Militantes voluntários! Por Antonio Carlos Aquino
Lembro quando comecei minhas militância política nos idos anos setenta, no movimento estudantil.
Depois, na década de 80 em partidos políticos. Na década de 90, envredei nas políticas de classe, empresarial, social, sindicatos, associações e conselhos.
A partir de 2019 abandonei qualquer tipo de militância e participações em movimentos coletivos. Me limito. Nada além de “dez gatos pingados”, que por generosidade e gentileza, trocam opiniões comigo, fortes, duras, mas leais, respeitosas e honestas.
Minhas experiências, das mais diversas formas de militância, foram espontâneas, livres escolhas. Paguei e pago o preço do que fiz.
Hoje colho o aprendizado dos investimentos que fiz em trabalho, horas dedicadas, stress e conflitos, inimizades e antipatias, respeito relativo ao que fui e fiz. Nunca fui anistiado dos erros que cometi ou laureado pelas coisas boas que fiz.
Militantes são pessoas que, por suas escolhas, opções e práticas, defendem causam, acreditam na transformação da sociedade, de pessoas, setores e até do mundo através das suas ações, pensadas ou impensadas, justas ou injustas, racionais ou irracionais. Militantes não são meninos e meninas.
O termo “militância” deriva da junção do verbo militar, do latim “militare”, que significa “ser soldado” e do sufixo “-ância”, que significa ação ou o resultado dessa ação.
Se não for por força e coerção, Militantes são voluntários, não são inocentes, não são crianças inimputáveis. Militantes, mesmo os mais fanáticos e radicais, sabem que seus atos têm consequências, sabem que podem e serão responsabilizados por seus atos das mais diversas formas, como o é pelo que faz da vida.
Militante não merece perdão, merece avaliação, reflexão, senão não vale a pena a experiência vivida, para o bem e para o mal.
Militantes tem as suas “Causas”, as suas motivações, algumas lhes mostrarão o Céu, outras lhes levarão ao Inferno que só na terra existe, criação dos humanos.
Dizem que existe a lei do retorno, aqui se faz – aqui se paga. No mundo dos desejos, desejamos que os outros tenham em dobro tudo que desejam a nós todos.
Sou hoje uma bananeira que já deu seu cacho, sirvo para prosas livres, trocas de aprendizados no mundo dos que colhem o que plantam.
Anronio Carlos Aquino é administrador e empresário.