Em um ambiente bucólico, no seio de uma família dada às sendas das artes, sobretudo da música; entre a alegria de celebrar a vida e o vislumbre da possibilidade de se galgar outros palcos, um grupo de músicos já experientes, com carreiras indiscutivelmente consolidadas, resolveu se aliar em torno de um objetivo comum: montar uma banda.
A Vitrola 67 nasce Banda Buraqueira, uma alusão lúdica aos caminhos trilhados por parte dos seus componentes em lombos de cavalos, munidos de violão, voz e grande entusiasmo, com o fim de fazer a alegria em pequenos botecos da zona rural nas cercanias da Fazenda Água Branca, localizada no município de São Gonçalo dos Campos – Bahia, onde tudo começou. Montar o repertório não foi difícil, aliás, foi praticamente uma seleção do público, à medida que as canções eram executadas. Canções estas que acabaram compondo o primeiro disco da banda, intitulado Água Branca (2011). A mudança do nome veio não com o intuito de alterar a essência de tudo, até porque aqueles caminhos não mudaram, mas havia a necessidade de se chegar mais longe, desta vez, por estradas mais regulares, de forma a atingir outras realidades de público. O set list do repertório da Vitrola 67 logo de saída remete aos grandes bailes, com a abertura ao som de O milionário, música instrumental dos Incríveis, que atravessa gerações com o jeito retrô, mas com uma harmonia extremamente moderna. Daí em diante, há uma overdose com o melhor, da lavra de Fernando Mendes, Reginaldo Rossi, Diana, Roberto Carlos, Lindomar Castilho e outros grandes nomes da época, sempre com uma leitura mais moderna, entregue a uma natureza arranjística bastante arrojada, jamais ferindo a originalidade e, por outro lado, conferindo ainda mais charme às canções. Há também espaço para “tocar Raul”, com o melhor romântico do Maluco Beleza.
Formada pelos músicos Antônio Muccini-Tinca (Voz e Violão), Daniel Muccini (Voz e Teclado), Nairo Elo (Bateria), Rudnei Monteiro (Guitarra) e Renato Nunes (Contrabaixo), a Vitrola 67 é uma banda que não se prende a um estilo, mas sim a uma época e com esta proposta convida a dançar com a leveza da agulha sobre o giro do vinil. Convida a recordar um dos períodos mais férteis da música brasileira. Convida à brincadeira de cantar e sorrir até o limite do último acorde de cada show. |