Os vigaristas & as reservas naturais. Por Cláudio Guedes |
Sáb, 26 de Agosto de 2017 04:05 |
"Em meados de 1980, uma região da floresta amazônica entre o Pará e Amapá comparada à Serra dos Carajás por seu potencial mineral despertava o interesse de investidores brasileiros e estrangeiros. Para salvaguardar sua exploração o então governo militar decretou em 1984 que grupos privados estavam proibidos de explorar a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), uma área de quase 47 mil km quadrados - maior que o território da Dinamarca. A ideia era que a administração federal pesquisasse e explorasse suas jazidas. Nos anos seguintes, no entanto, o projeto avançou pouco, e a riqueza natural da área levou à criação de nove zonas de proteção dentro da Renca, entre elas reservas indígenas. A possibilidade de mineração foi, então, banida. Mais de três décadas depois do decreto, nesta quarta-feira, o governo federal reabriu a área para a exploração mineral." (UOL/BBC Brasil 25/08). A ação visa entregar as áreas da Renca à exploração das grandes mineradoras nacionais e estrangeiras, em especial a grupos chineses ávidos por controlar vastas regiões minerais em todo o mundo. O ministério das Minas e Energia é dirigido pelo jovem deputado Fernando Coelho, do clã dos Coelho de Petrolina. A família controla a região há mais de meio século e está sempre no governo, independentemente de qual partido detenha a hegemonia. São empresários poderosos. Negociantes. Uma mistura clássica no país, onde negócios & política andam juntos. O ministério das Relações Exteriores é dirigido pelo senador tucano Aloysio Nunes. Ex- militante da esquerda armada, na década de 70, é hoje um dos colaboradores mais próximo do núcleo duro do governo Temer, tendo interlocução direta com os seus colegas de ministério Wellington Moreira Franco e Eliseu Padilha. Os três há anos são financiados nas suas carreiras políticas por empreiteiros e grandes empresários. Todos estão em várias listas da Operação Lava Jato. O objetivo dos quatro - Fernando Coelho, Aloysio Nunes, Moreira Franco e Padilha - é fazer negócios, rapidamente e com com grandes grupos nacionais e estrangeiros. Estão pouco se lixando para a proteção dos recursos minerais da nação e estão de "costas" para a necessária proteção da Amazonia Brasileira. Muito grave o que está prestes a acontecer! |
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