Um grande ensaio geral promete esquentar os tambores para o carnaval de Salvador. O tradicional Bloco do Galo vai reunir, às 19h desta quinta-feira (28), no restaurante Alaíde do Feijão, no Pelourinho, diversas personalidades da esquerda política baiana, numa prévia do que será o bloco este ano. Em seu sétimo ano, o Bloco do Galo já se consolidou como o maior da Mudança do Garcia, bloco sem cordas no percurso que vai do fim de linha do Garcia até o Campo Grande e que, recentemente, passou a se chamar Circuito Riachão.

O deputado Marcelino Galo lembra que o bloco, idealizado por ele, é conhecido pela sua irreverência e mobilização política e vai levar esse ano para as ruas da capital baiana um debate sobre a conjuntura política, além de homenagear o sambista, que é soteropolitano e nascido no bairro, e outras personalidades da cultura e da arte, como Chico Buarque.

"A gente sempre faz o debate da política, mas esse ano optamos por deixar nossa posição política muito clara, vamos mostrar efetivamente que o Bloco do Galo é um bloco das forças progressistas e democratas da sociedade e que tem pauta política com as demandas dos movimentos sociais", afirma, ao lembrar que o bloco vai às ruas, centralmente, pedindo o "Fora Cunha". "Achamos que a política ano passado demonstrou muito conservadorismo na sociedade, que mostrou extrema homofobia, racismo e pedidos de intervenção militar. Em contraponto a isso, a gente vai pra rua reafirmar as bandeiras históricas da democracia, da justiça e da luta social. Nesse momento, acreditamos que a bandeira que mais simboliza isso é o Fora Cunha, pela situação que está o Congresso Nacional".