Depois de se apresentar nas principais capitais do país, a cantora e intérprete Mariene de Castro, retorna a Salvador para apresentar o show da Turnê “Ribeirinha”, em que homenageia as comunidades que vivem à beira dos rios. O espetáculo acontece na sala principal do Teatro Castro Alves, no dia 22 de setembro, às 21h.
Em Ribeirinha, Mariene fortalece as matrizes culturais desses povos por meio de seu canto e compartilha sua história de vida com todos nós.
Na ocasião, a artista faz uma travessia pelos momentos mais importantes de sua carreira, desde 1998, quando fez o primeiro show, a carreira internacional, os álbuns, os principais prêmios até os dias de hoje, seu modo de pensar, de perceber, de contar por meio da arte a sua vida. “Eu aprendi a ser assim. Sou ribeirinha e estou à margem diante das escolhas que fiz. Eu busquei essa margem, o rio e seus afluentes. Busquei um caminho e segui nele com resiliência. E nele sou vitoriosa. Escolhi ser fiel ao samba, à cultura popular, aos ritmos africanos e aos sons indígenas, que nos identificam no coletivo como povo e que fazem parte da minha ancestralidade. Com amor, dedicação, fé e entrega”.
No palco, a intérprete ainda reverencia músicos que passaram por ela em diferentes momentos da carreira como André Souza, Da Lua, Dirceu Leite, João Carlos Coutinho, Jorge Helder, Marçal e Pedro Franco. “Eu tenho uma admiração por essas pessoas, um respeito pelo trabalho de cada um. Ribeirinha é um fôlego, um respiro, uma energia, um chamado à música brasileira.” diz Mariene.
Ribeirinha é um mergulho na mestiçagem, na força, nas misturas de povo e tem um sentido amplo para a intérprete Mariene de Castro. A começar pelas populações ribeirinhas, que vivem à beira dos rios. Comunidades tradicionais que construíram a identidade brasileira e que hoje sobrevivem com bravura às adversidades e desequilíbrios sociais do país. Ser ribeirinho é estar e viver à margem como sujeitos legítimos e dignos.
O conceito de Ribeirinha é também uma reflexão sobre o mundo onde todos são ribeirinhos. “Devemos olhar os problemas do mundo como uma comunidade, juntos, não separadamente. Empresto meu canto, minha alma e faço minha caminhada à beira desse rio onde todos passam por mim, e juntos somos um.” |