O breque inesperado por zuggi almeida |
Sáb, 30 de Janeiro de 2021 07:59 |
Era um dia de domingo, às 11h30 com o samba fervendo na temperatura elevada na varanda de um boteco em Itapuã.
Bacana, pois o cidadão acorda, toma banho, veste uma roupa descontraída, dribla a mesa do café e segue direto pro boteco E assim seguia o samba: " Domingo, lá na casa do Vavá A marcação dava o ritmo, até que a bela imagem apareceu no passeio do outro lado da rua.Deu-se um breque inesperado e o samba ficou preso na garganta da rapaziada. Ela era dotada de uma sinuosidade elegante, senão dizer perfeita. Eram dois imensos globos que faziam movimentos opostos,mas, numa simetria de fazer inveja ao mais exigente dos físicos, matemáticos ou regentes de orquestra. Do lado de cá, surgiuno primeiro comentário de espanto na mesa, coisa do tipo: - Que mizéra é essa meu Deus ? Mesmo em tempos do Google, o ser humano ainda vai buscar respostas do Supremo para coisas extraordinárias que ocorrem aqui na terra. Aquele escultura viva era uma delas. O samba voltou do breque bem mais animado Era um samba com muito mais régua e compasso. Zuggi Almeida é baiano, escritor e roteirista |
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