Já dissemos antes, e repetimos para reforçar, que tememos sentir saudade de 2016, um ano cheio de problemas, como golpes, eleições de Trump e genocídio presidiário, etc., com a famosa frase: “Eu era feliz e não sabia!”. Entrementes pelo jeito que este ano de 2017 começa, com o “recrudescimento”, (lembra do pedido do General Figueiredo, autor desta expressão, que pediu que o esquecêssemos?), da violência em todos os setores da vida nacional, em que o “estupro coletivo de adolescentes e crianças” passou a ser uma prática costumeira.

Neste ano em que a “Família do Norte”, a FDN, se apresentou com toda a sua violência para a sociedade brasileira, se ombreando com o Comando Vermelho, do Rio, e o PCC, de São Paulo, já internacionalizada, mostrando que a organização do crime é uma realidade cada vez mais efetiva e planejada e os massacres nos presídios, são muito mais que meros “acidentes” como considerou, irresponsavelmente, o “presidente interino Fora Temer”, pois são praticas demonstrativas de sua força, poder de fogo e violenta determinação de se afirmar entre as grandes organizações criminosas.

Tudo isto sem contar os “tradicionais arrastões do Rio de Janeiro”, a “sistemática queima de ônibus” em todo o Brasil, (Fala Bahia!), e ainda não começamos os grandes clássicos do futebol, quando as “organizadas quadrilhas torcidas” costumam vandalizar os estádios, seus contornos, cidades e estradas que aparecem em seu caminho. E ainda não falamos nas novas leis aprovadas de “afogadilho de fim de ano”, no Congresso Nacional, sem contar os novos pacotes de maldades que virão ao fim do recesso (refresco?) parlamentar.

Aliás, já se completaram 2 meses, depois que o “presidente interino Fora Temer” afirmou que estava a busca de um aliado “sem mácula” para ocupar o lugar do cada vez mais complicado e sujo Geddel Vieira Lima, o autêntico dono de um “Trintex”, no sítio histórico da Barra, protegido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, IPHAN, (aprenda Lula como se rouba prá valer), e até agora não conseguiu. “Tá difícil de achar hein, Fora Temer!”.

Porém, com sou um otimista incorrigível, fruto de minha formação em História que me obriga a ver, para além dos “Pequenos Ciclos”, como este agora, em que os BREXIT, FUNDAMENTALISMOS e TRUMPT parecem trazer o Apocalipse, tentamos não perder a perspectiva dos “Grandes Ciclos”

que apontam para uma constante evolução da sociedade no sentido dos respeitos aos direitos humanos, preocupação com a sustentabilidade e com o futuro da humanidade, e aí acreditamos que “não há mal que sempre dure!”.

Assim, esta onda de xenofobia, agravada pela crise econômica, e pelo envelhecimento das estruturas e formas de se fazer política, deverá ser derrotada pela realidade, pois os populismos não se sustentam por muito tempo. Da mesma forma que a homofobia e misoginia, frutos reativos dos avanços dos direitos das mulheres e das relações homo afetivas, a maior parte oriundas de concepções ultra reacionárias e de fundamentos religiosos anacrônicos, não sobreviverão ao avanço de um mundo cada vez racional e sem preconceitos.

Assim, fica aqui, definitivamente, a condenação do poeta:

“Poeminho do Contra

Todos esses que aí estão

Atravancando meu caminho,

Eles passarão...

Eu passarinho!”

(Mario Quintana).

Em 15012017.

Sérgio Guerra.

Licenciado, Mestre e Doutor em História

Professor Adjunto da UNEB,.DCH1 Salvador.

Conselheiro Estadual de Educação - BA.

Colunista Político Semanal do Portal Mais Bahia.

Presidente do Instituto Ze Olivio  IZO

Cronista do site "Memorias do Bar Quintal do Raso da Catarina".

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