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Aconteceu o que não ia acontecer aqui. Por Sérgio Siqueira
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Dom, 10 de Novembro de 2019 00:16

Sergio_SiqueiraAs dúvidas ainda prevalecem, com a negativa do navio grego de ser o autor do acidente, declarando que entregou toda a carga, sã e salva no porto de destino. Decerto, se isso aconteceu, vai ser fácil de provar. A entrevista do presidente falando que muito óleo ainda virá, coloca mais interrogações no problema. E nova quantidade de petróleo bruto e tóxico realmente chegou, batendo pela segunda vez em muitas localidades e chegando até Abrolhos. Uma mancha imensa ainda se aproxima e há previsões, que o óleo possa chegar ao Rio e ao Espírito Santo. A natureza vem sofrendo golpes ao longo do tempo em todos os lugares. Aqui lá se foram as belas encostas da Baía de Todos os Santos, admirada por Darwin. Arembepe foi só um sonho e a realidade veio com Tibrás, invasões, violência. As Apas da linha verde, as florestas do Sul do estado, e os rios que passam pelas cidades já eram. São raros os bons exemplos.Os esgotos despejados in natura estão por toda a parte e você sente o cheiro em quase todo Baixo Sul. Os mangues estão invadidos por construções , a ilha de Itaparica acabada e por aí vai. Tudo lembra uma poema de Eduardo Alves, que todo mundo pensa que é de Maiakóvsvki, mas é apenas uma homenagem a ele. Esse poema fazia parte do imaginário da geração do final dos anos 60 e da geração 70.

“Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.”

O Verão 2019-2020 chega com muitas incertezas a respeito de banho de mar e das coisas do mar. Pode-se comer sem riscos uma boa moqueca, lambreta e mariscos? Os pobres que vivem do mar, não tem jeito, é sobrevivência. Queria postar uma música que chegou até mim e não posso, deletei sem querer. Essa música que quero resgatar e ainda não está disponível, conta uma história e é super contemporânea no sentido de traduzir tudo que está acontecendo. A letra fala de uma voz dizendo para relaxar, que as coisas ruins nunca vão acontecer por aqui e, acomodados, quando nos damos conta, buuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuum, aconteceu!
O desfecho é um grito desesperado de alerta , pedindo cuidado e levando você a se sentir triste, assustado e preocupado com as pessoas de quem você gosta. O refrão era algo mais ou menos assim :
" cuidadoooooo! aconteceu o que não ia acontecer aqui.
Pode ser o nosso fim" .
O refrão ainda está martelando na minha cabeça, é poderoso. Uma canção para ganhar o céu de um Brasil, aonde mais de 100 milhões de pessoas vivem com 450 reais por mês e outros milhões com um pouco mais.

As dúvidas ainda prevalecem, com a negativa do navio grego de ser o autor do acidente, declarando que entregou toda a carga, sã e salva no porto de destino. Decerto, se isso aconteceu, vai ser fácil de provar. A entrevista do presidente falando que muito óleo ainda virá, coloca mais interrogações no problema. E nova quantidade de petróleo bruto e tóxico realmente chegou, batendo pela segunda vez em muitas localidades e chegando até Abrolhos. Uma mancha imensa ainda se aproxima e há previsões, que o óleo possa chegar ao Rio e ao Espírito Santo. A natureza vem sofrendo golpes ao longo do tempo em todos os lugares. Aqui lá se foram as belas encostas da Baía de Todos os Santos, admirada por Darwin. Arembepe foi só um sonho e a realidade veio com Tibrás, invasões, violência. As Apas da linha verde, as florestas do Sul do estado, e os rios que passam pelas cidades já eram. São raros os bons exemplos.Os esgotos despejados in natura estão por toda a parte e você sente o cheiro em quase todo Baixo Sul. Os mangues estão invadidos por construções , a ilha de Itaparica acabada e por aí vai. Tudo lembra uma poema de Eduardo Alves, que todo mundo pensa que é de Maiakóvsvki, mas é apenas uma homenagem a ele. Esse poema fazia parte do imaginário da geração do final dos anos 60 e da geração 70.

“Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.”

O Verão 2019-2020 chega com muitas incertezas a respeito de banho de mar e das coisas do mar. Pode-se comer sem riscos uma boa moqueca, lambreta e mariscos? Os pobres que vivem do mar, não tem jeito, é sobrevivência. Queria postar uma música que chegou até mim e não posso, deletei sem querer. Essa música que quero resgatar e ainda não está disponível, conta uma história e é super contemporânea no sentido de traduzir tudo que está acontecendo. A letra fala de uma voz dizendo para relaxar, que as coisas ruins nunca vão acontecer por aqui e, acomodados, quando nos damos conta, buuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuum, aconteceu!
O desfecho é um grito desesperado de alerta , pedindo cuidado e levando você a se sentir triste, assustado e preocupado com as pessoas de quem você gosta. O refrão era algo mais ou menos assim :
" cuidadoooooo! aconteceu o que não ia acontecer aqui.
Pode ser o nosso fim" .
O refrão ainda está martelando na minha cabeça, é poderoso. Uma canção para ganhar o céu de um Brasil, aonde mais de 100 milhões de pessoas vivem com 450 reais por mês e outros milhões com um pouco mais.

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