A obra, que já ganhou versão na televisão, em 1994, narra a história do biscateiro Massu das Sete Portas: um homem negro que, com a ajuda de amigos, organiza o batizado na igreja de seu filhinho “galego". Até aí seria pouca novidade se o padrinho da criança não fosse Ogum, que anuncia o batizado dentro da igreja católica. Convivência de credos, diversidade étnica em Salvador e o valor da amizade verdadeira são elementos que permeiam a divertida trama.
A encenação de Edvard, bem recebida pelo público e pela crítica especializada, foi um dos destaques do Prêmio Braskem de 2015 e, devido à peculiaridade de sua espacialização, foi debatida mundo afora em eventos internacionais de peso como a Quadrienal de Praga (PQ of Performance, Space and Design), a Conferencia Anual IFTR (Federação Internacional de Pesquisa em Teatro), em Hyderabad, na Índia e na conferencia Dramatic Architectures, na cidade de Porto, em Portugal.
“O elenco é um tesouro dessa montagem. Pedras preciosas garimpadas com todo empenho. O teatro que eu faço é um teatro de atores. Quando escolho um elenco levo em consideração a qualidade da resposta em cena. a adequação do perfil e a ética”, diz Edvard Passos. Segundo o próprio elenco, a Aláfia Cia de Teatro de Salvador surgiu da necessidade do grupo estar junto e mostrar o seu melhor, surgiu também do ótimo clima entre os atores.
O espetáculo tem elenco composto por artistas já consagrados do teatro baiano como Luis Pepeu (Trampolim do Forte, Consciência, 2 de Julho – A Ópera da independência, Los Catedrásticos, Paixão de Cristo) e Zé Carlos Junior (Volpone, Os Iks, Vixe Maria: Deus e o Diabo na Bahia), por representantes da nova geração de talentos como, Danilo Cairo (Amnésis), Luisa Muricy (Outra Tempestade), Leandro Villa (Amor Barato), Amós Heber (Ó Paí Ó), Everton Machado (Barrela) e revelações do Curso Livre de Teatro 2013: Felipe Tanure, Thiago Almasy (Rebola, Troilus e Créssida), Manu Moraes Sulivã Bispo (Rebola e Frases de Mainha), indicado ao Prêmio Braskem de Ator Revelação pelo trabalho neste espetáculo.
A técnica conta com nomes de peso como Rodrigo Frota e Hamilton Lima – cenografia, Luciano Bahia na direção musical, Zuarte Júnior no figurino, Fernanda Mascarenhas e Alisson de Sá no projeto de iluminação e Nildinha Fonseca na coreografia.
O Espaço Cultural da Barroquinha é administrado pela Prefeitura Municipal de Salvador, através da Fundação Gregório de Mattos. |