O governo de Michel Temer converteu o país num grande balcão de negócios. Não montou um centro de vendas moderno com amplas instalações, serviços de qualidade e satisfação do cliente.
O Brasil foi transformado num gigantesco armazém de secos e molhados com atacado e varejo, onde Temer faz operações de compra e venda. No varejo encontra-se nas parteleiras as emendas parlamentares,os cargos administrativos, subornos e o famigerado tráfico de influência.A clientela é composta por parlamentares do Congresso e membros do Judiciário.
O diferencial do serviço é que Michel Temer recebe sua clientela em qualquer horário seja no seu gabinete presidencial ou na residência oficial
Em escala maior, o Armazém do Temer atende no atacado servindo ao mercado financeiro, os conglomerados industriais e as corporações internacionais de ponta. Pense na possibilidade de adquirir uma extensa reserva do pre-sal por uma ninharia ou comprar uma empresa privatizada de águas e saneamento por um preço de banana.
Um verdadeiro negócio pra China.
Um exemplo: uma fatia do pre-sal foi vendida para a empresa francesa Total pelo valor de US$ 2,2 bilhões, valor dezenas de vezes abaixo do mercado. Mais outro, nesse caso uma reserva mineral rica em ouro e outros minérios na Amazônia que estava fechada há 30 anos e será oferecida às empresas internacionais. As reservas do nióbio - o mineral mais caro da face da terra-, em Minas Gerais já foram entregues aos chineses por Aécio Neves.
Para chegar ao balcão da mercearia do presidente em breve estarão programa espacial, a indústria de energia nuclear e os maiores aquíferos do planeta.
- É pegar ou largar minha freguesa!
Quando atua no varejo Michel Temer faz operações como a que livrou seu nome da acusação de corrupção passiva feita pela PGR e que os deputados trataram de desqualificar na Câmara salvando a pele do presdente. Essa brincadeira custou a bagatela de 18 bilhões de reais aos cofres públicos, segundo fontes ligadas ao governo.
Eis aí, um negócio de grande risco.
O Michel Temer angariou esse apoio num segmento da Câmara denominado ' baixo clero" formado por parlamentares inexpressivos, sem orientação ideológica, nem partidária e que desprezam a cartilha da ética. Esses pares só comungam com as vantagens adquiridas e se for em dinheiro sempre fica bem melhor.
Pois, o Michel Temer deve esse favor e se tornou refém dessa corja e logo virá outra denúncia da Procuradoria da República. Dessa vêz com acusações de obstrução da justiça e com provas mais comprometedoras.
Mais uma ocasião que presidente vai quebrar outro cofrinho para atender a solidariedade dos seus apoiadores no Congresso. Será uma tentaiva perigosa de tentar escapulir de mais uma ação que ameaça suas negociatas atrás do balcão do empório nacional.
Resta saber o quanto de mercadoria ainda existe nas prateleiras.
zuggi almeida* baiano, produtor e roteirista de vídeo que continua não comendo reggae de zorra nenhuma.
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