Água por Juca Ferreira
O tema das reservas de água potável disponível é estratégico para nosso desenvolvimento econômico, social e para a qualidade de vida dos brasileiros e brasileiras.
Água é considerada pelos cientistas como um bem natural essencial, com *estoque limitado* e um *bem não renovável*.
Nós temos entre 13% e 17% das reservas mundiais, somos um dos países mais bem servidos de água e temos uma das maiores, senão a maior reserva subterrânea do mundo, o aquífero Guarani, que o governo passado chegou a aventar a sua venda para a COCA-COLA.
Estas reservas estão ameaçadas pela destruição do meio-ambiente, pela contaminação com agrotóxicos, ocupação desordenada do solo, pelo uso perdulário, pelos esgotos urbanos, resíduos industriais, lixo etc.. Estamos jogando fora e destruindo esse bem essencial e insubstituível para a vida humana e a vida em geral.
Estas reservas estão ameaçadas pela destruição do meio ambiente e aqui não me refiro só à Amazônia, o Cerrado é estratégico neste tema da água. É urgente termos em todo o território brasileiro, políticas (federais, estaduais e municipais) e regras que contenham a vertiginosa redução desta oferta de água.]
Precisaremos incluir no nosso projeto de desenvolvimento e nas políticas públicas condicionantes e vetores que dêem conta, em todos os nossos biomas, de reduzir o consumo, o comprometimento dessas reservas e revejam o desperdício e o uso perdulário da água.
A agricultura é o maior usuário e, no Brasil, abusa de pivôs centrais, forma de irrigação perdulária e boa parte da água evapora.
Em vez de estarmos comprando em Israel softwares de espionagem para perseguir adversários políticos, como fez o governo anterior, poderíamos estar aprendendo com esse país o sistema de irrigação que eles desenvolveram e usam para irrigar a agricultura no deserto, baseado no uso racional de água.
A indústria também consome muita água e teremos que adotar programas de economia e despoluição desse valioso líquido e eliminar a contaminação do ambiente e do subsolo com seus resíduos.
E a sociedade em geral também tem muito que aprender. Precisamos fazer como fazem na Alemanha, incluir no currículo escolar.