A agitada grande mídia nacional da semana passada viveu 2 temas que devem permanecer como pauta durante uma boa temporada: A “Lava Jato” e “Abuso de Autoridade”.

Apesar dos grandes destaques que tiveram o “Escândalo do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro” que atingirá, de novo o seus ex-governador, já preso e totalmente enlameado, seu vice e sucessor, além do presidente da Assembleia Legislativa e seu presidente, Jorge Picciani, ao que parece pai do Ministro os Esportes, do constantemente abalado, combalido e detonado governo “Fora Temer”, e o “desmonte do PP”, com as novas(?) “delações premiadas” que apresenta seu esquema na Petrobrás.

Devo firmar, preliminarmente, que considero esta operação como uma das maiores da economia e política do Brasil, não só pelo grande número de empresas e personalidades citadas, delatadas, denunciadas, intimadas, ouvidas, “vazadas” e presas, além de outras inúmeras outras ações, até i“quase sequestro intentado e frustrado do ex-presidente Lula”, que parece ser o alvo, marco e vítima preferencial, juntamente com o ”PT e sua base aliada”, deste conjunto de atividades, posto que o seu tempo está restrito a pós eleições de 2000 exatamente, quando a dupla Lula/Dilma, começaram a ganhar, sucessivamente até hoje.

Ainda voltaremos com mais tempo a tratar deste emocionante, novelesco e palpitante tema que parece ter vindo para ficar, pelo menos nos próximos anos. Entretanto devo agora tratar, como enunciado acima do outro tema, o “Abuso da Autoridade” que curiosa, desonesta e sistematicamente vem aparecendo junto com a operação acima citada, apesar de correrem em separado e terem dinâmica, especificidade e vida própria, pois apesar de falsamente estarem sendo aproximadas, oportunisticamente, trata esta segunda de estrutura e limites do poder se seus executores, enquanto a primeira é apesar de tudo e de toda a espetaculosidade que se apresenta, é apenas uma operação judicial, midiática e política.

Para início desta atrasada, enrolada e prolongada crônica, precisa ser dito que “nunca antes na história deste país”, houve um processo constitucional, jurídico e legal que envolvesse tanta gente graúda, pois tirando a “ditadura de 1º de abril de 1964” que arbitrária e autoritariamente, cassou exilou, prendeu e matou milhares de brasileiros, a prática costumeira era o “engavetamento”, até que o tempo anistiasse os suspeitos. Aliás, vele lembrar que nos governos FHC, o Procurador Geral da República, Geraldo Brindeiro” era conhecido, pela mídia e população, como o “Engavetador Geral da República”. Precisa se dizer mais alguma coisa!

Entretanto, obedecendo os princípios da “Constituição Cidadã”, de 1988, os governos Lula/Dilma, “republicanamente”, permitiu que o Ministério Público e a Procuradoria da República com suas estruturas azeitadas trabalhassem livremente e realizassem estas grandes operações, atingindo, inclusive e principalmente, o seu próprio partido, o PT e sua “base aliada”. Este são os fatos, agora os “Abusos de Autoridades”, demonstrado pela “espetaculosidade midiática”, a “arrogância, auto-suficiência e prepotência dos seus agentes” e mesmo a ´política de “vazamentos constantes e seletivos” precisam ser coibidos para que a democracia e os direitos dos cidadãos, sejam preservados. Mas, este é tema para uma futura crônica.

Sérgio Guerra
Licenciado, Mestre e Doutor em História
Professor Adjunto da UNEB,.DCH1 Salvador.
Conselheiro Estadual de Educação - BA.
Colunista Político Semanal do Portal Mais Bahia.

Presidente do Instituto Ze Olivio  IZO

Cronista do site "Memorias do Bar Quintal do Raso da Catarina".

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