Depois do disco virtual, nas plataformas digitais desde novembro, chegou o CD físico “Xará”, de Paquito, que terá show de lançamento no dia 12 de fevereiro, às 20h, na Sala do Coro do Teatro Castro Alves. Segundo ele, esse é “o lançamento real, pois o objeto disco é manuseável, acariciável, atende a desejos mais carnais e fetichistas”. O show vai ter o artista dividindo-se entre o piano e o violão, “mais inteiros do que nunca, eu e as canções, em desnudamento gradual”. Canções de um apaixonado pela tradição da canção, “com desvios estéticos de conduta”.
Uma palavra de origem tupi, de apenas quatro letras, dá título ao disco: “xará”. A busca da simplicidade, no entanto, não esconde a solidez de um trabalho que começou há quatro anos, sob a produção de Cândido Neto, e terminou no Estúdio “Casa das Máquinas”, produzido por Tadeu Mascarenhas.
Paquito gravou 20 canções, onze dele, e nove parcerias, cada uma com parceiros distintos: Gerônimo, Capinan, Álvaro Lemos, Tony Lopes, Eduardo Luedy – baixista da Flores do Mal, banda de rock dos anos 80 da qual Paquito fez parte -, Rogério Duarte, Chico César e ainda os portugueses Agostinho da Silva e Fernando Pessoa, ele mesmo.
No conjunto, toda essa variedade está sob o signo da simplicidade: na maioria das canções, Paquito está acompanhado do violão ou piano apenas, com participações de Caetano Veloso, Gerônimo, Lívia Nery, e sua sobrinha Tata Honorato. Na guitarra baiana, em duas faixas, Morotó Slim. Eduardo Luedy toca slide em “Por encanto”, Tadeu Mascarenhas toca sanfona e orgão em cinco canções, Cândido Neto, violão, e Bruno Fortunato comparece com a guitarra em “Igual você”.
O cd abre com “Xará”, canção dedicada a Santo Antônio, em que irreverência (“Desça Desse Velho Altar”) e fé (“Eu Guardo Seu Nome Em Meu Peito”) se mesclam. Com Chico César, Paquito fez “O Monstro”, sobre os atuais tempos estranhos, que rendeu um vídeo feito por Marcondes Dourado.
Paquito começou a carreira integrando a Banda Flores do Mal, nos anos 80, foi gravado por Bethânia, Daniela Mercury, Jussara Silveira e Sarajane, entre outros, e produziu, com J. Velloso, dois premiados cds (“Diplomacia”, de Batatinha, Prêmio Sharp de melhor disco de samba no ano de 1999, e “Humanenochum”, de Riachão, indicado ao Grammy Latino em 2001) com participações de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, Maria Bethânia, entre outros.
Paquito gravou o “Ensaio”, de Fernando Faro, em 2004, e gravou dois CDs autorais, “Falso baiano”, 2003, e “Bossa trash”, 2008. De 2006 a 2014, foi colunista do “Terra Magazine”, de Bob Fernandes. Em 2018, escreveu os textos do site do sambista baiano Ederaldo Gentil. Paquito também é comentarista do programa “Feita na Bahia”, da Rádio Educadora.
SERVIÇO
Paquito
Quando: 12 de fevereiro de 2020 (quarta-feira), 20h
Onde: Sala do Coro do Teatro Castro Alves
Quanto: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia)
Classificação indicativa: Livre
VENDAS
Os ingressos para o espetáculo podem ser adquiridos na bilheteria do Teatro Castro Alves, nos SACs do Shopping Barra e do Shopping Bela Vista ou pelos canais da Ingresso Rápido. Acesse página de vendas em http://site.ingressorapido.com.br/tca.
MEIA ENTRADA
A concessão da meia-entrada é assegurada em 40% do total dos ingressos disponíveis para o evento.
Estejam atentos! O Teatro Castro Alves cumpre a Lei Federal 12.933 de 29/12/2013, que determina que a comprovação do benefício de meia-entrada é obrigatória para aqueles que gozam deste direito. Estudantes devem apresentar a Carteira de Identificação Estudantil (CIE), não sendo aceitos outros documentos. |