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Domingueiras XLIX. Por Sérgio Guerra
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Dom, 03 de Dezembro de 2017 22:46

Sergio_Guerra2Temos o costume de afirmar que um ano político no Brasil muda mais do que 30 em um país com tradição republicana e democrática, posto que nestes, especialmente os eleitorais, vemos surgir no Brasil, uma multiplicidade de partidos, novos ou renomados, com nomes que aparecem com algum prestigio, peso e votos, para em seguida desaparecer ou viver em estado vegetativo, minguante ou algo similar. Vale o registro que nos últimos anos, pelo menos nos EUA e na França, as eleições de Trump e de Macron, respectivamente, nos desmentiram, posto que estes “novatos” nos surpreenderam e ganharam as eleições. Porém, no meio da política crise mundial de representações tudo é possível, mesmo que como exceção para confirmar esta regra.

Nesta perspectiva os fenômenos Collor/Lula, em 1989, Roseana Sarney, em 2002, Heloisa Helena, em 2006, Marina, em 2010 e Eduardo Campos, em 2014, são curiosas e sistemáticas repetições que nos confirmam esta regra, neste país de baixa cultura política e pequena história partidária em que em menos de 3 dezenas de anos de processos eleitorais seguidos, com apenas 4 presidente, dos quais 2 foram “impichados”, já existem movimentos pedindo “intervenção militar, já!”, pois seus defensores já proclamam “Cansei” de tanta democracia.

Deste modo, não devemos estranhar que a candidatura de um defensor da ditadura militar, desponte com um peso surpreendente que o coloca como 2º pretendente mais citado nas pesquisas eleitorais, enquanto alguns outros nomes aparecem com um balão de ensaio para, em seguida, desaparecer com a renúncia destes pretensos candidatos que já obtiveram seus “15 momentos de mídia” que poderão ser usados como plataforma para outros vôos, como é o caso de Dória e Luciano Hulk. Assim, caminhamos para o momento da confirmação dos candidatos profissionais ou do ramo, como gostava de falar o velho Tancredo Neves, uma das grandes raposas da política brasileira.

Por outro lado, a definição de Alckmin como postulante, praticamente único pelo PSDB, pois deverá ser consagrado como presidente, praticamente consensual do seu partido, tendo em vista que Dória sumiu e Aécio parece ser desaparecido debaixo das malas de dinheiro que o soterraram com meia tonelada de pó. Serra parece ter desistido de maiores pretensões, quiçá para sempre. Enquanto isso, Marina Silva anuncia a pré-candidatura pela REDE e concorrerá pela 3ª vez a presidência da República, como proposta de renovação, ainda que só mude o rótulo e talvez as companhias que a cercam, cada vez mais pela direita.

Ao nível dos grandes, resta o PMDB que parece caminhar para servir um vice, como sempre, preferencialmente ao PSDB, posto que há muito tempo não tem tido coragem de apresentar um candidato, apesar de ser tido como um grande aglomerado político e ter sempre uma das maiores bancadas, ou mesmo a maior, tanto na Câmara como no Senado, ou mesmo nos Estados e Municípios, na Lava-Jato ou mesmo em Bangú. Quanto aos outros formam um aglomerado tão disforme e sem identidade do qual pouco se pode esperar além de uma candidatura pró forma apenas para marcar posição, conseguir uma “novidade eleitoral”, apoiar uma candidatura mais encorpada, ou mesmo esperar um 2º turno, posto que a dispersão dos partidos deverá levar a esta possibilidade.

Por fim, resta a eterna candidatura de Lula, aparente vencedor em qualquer cenário, conforme todas as pesquisas eleitorais, ainda que no 2º turno, posto que no sentimento popular continua sendo o grande presidente, mas que entretanto ainda deverá passar pelos desgastantes processos judiciais, especialmente os da República de Curitiba, que sequem cada vez mais desmoralizados, mas que ritualisticamente continua condenando a todos e parece dedicado, fundamentalmente, a sua condenação e impedimento de sua candidatura. Mesmo assim, o PT, qualquer que seja o seu candidato, deverá contar com o patrimônio da legenda e o 13, número cabalístico que lhe pode garantir um lugar no 2º turno.

Este é o quadro que se apresenta, no momento.

03/12/2017.

Sérgio Guerra
Licenciado, Mestre e Doutor em História
Professor Adjunto da UNEB,.DCH1 Salvador.
Conselheiro Estadual de Educação - BA.
Colunista Político Semanal do Portal Mais Bahia.

Presidente do Instituto Ze Olivio  IZO

Cronista do site "Memorias do Bar Quintal do Raso da Catarina".

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