The Sound of Silence é sonzaço! Por Renato Queiróz
Anos 60, em meio ao turbilhão de mudanças sociais e políticas, no mundo.
Nos Estados Unidos da América (EUA), dois jovens sonhadores, Paul Simon (Paul Frederic Simon, nascido em 13 de outubro de 1941, 83 anos) e Art Garfunkel (Arthur Ira Garfunkel, nascido em 5 de novembro de 1941, 83 anos), encontraram no folk uma forma de expressar suas inquietações e esperanças.
Senta que lá vem História!
Paul, de Newark, e Art, de Nova Iorque, formaram uma dupla que viria a marcar gerações. Simon & Garfunkel.
Em 1963, Paul Simon, então com 21 anos, sentou-se sozinho no banheiro do apartamento de sua namorada.
Na quietude da noite, com apenas sua guitarra como companhia, ele começou a compor uma canção que refletia a alienação e a incomunicabilidade de um mundo cada vez mais industrializado e impessoal.
Assim nasceu “The Sound(s) of Silence”.
A canção, inicialmente chamada “The Sounds of Silence”, foi gravada em 19 de outubro de 1964, no estúdio da Columbia Records, em Nova Iorque, sob a produção de Tom Wilson.
A versão acústica, com Simon na guitarra e Garfunkel nos vocais, capturava a essência do folk rock, um gênero que começava a ganhar força.
No silêncio e na escuridão, apenas os pensamentos perduram, nascendo e morrendo rapidamente.
Simon capturou este momento em sua composição, uma balada que falava de uma visão social da falta de comunicação.
O lançamento inicial da canção não teve o sucesso esperado.
Mas, entre 1965 e 1966, uma versão remixada com instrumentos elétricos começou a ganhar popularidade nas rádios.
A canção chegou ao topo das paradas americanas, e em 1999, foi reconhecida como a 18ª canção mais tocada do século XX.
A letra de “The Sound of Silence” aborda temas profundos, como a alienação e a incomunicabilidade, refletindo o impacto traumático do assassinato do presidente John F. Kennedy em 22 de novembro de 1963.
Paul Simon descreveu a balada como uma visão social da falta de comunicação, uma crítica à repressão e aos problemas de cognição na sociedade.
Mesmo após cinquenta anos,
“The Sound of Silence” mantém sua relevância e presciência, abordando mudanças inevitáveis e críticas à repressão e problemas de comunicação na sociedade.
A idolatria a posses materiais, mencionada na letra, ainda é observada hoje.
Gravada originalmente para o álbum “Wednesday Morning, 3 A.M” em 1964, “The Sound(s) of Silence” foi produzida por Tom Wilson e lançada pela gravadora Columbia Records.
“The Sound of Silence” é uma das composições mais belas de Simon & Garfunkel, com várias versões gravadas por outros artistas, um sucesso eterno.
A versão inicial, remixada e suavizada de “The Sound of Silence” tornou-se um marco do folk rock.
A canção que nasceu no silêncio em Nova Iorque ecoou pelo mundo, tocando corações e mentes, e se tornando um clássico atemporal.
Aqui, Simon & Garfunkel – Sound of Silence – 1990.
SONZAÇO!
Renato Queiroz é professor, compositor, poeta e um apaixonado pela história da música,.