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Vá, lá, Cecé. Você marcou a Bahia do meu tempo e do meu ofício. Por Andrezão Simões

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Andrezao-Simoes

Morte. Essa companheira certeira e constante. Vive em mim, em você, em tudo e em todos. Sempre se acha que ela chega, mas ela sempre está. É o ponto de transformação, é o contraponto da existência, o fim e o outro lado da vida.

Trabalhei alguns anos com Celisa. No meu juízo e no meu ouvido. No meu ponto de apresentador. A TV Aratu passava a transmitir o SBT, primeiros anos. Criei um programa chamado PAPO, SHOW E CARNAVAL, a pedido de Ney Bandeira, para estimular a personalidade local da TV e que ocorreu nos verões de 3 ou 4 anos consecutivos da sua programação.

Aquela voz rouca habitava meus sonhos. Riamos muito juntos, de toda sorte e origem de bobagens. O sobrenome FELICIDADE, lhe era apropriado. Não havia um só dia, que não me recebesse com um sorriso e um abraço.

Aliás, Celisa era essa tradição, esse pedaço de dengo baiano, Rainha do Caruru, majestade de amorosidade. A TV Aratu sabia que ela era um patrimônio das suas relações públicas.

Pude provar, do caruru e do seu “borogodó”, esse que a tornou uma figura emblemática da produção de TV baiana. Quem não conhecesse as gêmeas “Celia e Celisa”, certamente não era da área.

Nesta madrugada, voltando do trabalho pra casa, Nyvia Dultra me deu a notícia e Célia Felicidade confirmou.

O resto da noite foi silêncio até agora. A alma cala diante da morte, até que a vida devolva sua fala. E cá estou eu, honrando uma amiga, sua vida, nossa vida e “partilhandocom”, ainda meio às avessas.

Meus sentimentos a toda a sua família. A família consanguínea, profissional, artística, dos amigos, dos chegados, do folclore do ser baiano e de tanta gente que curtiu sua “Mãe Celisa”, sagrada e profana, humana e transcendente.

Vá, lá, Cecé. Você marcou a Bahia do meu tempo e do meu ofício…

Eita que esse céu não vai ter moleza agora. Quando for minha vez, já sei que vou usar a recomendação para milhares de artistas, quando queriam participar dos programas da TV: FALA COM CELISA! Quem sabe consigo?

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