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InstruMentes. Abertura da Exposição Interativa com a Banda Didá, Pracatum, Neojiba, Edbrass, James Martins e Caio Araújo
Quinta-feira 01 Agosto 2019, 19:00

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Mostra do InstruMentes-música para (re)invenção reúne criações de artistas da luteria orgânica e digital. Abertura terá homenagens a Lina Bo Bardi, Walter Smetak e outros

Partilhar saberes. Criar conjuntamente. Agregar diferenças. Somar conhecimentos, experiências e técnicas. Durante seis dias, seis artistas estiveram reunidos, em grupos de três, nos dois ateliês coletivos propostos pelo InstruMentes – música para (re)invenção. E a proposta era justamente essa: construir novas formas de produção de sons e fruição da arte sonora. O resultado pode ser conferido pelo público a partir desta quinta-feira (1º), quando será aberta a Exposição Interativa InstruMentes, reunindo todas as obras criadas ao longo do projeto. A visitação é gratuita, de quarta a domingo, das 9h às 18h e livre para todos os públicos. Em cartaz até 1º de setembro.

“Ao reunir músicos que incorporam em si características de construtores, artistas visuais e compositores para troca de saberes com plena liberdade de criação musical, o projeto busca a desconstrução do fazer convencional dos instrumentos, trazendo um novo olhar sobre objetos, sons e espaços, e abrindo caminho para experimentações e fusões entre matérias das mais diversas, unindo as pessoas em torno da chamada arte sonora”, definiu a produtora cultural Lívia Cunha, uma das idealizadoras do InstruMentes ao lado da também produtora Alana Silveira. “Nosso objetivo é expandir o universo sonoro, apostando na ousadia e criatividade como forças motoras, contribuindo também para aprofundar o conhecimento da produção artística contemporânea e a sua documentação”, enfatizou.

A abertura da exposição ainda contará com uma performance-homenagem a Lina Bo Bardi, Walter Smetak, Bira Reis e Joãozito, com música, poesia e projeções, reunindo nomes da cena local, como o músico Edbrass  e o poeta James Martins.

Ed, que inclusive foi o diretor pedagógico das oficinas realizadas pelo InstruMentes, se apresenta ao lado de percussionistas da Didá e jovens do  Pracatum e Neojiba, que também participaram das oficinas, no concerto- experimental “Bira Revisitado”, homenageando o multi-instrumentista, artista plástico e educador Bira Reis, um dos precursores do samba-reggae e pioneiro ao acrescentar naipe de sopro à música percussiva. Já James conduz o recital artístico “Evocação da Cidade”, em celebração a Smetak, a arquiteta italiana Lina Bo Bardi e o baiano Lelé Filgueiras (Lina assinou o projeto de requalificação do Coaty no final dos anos de 1980, com estruturas pré-moldadas de Lelé), e o artista visual e ativista Joãozito.

“Estamos homenageando os que vieram antes da gente e que nos ajudaram a estar neste lugar”, afirmou Lívia Cunha. “O InstruMentes tem diversas inspirações e homenagens a Smetak, a começar pelo próprio nome e toda parte de luteria experimental. Lina e Lelé entram pelo traço do próprio espaço, reformado por eles. Joãozito foi um dos grandes responsáveis, junto de Lanussi, pela reativação do Coaty com o projeto Ativa, em 2016. E Bira sempre foi envolvido com musica experimental e seria, inclusive, um dos artistas residentes (o músico faleceu em janeiro)”, ressaltou.

Durante todo o período da exposição, o público também poderá aproveitar a oportunidade para conhecer o Coaty. A partir de setembro, o espaço será devolvido à gestão da Prefeitura de Salvador, apto a receber novos projetos e ocupações artísticas, após dois meses de reformas a cargo do InstruMentes, incluindo parte elétrica, hidráulica e reparos gerais, com financiamento do programa Rumos Itaú Cultural e apoio da Fundação Gregório de Mattos – FGM.

Experimentações coletivas e obras interativas

Para a primeira residência, em junho, o Instrumentes convidou o multi-instrumentista, compositor, artista plástico e arte educador, Fernando Sardo, que acumula 40 anos de pesquisa em música e luteria étnica, com mais de 100 instrumentos e esculturas sonoras construídas a partir de matérias-primas orgânicas e sintéticas. Representando a vertente tecnológica, a musicista Bella, que desenvolve projetos com osciladores sonoros, e o produtor musical, artista multimídia e pesquisador de música e novas tecnologias, Victor Valetim, cujo trabalho mistura formas orgânicas e eletrônicas de produzir música, juntando o instrumento real com o instrumento virtual.

Já na segunda residência, em julho, participou o músico-inventor Roberto Michelino, que atuou ao lado de Walter Smetak nos anos 1970 e já teve suas criações experimentadas por músicos como Jards Macalé e Hermeto Pascoal. Ao seu lado, o artista sonoro Marco Scarassatti, autor do livro “Walter Smetak: O alquimista dos sons”. E, representando a luteria digital, a performer e produtora Sofia Galvão, que trabalha conceitos de interatividade, eletrônica e sistemas de sensores.

Todas as obras foram concebidas especialmente para o espaço do Coaty, dialogando com a arquitetura local, sua estrutura física, a natureza ao redor e a vista descortinada para a Baía de Todos os Santos. E são, de fato, interativas: a possibilidade de sons de cada uma das criações é múltipla e inesgotável, a variar de acordo com a forma com que cada um se propor a tocar aquela peça.

Composta por um triângulo de luzes e outro triângulo invertido de alto falantes, a obra de Bella, por exemplo, interage com sombra e luz, se abrindo a reações à simples presença do público. Já de Victor Valentim é ativada a partir dos pés do espectador, que dita o movimento da água, reverberando o som e sincronizando com imagens mapeadas a partir de pisadas nos sensores elétricos, encobertos por um tapete de borracha.

“Os instrumentos foram criados, mas quem irá criar os sons são as pessoas, através de cada interação particular, porque as possibilidades de sons são várias”, explicou Lívia Cunha. “A maioria das exposições guardam uma distância do espectador, que não pode tocar na obra até por uma questão de conservação. Como temos esse caráter efêmero, a nossa ideia é ter o máximo de interação para que as pessoas toquem, sintam e descubram nossos sons”, arrematou.

Inspiração, transpiração e conectividades

“Chegando ao espaço Coaty, logo de cara me deparei com uma arquitetura que se organiza imersa na natureza, envolvendo uma grande mangueira e exuberantes plantas, como poros fazendo contato da encosta escarpada com o homem”, pontuou Michelino, que construiu um vibraton a partir de cabaças entrelaçadas, cordas de piano lisas, arco de violoncelo e bola de bilhar.

“A a forte e criativa figura da Lina Bo Bardi me levava à imagem das Iyabás e o Coaty me sugeria um objeto tridimensional circular, cinético, com a presença do fogo no metal industrial, ao mesmo tempo que orgânico, pulsante, aquoso, espiritual e simbólico”, endossou Sacarassatti, que assina a escultura sonora “Iyabá”, unindo bambus, cabaças, búzios, um barril de metal, cordas de pianos e um exaustor eólico.

Também na linha da luteria orgânica, Fernando Sardo criou um órgão de êmbolo com madeira, tubos de PVC, mangueiras e cabaças, que “abraça” a árvore central do Coaty. “Quem for brincar no instrumento, seja sozinho ou em grupo e entendendo ou não de música, pode gerar uma sonoridade bem harmoniosa”, defendeu o artista, que ainda produziu um Tacho Harmônico. Já a instalação de Sofia Galvão traz um mini jardim, com vasos de plantas que acionam sensores e produzem música a partir da água, armazenada em um pequenino regador, aproximando as tecnologias analógicas e acústicas.

O InstruMentes – música para (re)invenção conta com apoio do programa Rumos Itaú Cultural e patrocínio da FGM – Prefeitura de Salvador, através do edital Gregórios. O projeto está ocupando o Coaty desde o dia 28 de maio. Além do ateliê coletivo de artistas-criadores e músicos-inventores, a programação incluiu oficinas direcionadas a jovens integrantes de projetos sociais de formação musical, apresentações, bate-papo, performances e shows. Todo esse processo criativo irá resultar em uma Websérie documental, em três capítulos, que será disponibilizada na internet gratuitamente.

Serviço:

InstruMentes – música para (re)invenção

Exposição Interativa InstruMentes: Fernando Sardo (SP), Bella (RJ/SP), Victor Valetim (BA/DF), Sofia Galvão (PE), Roberto Michelino (SP) e Marco Scarassatti (SP/MG) 

Local: Espaço Coaty – Ladeira de Misericórdia, Centro Histórico

Abertura: 1º de agosto, às 19h com apresentação musical e performances

Visitação: Quarta a domingo, das 9h às 18h – até 1º de setembro

Entrada gratuita

 

Valor Grátis

Mostra do InstruMentes-música para (re)invenção. Apresentação aberta ao público com performances artísticas, bate-papo, experimentações sonoras e concerto

Localização  Coaty Ladeira da Misericordia
Ladeira da Misericórdia. Sé. Centro
Brasil/Bahia/Salvador
40026-045

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