão morando em São Paulo atualmente, devem lançar o trabalho ainda esse ano.

Natural de Ibatiba, interior do Espírito Santo, a cantora Ana Muller atuou como vocalista da banda Aurora antes de se aventurar na carreira solo. Ela aprendeu a tocar violão observando o pai, que também a influenciou musicalmente, principalmente no que diz respeito às referências caipiras. "Compor alguma coisa é a minha primeira lembrança, me lembro de inventar músicas o tempo todo quando era criança, e mais tarde tornei isso menos abstrato”, lembra. Seu trabalho dialoga com o folk, indie, eletrônico e rock anos 80, tudo isso com um toque brasileiro.

Considerado um dos nomes mais importantes da nova geração da música brasileira que se desenhou em São Paulo em meados dos anos 2000, o cantor e compositor Pélico já tem três discos gravados. O primeiro, O Último Dia de um Homem Sem Juízo, foi lançado em 2008. Em 2011, lançou o íntimo Que Isso Fique Entre Nós, cuja faixa Não Éramos Tão Assim foi parar na lista das melhores músicas do ano, pela Revista Rolling Stone Brasil. Em 2015, lançou Euforia, seu terceiro álbum, que transita com maestria pelo gênero pop e reafirma sua importância para a cena de sua geração. Sua versão de Não Há Cabeça, canção gravada para a coletânea Coitadinha Bem-Feito, que homenageia a cantora Ângela Rô Rô, integra a trilha sonora de Velho Chico, novela das 21h da Rede Globo.

Além de trazer a Salvador artistas baianos e de diferentes estados do país a cada edição, o Circuito das Canções proporciona um clima intimista, no qual se evidencia os contornos das canções, letras e melodias, matérias-primas de todos os músicos.