A cantora e compositora baiana nana desembarca no Brasil para lançar show solo inédito de seu novo disco independente, “CMG-NGM-PDE” – referência à planta comigo-ninguém-pode, famosa por espantar mau-olhado e atrair boas energias, lançado em 2017.

Contando com projeções e trazendo de Berlim o teremim (instrumento russo eletrônico controlado sem contato físico), a baiana promete um repertório eclético, que inclui desde canções do novo álbum até passeios por “pequenas margaridas” (2013), “berli(m)possível” (2015) e composições inéditas. A proposta é trazer uma roupagem mais eletrônica, em sintonia com as experimentações às quais tem se dedicado nos últimos anos. O caráter etéreo do teremim dialoga com o trabalho da artista, que muitas vezes é lembrado por sua leveza e delicadeza, mas que também traz o elemento experimental e imprevisível para o primeiro plano.

Em 2014, ela escolheu a capital alemã como morada para estudar o instrumento por meio da Bolsa de Aperfeiçoamento Técnico e Artístico em Música da Funarte. Assim, nana é a única brasileira que teve a oportunidade de aprender com teremistas consagrados internacionalmente, como Lydia Kavina, Carolina Eyck e Peter Theremin. Este será um dos raros momentos no Brasil em que o instrumento não será usado apenas para texturas e ruídos, mas para trazer uma forte presença melódica.

“Fico muito feliz de tocar novamente na Sala do Coro, onde foi o primeiro show importante que fiz, antes mesmo de lançar o ‘pequenas margaridas’, em 2013. Por ser a minha cidade, tocar em Salvador sempre vai ter uma energia diferente. Tenho certeza de que vai ser uma experiência muito bonita”, comenta a artista.

Novo álbum – “CMG-NGM-PDE” foi lançado em outubro de 2017 nas plataformas de streaming Deezer, Spotify, Apple Music, Tidal e ClaroMúsica. Gravado no Trampolim Estúdio, em São Paulo, traz 10 faixas – incluindo os singles “Copacabana” e “Menino Carioca” –, foi produzido por nana e Habacuque Lima, mixado por Diogo Strausz e conta com participações especiais de Lulina e Felipe S., do Mombojó. Nos estilos musicais, há passeios por marchinha (“Copacabana”), bossa nova (“W.O"), jazzy com gemidos inspirados em Serge Gainsbourg (“Menino Carioca”), disco music (“CMG-NGM-PDE”), chorinho com pitadas de ironia e humor (“Rua Paysandu”), samba (“Gato é Crime, Denuncie”), indie rock anos 80 (“Bomba”), entre outros.

nana – A cantora e compositora de 27 anos nasceu em Catu, interior da Bahia. Estudou Jornalismo na Universidade Federal da Bahia (UFBA) por dois anos e cursou quatro anos de Música também na UFBA, dando início aos estudos de composição e orquestração, aproveitando sua bagagem com canto, piano, harmonia e sua experiência em uma banda de rock só de meninas, na adolescência. Do ponto de vista musical, a estreia do clipe de “Expressionismo alemão”, em 2013, alçou a cantora ao reconhecimento do público, além de levá-la a uma série de shows através do programa Conexão Vivo. Em 2013, seu álbum-début, “pequenas margaridas”, recebeu inúmeros elogios dos críticos no país, ficando na lista dos melhores álbuns brasileiros daquele ano. Em 2014, escolheu Berlim, na Alemanha, como morada para estudar o instrumento eletrônico teremim através da Bolsa de Aperfeiçoamento Técnico e Artístico da Funarte. Com a mudança, nana precisou se adaptar a esse novo jeito de viver, de criar, de tocar, e até de se relacionar com o Brasil. Nessa época, lançou o EP “berli(m)possível” (2015), e pelo selo Novomundo fez alguns shows em Paris e em Berlim, além de ter viajado para o ártico para tocar no festival SALT, na Noruega.