De volta a Salvador depois de quatro meses, o IFÁ convoca seu público para um reencontro no Baile Manifesta, dia 19 de maio (sábado), a partir das 20 horas. Para que se aproxime ainda mais da essência da banda, a celebração vai acontecer na Praça Tereza Batista, no Pelourinho. "Voltar a tocar no pelourinho, é voltar para um lugar que a gente considera sagrado. Além de ser um palco importante da cena alternativa de Salvador, nos dá a certeza que iremos contar com a energia de pessoas que vão para o show não só para curtir boa música, mas também para manifestar ideias", conta Fabrício Mota, baixista do IFÁ.

As influências afro-latinas também estarão presentes no groove do Roça Sound, coletivo sound system de Feira de Santana que fará o show de abertura do Baile. 

O Baile Manifesta traz no nome um convite à confraternização com consciência social e manifestações através da música e da dança. "Um espaço de manifestação crítica, que proporcione a reflexão com sabedoria, mas também com alegria, nesse momento tão difícil que está atravessando o país", explica Fabrício. Para a apresentação do dia 19 de maio, o IFÁ traz algumas novidades para o público, e também revive composições dos seus primeiros trabalhos que o público conhece bem.

Em determinado momento, o Ijexá, Funk e Afrobeat irão se misturar ainda mais com o contexto popular jamaicano, quando o Roça Sound levará o reggae e o dub para o mesmo palco que o IFÁ. Além da jamm entre as bandas, outra novidade boa para quem acompanha o grupo: serão gravadas imagens para um clipe a ser lançado no início do segundo semestre.

Natural de Salvador, o IFÁ é uma banda instrumental que traz a junção inventiva entre ijexá, funk e afrobeat. Na bagagem, dois trabalhos que conquistaram representatividade local e nacional.: o primeiro EP "Okwei V Odili", em parceria com a cantora nigeriana, que foi lançado em 2015 regido por trocas entre expressões artísticas de diferentes culturas, embaladas pela mesma matriz africana. No ano seguinte, em 2016, nasce o álbum "Ijexá Funk Afrobeat", fruto do edital Natura Musical 2015, onde o IFÁ redefine os sons da Bahia por meio de leitura contemporânea de seus signos sonoros.