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Poesia é brincar com as palavras. Por Sergio Siqueira
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Dom, 10 de Dezembro de 2017 16:19

Sergio_SiqueiraHoje acordei angustiado com a miséria da Bahia e a foto de Mamãe Metralha tendo ao lado seus filhotes Bitelo e Boca de Jacaré. Estavam nus, quase tudo desvendado, as malas de dinheiro ficavam no apê e no closet da mamãe, mas eram tantas que estavam atrapalhando ela andar pelo apartamento e tiveram que alugar outro.

Mamãe deve ter ficado triste, de ter que se afastar da presença física da grana, viciada que era, mas necessário se tornou por questão de espaço e além disso os 3 valiam por 6, cevados que eram de açúcar e gordura. Vomitei, a família era tão mesquinha, tão vil, que até seu funcionário de vida, que fazia enorme esforço para contar aquela montanha de verdinhas tinha 80% do salário confiscado pela família, os 3 viciados em dinheiro. A angústia cresceu e tive que rapidamente recorrer a um antídoto para não passar mal , e nada melhor que o remédio da poesia, e Manoel de Barros era o cara certo.Fui a ele!

Ele dizia que; "era preciso desver o mundo para sair daquele lugar imensamente e sem lado"
" Hoje eu vi um formiga ajoelhada na pedra!
A mãe que ouvira a brincadeira falou:
Já vem você com suas visões!
Porque formiga nem tem joelhos ajoelháveis"
Manoel dizia : " a gente gostava das palavras quando elas perturbavam o sentido normal das ideias. Porque a gente também sabia que só os absurdos enriquecem a poesia".
E ai ele ia :
" Tipo : eu queria pegar na bunda do vento.
O pai disse que vento não tem bunda.
Pelo que ficamos frustados.
Mais o pai apoiava a nossa maneira de desver o mundo, que era nossa maneira de sair do enfado. A gente não gostava de explicar as imagens, porque explicar as imagens afasta as falas da imaginação".

" A gente se encostava na Tarde, como se a Tarde fosse um poste"

E assim nas palavras do poeta, Bernardo ia levando a vida, ele queria desver o mundo para expulsar o tédio.

" Na beira da noite a gente estava sem rumo.
Bernardo apareceu e disse que o vento é cavalo.
Então montamos na garupa do vento e logo chegamos em casa.

A imagem pode conter: pássaro e céu


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