Emanuelle Araújo | | | | Sábado 09 Junho 2018, 20:30 |
| Acessos : 180 | |
| Traçando uma linha reta entre a capital baiana e o Rio de Janeiro, as rotas e coordenadas desenhadas no mapa de “O Problema É a Velocidade” refazem, na geografia dos afetos, o caminho percorrido por Emanuelle até chegar exatamente aqui, nesse seu primeiro álbum solo.
Ouve-se com clareza entre as 12 faixas do disco toda a recente vivência carioca da cantora e atriz baiana, que se mudou para o Rio há 13 anos. Mas também se percebe logo que ela jamais deixou a Bahia, intacta no sotaque e na relação essencial com a música.
Consequência natural disso, as canções escolhidas para essa estreia foram todas escritas por baianos ou cariocas – e o paulista Arnaldo Antunes é a exceção que confirma essa regra, assinando uma letra para a melodia de Cezar Mendes, esse sim, baianíssimo. Seguindo o mesmo rumo, a banda que acompanha a cantora traz nomes fundamentais da nova geração do Rio sob a direção de Kassin.
O problema sempre foi a velocidade. E a menina mal tinha acabado de completar 10 anos quando começou a carreira de atriz no teatro, na Bahia. Foi mãe cedo, aos 17. E, com 23, voava em salto único do circuito alternativo de Salvador para o mainstream nacional ao ocupar o posto de vocalista da Banda Eva, então o expoente máximo do carnaval da Bahia.
Na mesma velocidade com que entendeu esse lugar das multidões, voltou algumas casas atrás nos números quando deixou a banda, em 2002, em busca de algo que pudesse ter perdido no caminho. Veio o importante reencontro com a música independente da Bahia. E o primeiro álbum solo aconteceria ali, há 14 anos, se a carreira de atriz não tivesse se colocado naturalmente à frente de tudo.
A chegada ao Rio confirmou logo esse espaço da atriz na televisão e, em seguida, no cinema. A carreira da cantora, no entanto, foi se redesenhando aos poucos, obedecendo um desejo íntimo de contrariar a força motriz da tal velocidade. Em vez de assumir de cara uma carreira individual, Emanuelle preferiu trabalhar primeiro em projetos coletivos. Nesse sentido, fundou em 2006 a banda Moinho, ao lado da percussionista baiana Lan Lanh e do violonista carioca Toni Costa. E, tempos depois, passou a integrar também a big band carioca Orquestra Imperial.
Aos interessados, os projetos coletivos de Emanuelle continuam valendo e ela segue firme como vocalista no Moinho e na Orquestra Imperial. Há tempo e espaço para tudo isso e também para a carreira solo, os trabalhos na tevê, no cinema e para o que mais pintar ali adiante. No Rio ou na Bahia. E a velocidade não é mais problema. | Contato 71 3013-1011 | Valor R$ 80 Ouve-se com clareza entre as 12 faixas do disco toda a recente vivência carioca da cantora e atriz baiana, que se mudou para o Rio há 13 anos. | Localização Estação Rubi - Wish Hotel da Bahia Av. Sete de Setembro, 1537, Campo Grande, Salvador-BA Brasil/Bahia/Salvador 40080-001 (71) 3013-1011 http://http://cafeteatrorubi.com.br |
Voltar
|