Aldeia Nagô
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Autocrítica. Por Claudio Guedes

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Claudio_Guedes

A cobrança é enorme. Unicamente dirigida ao PT. Por quê? Todos os partidos políticos acumulam erros e acertos na suas trajetórias e não vejo cobrança sobre eles. Errar e acertar são comuns na política, e

errar é mais frequente. Política é atividade de risco. Aqui e alhures.

Por que não há cobrança, por exemplo, ao PSDB? Partido que dividiu os holofotes com o PT nos últimos 25 anos da vida nacional e sobre este nenhuma cobrança.

FHC e os tucanos são nobres? São especiais? E o intelectual tucano tem um espaço formidável na imprensa. Por que não é cobrado?

Eu e, provavelmente, a torcida do Flamengo, gostaríamos de saber o que FHC pensa hoje da chapa puro-sangue tucana que disputou e perdeu as eleições de 2014 para Dilma e Temer. Aécio Neves e Aloysio Nunes. Ambos viraram em pouco tempo párias políticos. Vivem nas sombras, se escondendo.

Sobre a dupla pairam acusações graves de corrupção. Aloysio até hoje não explicou sua relação com Paulo Preto, operador tucano e seu amigo íntimo, preso e condenado na Lava Jato. Com ele, apenas em contas no exterior, foram identificados mais de R$ 130 milhões recolhidos em propinas. E, dizem as boas línguas, é apenas parte do movimentado pelo bacana. Alguém, inteligente e bem informado, acha que um mediano engenheiro do Dersa conseguiria juntar tal fortuna sem ter uma forte cobertura política? Não dá, não é? E Aécio? Corrupto e achacador conhecido e provado.

E cadê a autocrítica do PSDB? Por que nenhum jornalista fofinho, desses da Globo News e/ou da Folha, coloca a questão para o visconde de Higienópolis, o charmant FHC?

Não colocam porque sabem que essa história de autocrítica é perfumaria, é frescura.

A política é arte imperfeita, todos erram.

O que importa, nos partidos e nas lideranças políticas, é o que defendem, de qual lado se colocam – se do lado dos interesses dos mais necessitados, da democracia e dos direitos civis ou ao lado dos poderosos e são a eles servis.

Autocrítica é perfumaria.

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