Salvador, 03 de May de 2024
Acesse aqui:                
Banner
facebookorkuttwitteremail
Um breve comentário sobre a cegueira em torno da “Lava Jato”! Por Marconi de Sousa Reis
Ajustar fonte Aumentar Smaller Font
Ter, 23 de Maio de 2017 15:08

Marconi_de_Souza2Eu vi muita gente essa semana afirmando que a “Lava Jato” não é partidária, visto que agora surgiu algo muito mais grave contra Aécio Neves e Michel Temer, principais estrelas do PSDB e do PMDB, respectivamente, o que revelaria imparcialidade no juiz Sérgio Moro e nos promotores de Curitiba.

Eu vi essas opiniões tanto na Globo News, quanto nas redes sociais. Olha, somente pensa assim quem é cego ou revela má-fé. No caso da Globo News é má-fé. Bem, não sou Jesus, mas, com relação a quem deseja luz nos olhos, continue lendo esse texto para compreender o que ocorre nesta seara.

Eu fui ao cinema na tarde de sexta-feira (19/05/2017) com a minha esposa, mas antes passamos na Justiça Federal para protocolar uma peça, e de lá fomos encontrar um cliente no Stiep. Em seguida, por volta das 17h10, seguimos para o cinema, no Shopping Paralela, e escolhemos o caminho pela orla.

Assim que chegamos na sinaleira anterior à antiga sede do Bahia, o sinal fechou e meu carro ficou exatamente atrás de uma camionete prata S-10. De repente, ouvimos vários tiros. O sinal abriu, os carros partiram, mas a S-10 ficou parada. Eu buzinei e o cara da S-10 não saiu do lugar. Os garotos que jogavam bola ao lado correram para a camionete.

Mônica começou a gritar – ela percebeu antes de mim que os tiros foram no motorista da camionete –, e então eu manobrei para ir embora. O vidro do motorista estava com pelo menos três marcas de bala. Começava chegar mais gente, eu quis parar, mas a minha esposa continuava gritando: “Vamos embora, vamos embora”!

No cinema do Shopping Paralela assisti ao filme “Antes que eu vá”, baseado no livro de mesmo título de Lauren Oliver, que narra a história de uma moça linda, com tudo à sua volta, e que tem a oportunidade de viver o último dia da sua vida várias vezes, até que ela descobre, na enésima chance, que apenas precisaria não ser egoísta para que esse último dia se transformasse em algo bacana, embora dramático. Leia o livro e assista ao filme.

Quando cheguei em casa, li nos sites do jornal A Tarde e do Correio, que o cara da camionete é o empresário da construção civil Osório Abintes Assunção. Pesquisei sobre a sua vida jurídica, e percebi que, entre acusações de invasão de área alheia, esbulhos possessórios e jogos de azar, tudo dava certo na sua vida (inclusive juridicamente), não fossem aqueles tiros que presenciei in loco.

Lembrei-me na hora do juiz Sérgio Moro e dos promotores da Lava-Jato, afinal, o ex-deputado Eduardo Cunha e o empresário Lúcio Funaro estão há mais de seis meses querendo fazer delações contra Temer, Aécio, Geddel, Imbassahy, Moreira Franco e toda a trupe que está no poder, mas o magistrado indefere os requerimentos. E tudo isso ocorria sem ninguém dizer nada, nada, nada. Caramba.

Resultado: o açougueiro bilionário Joesley Batista, sabendo que seria o principal alvo de Cunha e Funaro em Curitiba, foi espontaneamente até a Procuradoria Geral da República, em Brasília, e fez a delação premiada como deve ser feita – com provas e monitoramento da Polícia Federal –, obtendo para si a liberdade provisória.

Joesley Batista deu vários tiros, não numa camionete, mas num ônibus lotado de políticos, cujo motorista é Sérgio Moro e os cobradores são os promotores de Curitiba, se é que me faço compreendido. Acertou na cabeça de Aécio, que morreu no local, e no peito de Michel Temer, que está internado no hospital.

O juiz Sérgio Moro e os promotores da Lava Jato ficaram atordoados naquela quarta-feira, porque sabem que as pessoas antenadas (não cegas) deste país passaram a ter ainda mais certeza de que eles, até então, só agiram de forma partidária, escolhendo quem deveria fazer a delação ou não.

Portanto, não seja cego, isto é, não seja idiota para embarcar na história de que a delação feita em Brasília pelo açougueiro bilionário faz parte da operação Lava Jato, porque não o é. E vou ratificar pela enésima vez: Lula e o PT estão envolvidos até a medula óssea na corrupção, sim, mas não são os maiores e nem os menores ladrões. Senão vejamos:

De setembro para cá, a JBS de Joesley Batista tem sido alvo de cinco operações da Polícia Federal – Operação Sépsis, Operação Greenfield, Operação Cui Bono, Operação Bullish e Operação Carne Fraca –, e deveria estar, principalmente, na Operação Lava Jato. Acontece que Sérgio Moro e os promotores de Curitiba não o querem lá, porque essa empresa iria trazer Aécio, Temer, Geddel e outros.

E eu afirmo isso porque sou advogado de alguns servidores públicos na Bahia que vêm, desde o início de 2016, fazendo representações na Polícia Federal, para inquéritos semelhantes aos que respondem os donos da JBS. Na verdade, o que ocorre na Bahia são ramificações baianas da JBS, que alcançam principalmente Geddel e a cúpula do PMDB.

Aliás, a mídia corrupta brasileira também batiza de “Lava Jato” a operação que prendeu Sérgio Cabral, ex-governador do Rio, e que, na verdade, chama-se Operação Calicute, sob a direção da Justiça Federal no Rio. Mas a mídia corrupta diz que é “Lava Jato”, porque tenta ludibriar as pessoas cegas de que há um pluripartidarismo em Curitiba.

Eu voltarei, num próximo comentário, a explicar o porquê de a TV Globo ter saído na frente com a delação da JBS. São duas vertentes que levaram a essa atitude da TV (instinto jornalístico e instinto de sobrevivência). Por enquanto, afirmo que se os donos da JBS e das construtoras abrissem o jogo mesmo, afirmando quanto dinheiro de caixa dois elas jogam na mídia brasileira, aí vocês iriam ver o que é nojeira.

A Odebrecht adiantou R$ 10 milhões ao jornal A Tarde, em 2012, para os políticos na campanha de 2012. Eu denunciei isso aqui em março passado, revelando o áudio gravado com o contador/tesoureiro do jornal. Mas isso é uma merreca, porque A Tarde é muito pequena diante da corrupção no meio jornalístico.

Ademais, eu adiantei aqui, em 19 de abril de 2015, quanto a JBS e outras empresas jogaram de dinheiro na campanha de 2014, computando-se apenas o dinheiro contabilizado (veja o link abaixo).

Nesse link abaixo você vai perceber que, bem antes do mensalão (que ocorrera em 2005), eu já havia denunciado a corrupção do mensalão no jornal A Tarde (em 2003). Ratifique-se: a JBS foi até então ignorada pelo senhor Sérgio Moro e os promotores da Lava Jato, porque não interessa politicamente.

Veja o link abaixo, porque ele também ilumina um pouco os olhos. Ah sim: não sou religioso, que dirá crédulo, mas o que ocorre no Brasil é um exemplo perfeito para entendermos aquela passagem bíblica em que Jesus, recusando moedas, diz: “Dai a Cezar o que é de Cezar, e a Deus o que é de Deus”!

https://www.facebook.com/marconi.d.reis/posts/997904196887459

Nenhum texto alternativo automático disponível.

Compartilhe:

 

FOTOS DOS ÚLTIMOS EVENTOS

  • mariofoto1_MSF20240207-143Lavagem Funceb. 08.02.24. Alb 2. Foto: Mário Sérgio
  • mariofoto1_MSF20240207-008Lavagem Funceb. 08.02.24. Alb 1. Foto: Mário Sérgio
  • mariofoto1_MSF20240203-006Fuzuê Alb 1. 03.02.2024. Fotos: Mário Sérgio
  • mariofoto1_MSF20240203-169Fuzuê Alb 2. 03.02.2024. Fotos: Mário Sérgio
  • mariofoto1_MSF20240203-291Fuzuê Alb 3. 03.02.2024. Fotos: Mário Sérgio
  • mariofoto1_MSF20240203-346Fuzuê Alb 4. 03.02.2024. Fotos: Mário Sérgio
  • mariofoto1_MSF20240112-0948Beleza Negra do ilê. Alb 1. 13.01.24 By Mario Sérgio
  • mariofoto1_MSF20240112-1117Beleza Negra do ilê. Alb 2. 13.01.24. By Mário Sérgio
  • mariofoto1_MSF20240112-1426Beleza Negra do Ilê. Alb 3. 13.01.24 By Mário Sérgio
  • mariofoto1_MSF20240112-1512Beleza Negra do Ilê. Alb 4. 13.01.24 By Mário Sérgio

Parabéns Aniversariantes do Dia

loader
publicidade

GALERIAS DE ARTE

HUMOR

  • Vai prá Cuba_1
  • Categoria: Charges
Mais charges...

ENQUETE 1

Qual é o melhor dia para sair a noite?