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O prédio da Saúde por Sergio Sao Bernardo
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Sex, 06 de Dezembro de 2013 01:22

sergio_sao_bernardoPara Nem, Sinho e Caco.
Foi ali que passamos parte da nossa juventude. Todos têm algo a contar sobre sua juventude.

E este não é um relato compulsório; surge para registrar uma geração de jovens intransitivos. Jovens que se criaram num contraditório terreno às margens de uma sociedade e que ainda, à época, não vislumbravam possíveis sonhos de dignidade e realização social. 

Morei naquele prédio oitocentista de dois andares com meus irmãos e amigos, no cruzamento entre a Rua Jogo do Carneiro e a Rua Felipe Camarão, no antigo Bairro da Saúde próximo à Igreja do mesmo nome. Um prédio que teria sido, no passado, espaço para moradia dos estivadores da Bahia que se alastravam pelos lados do Santo Antônio, Saúde e Nazaré. Um grande sobrado de dois andares com quartos compartilhados de modo rústico, com madeiras de compensados e pintadas da cor da parede. Possuía paredes grossas feitas de estuque de barro, madeiras em feixe e óleo de fígado de bacalhau. As janelas grandes enfeitavam o monumento divino que comprazia o espaço que nos abrigou a nós e aos nossos anseios... 

Neste lugar, muitos foram fincando morada nos seus mais de dez quartos e mais de vinte vagas para toda sorte de gente que vinha de cidades da Bahia e do Brasil, e buscavam onde dormir e iniciar uma vida difícil nos idos dos anos 80 e 90. Inclusive, nós que, tendo saído do domínio dos nossos pais, fomos aos poucos para aquele lugar, fixando moradia para viver nosso desafio de liberdade, amor e poesia. 

Meu pai era o proprietário do bar O PETISCO, vendia almoço barato aos camelôs, vendedores de lojas e homens de negócios da região. O PETISCO ficava na rua interna do Mercado de São Miguel, próximo da Igreja de São Miguel Arcanjo, e nós, durante um tempo, ficamos naquele prédio alugado da Saúde, que estava em posse de uma parte herdeira de uma família em litígio pelo bem. 

O prédio era um lugar de alegria. Nele residiram camelôs, prostitutas, trabalhadores do comércio, drogados, estudantes, artistas, gays, e pessoas tidas como anormais. O prédio da Saúde foi um acontecimento do qual nos servimos para formar nossas crenças e descrenças na vida. 

Nessa época, eu e meus irmãos, éramos "camelôs" - sindicalizados, é óbvio - na Baixa dos Sapateiros e tínhamos orgulho de sermos uma família unida, embora cada um tenha seguido independente em suas escolhas. Foi neste prédio que presenciamos grandes fatos que permearam vidas que se constituíram em formações de juízo e valor sobre o que pensamos e somos hoje. A gerência do lugar era de responsabilidade de meu irmão Nem. Ficamos ali por quase dez anos sem que nos déssemos conta de que aquela dolce vita foi testemunhada por nós com uma humildade e dignidade de causar inveja. 

A “Mansão Bernar” abrigou pessoas que quando ali chegavam, enturmavam-se e integravam-se à família. Não me lembro de todos, mas lembro de “Mario Beliche”, alcunha recebida por ser marido de Selma, uma linda prostituta, que, por vezes, levava seu cliente em seu próprio quarto. "Mario Beliche" ao chegar do trabalho de garçom, nos bares noturnos da cidade, não perdoando o seu sono e tampouco sua moral, adentrava o "lar", alojava-se silencioso na parte de cima do móvel de duas camas, sem que parecesse estar incomodando ou incomodado e dormia tranquilo sem se preocupar com gritos e gemidos.

"Maily Maia” era um ator transformista que, ao ser rejeitado pela família, montou seu próprio lar em um dos quartos do segundo andar da “mansão”. Conversávamos horas a fio e noites adentro. Guardava suas lástimas nos copos de cerveja com amendoim salgado, entre piadas politicamente incorretas. Um dia, soubemos que se jogou do prédio onde seus pais moravam na Avenida Joana Angélica. Morreu jovem e sem realizar seu grande sonho: fazer um show noturno na Holmes 24, atuando como Diana Ross. 

Joel era vendedor de cachorro quente, casado e com uma filha. A lembrança mais poética que tenho de Joel era nos finais de semanas. Saíam todos (pai, mãe e filha) arrumados para o Campo Grande, passear com a família, comer pipoca e algodão doce. Não poderia deixar de lembrar-me de Ubirajara Carvalho de Castro, sua mãe morava numa casa na parte térrea do prédio e ele resolveu "tocar" sua vida sozinho, com a doce e azeda sensação de sentir-se independente. Alugou um dos quartos do segundo andar, defronte àquele que eu ocupava e tocou sua vida de trabalho e boemia.

Bira, como era chamado, era um "faz-tudo". Todos o convidavam para tudo e ele ia. Sempre nos emprestava seu talento para pensar nas melhorias no prédio da Saúde. Lembro quando descobrimos juntos que Jorge Amado, no romance Jubiabá, falara da Mansão do Comendador – lugar onde "Baldo", personagem do livro, iria ver a sua amada, Lindinalva, que depois teria trágico fim no romance. Jorge Amado falava da Casa do Comendador e mencionara que, defronte a esta, existia um sobrado onde moravam trabalhadores do comércio e da estiva, no Bairro da Saúde. Não tínhamos dúvida: nós morávamos na casa que o escritor sabia ter existido e, por isso, nos dávamos uma importância que só valorizou literariamente nossa vida boêmia. 

Era assim. Éramos felizes jovens boêmios. Nutríamos um especial apreço pela força cultural de nossa cidade. A esta época já frequentávamos o Colégio Severino Vieira e seus festivais de cultura e arte. Eu participava do Grêmio Livre e já andava com livros de Brecht, Drummond e Pessoa debaixo do braço. Mais debaixo do braço do que sob os olhos. Frequentávamos bares fedorentos e mal iluminados da Rua 28 de Setembro e da Rua da Ajuda, fazíamos amizades com prostitutas e dávamo-las poemas. Cantávamos músicas de Chico, Gil, Vinicius, Milton e Caetano e pensávamos sermos herdeiros de uma revolução que iria chegar não no que eles chegaram e nem no que chegamos...

Também morou lá a negra Watusi Jacira Valois, uma dançarina do grupo folclórico Viva Bahia, culta, alta, valente, com um corpo que irradiava desejos. Jacira Valois era nossa vultosa personalidade internacional. Tinha viajado para a maioria dos países europeus e sabia do seu valor como artista, falava o que pensava, não tinha papas na língua e sempre nos ensinava sobre muitas verdades sobre consciência racial e valorização profissional dos artistas negros. Algo mais didático que os militantes do movimento negro de tons marxistas que já andavam pelas bandas do Severino. Nossa parca experiência não nos deixava entender tudo, mas enxergávamos tudo. Ela acabou levando para morar neste prédio histórico da Saúde uma boa parte dos membros do grupo Viva Bahia, entre eles Abaeté e Formigão. 

Eliezer Paim, cantor, escultor, poeta. Parceiro de nossas intervenções estudantis também morou no prédio 49 da Saúde. Um romântico que amava Chico e que amava amar as mulheres, e as amou abundantemente. Morou em um dos quartos de baixo. Uma vez, como era amigo de boxeadores do bairro de Cosme de Farias, colocou-me em parelha com um deles e, nesse dia, minha fama de porradeiro teve que se afinar humildemente com os novos truques da luta que aprendi de um excelente esportista. Lembro-me ainda que sempre cantava para mim a música Qualquer Coisa, de Caetano, por traduzir o nada e o tudo que vivíamos naquela época. 

Edson Valadares, o Edinho, também era do Grêmio Livre do Severino Vieira e morou lá. Edinho era um militante de influência cristã marxista, feroz crítico do sistema capitalista/militarista e atuava em movimentos sociais pela democracia que não chegava a nosso país. Tinha um temperamento explosivo quando se tratava de lutar contra a ditadura militar ou qualquer tipo de autoritarismo do sistema educacional. Edinho, no fundo, era um grande poeta e um grande apaixonado: “Preciso de uma mulher que me faça sofrer”. Em épocas de festas na cidade, como o dinheiro era escasso, Edinho juntava-se a nós e ia vender conosco nas ruas da Baixa dos Sapateiros. 

Ari Gil, um preto cantante, cover autorizado de Gilberto Gil, filho de seu Américo, porteiro do antigo cinema Tamoio, um bólido que gestava a natureza da vida nos seus cânticos, como parecia na voz e no jeito com o cantor baiano, ganhara o apelido de Ary Gil. Sarajane, grande cantora de axé na Bahia, fora sua back vocal num antológico show realizado em 1983, no ginásio de esportes do Colégio Severino Vieira, com a sonoplastia de Buia Som, morto em 1996 e a iluminação de AryLight. Depois, Sara já iniciada sua fama de cantora, levou Gil para trabalhar em sua produção. Gil morou também na Felipe Camarão, 49, aliás, o nome da rua já nos era sugestivo, posto que este índio Potiguar, tendo participado da Insurreição Pernambucana contra invasores estrangeiros, nos inspirava em pequenos insurretos ladinos pela curva da vida. Gil, era mais que músico popular, era um polêmico e um grande estudioso da música brasileira. Suas conclusões e suas convicções sobre o mundo eram peculiares.

Recordo-me que muitos de nós, ateus, pela influência de Demócrito, Feubarch e Espinosa sobre Marx, da influência de Marx sobre seus seguidores e da influência de seus seguidores sobre nós acabavam por nos impingir a pecha modorrenta de materialistas. Gil duvidava da nossa genialidade materialista e nos desafiava a explicar a existência das plantas e de uma pororoca, por exemplo. Outra inventiva provocação de Ari Gil foi fazer com que explicássemos aquilo que Machado de Assis teria concluído sobre sua própria existência quando afirmava que "não passara de um liberal conservador e de um romântico prático". Gil nos gozava sobre nossa pretensiosa ética contestadora dos valores burgueses e cristãos, daquilo que dizíamos sem muitas certezas sobre ciúme, sexo e desejo. Num belo dia nos veio com esta “é, você é liberal? Então coma sua irmã!” As pessoas não sabiam o que dizer das conclusões desafiadoras de Gil sobre a ideia de confrontar os valores burgueses de uma sociedade conservadora, pouco afeita a práticas emancipadoras, libertárias e protagonistas de direitos. Gil insistia “você é revolucionário, então coma sua mãe”. 

A lembrança que tenho de Gil no prédio da Saúde, sempre é uma lembrança de conversas noturnas sobre a vida e sobre o mundo. Uma noite comíamos leite condensado de Chernobyl, - porque na época não se consumia muito o leite brasileiro, e fomos obrigados a comprar leite sueco (depois descobrimos que estes lotes poderiam estar contaminados com substâncias radioativas) – com biscoito cream cracker e falávamos das mulheres. Foi nesse dia que falei "à beça" da moça negra magra, assuntada e de olhos de cobra, e sobre minha paixão desmedida. Ela, depois, tornar-se-ia a mãe de minha filha primogênita, Iã Maira, nome dado em homenagem à Tribo Mairun que habitava o planalto central do país, estudada por Darci Ribeiro. Namoramos, nos casamos e depois fomos morar neste mesmo prédio da Saúde, num quarto sem geladeira, aliás, a nossa geladeira era um isopor e nosso fogão era um fogareiro de uma boca. E fomos felizes assim. Gil se casou com Nina, a quem ele chamava de Flora e de quem teve uma belíssima filha primogênita a quem eles denominaram Elis, em homenagem a Elis Regina. 

Caco, o meu irmão mais velho, era estudante da Escola Técnica e foi o último a sair da casa de meus pais. Fora morar conosco, casou-se, separou-se e depois se casou de novo. Caco era mais arredio às investidas da política, mas gostava de poesia. Era um desses sujeitos que todos gostavam. Com seu jeito introspectivo, preferia outro mundo, diferente do nosso, mas, era um parceiro para os grandes momentos de solidariedade, sempre preocupado com nossas vidas. Certa vez, influenciado pela veia literária que incendiava nossos corpos e mentes, meteu-se a fazer versos e veio com esta tirada: “Casa que compõe telha, telha que compõe o telhado, casa, telhado telha, telha, casa, telhado...” foi o suficiente para ser introduzido no seleto grupo de escritores da vida. 

Sinho era o irmão mais velho, depois de Caco. Foi o primeiro a buscar cuidar de sua própria vida. Quando estávamos na Saúde, ele já morava na Vila no Aquidabã. Era o mais esforçado e mais aplicado à tarefa de labutar nas ruas da Baixa dos Sapateiros. Era um excelente jogador de futebol, jogara na divisão de base do Vitória e era muito querido por todos. Todos o chamavam de “Sinho Lambada” por gostar desse ritmo musical e das bebidas que acompanhavam este modo semanticamente tropical de viver a vida. Gostava de leitura e música. Aquele clima de repetição histórica de gerações que habitavam submundos e produziam saberes e sensações era nosso e fizemos o melhor disso em nosso próprio corpo e alma. 

Nem era o irmão que, desde mais moço, sempre me afinara mais, e, no entanto com quem mais brigava. Desde esta época já tinha seu talento para os negócios e para a vida política. Todos íamos para o Severino Vieira, cada um a seu modo, uns iam participar dos jogos, outros, da política e outros participavam da vida literária e cultural. Nós participávamos de tudo. Foi assim que Nem adentrou na vida política estudantil do Severino. Era um sujeito namorador e disciplinado. Deu-se a cuidar vaidosamente de acalantar-se com as meninas do Severino enquanto tratava de "negócios". Aprumou-se e casou-se com Nancy, morou na "Mansão Bernar". Nancy ele já namorara desde menino, pois ela era moradora da casa vizinha ao PETISCO.

Madame Tude morava na casa que ficava no térreo do prédio do 49. Tude era uma mãe de santo, umbandista, tinha nove filhos – agora entendo porque - sendo de Oya a honrou com seus nove rebentos - e com seus três maridos diferentes. Éramos amigos de seus filhos, e, neste ambiente com a idade de 15 anos, já tinha me habituado a entender a força dos encantados e dos espíritos que vinham em forma de natureza nos ensinar sobre como devemos nos relacionar com os seres vivos e com a natureza. Tude foi uma verdadeira escola de religião e de vida. Sempre ia para sua casa como se fosse uma família emprestada, pois, desde os 14 anos, não mais morava na casa de meus pais. Fui o primeiro filho a buscar esta liberdade de morar e viver num mundo hostil e revelador de caminhos. Antes de morar na Mansão, morei em mais de dez bairros de Salvador. Fiz meu rito de passagem, assim, neste caldo romântico que resultou nesse riso moleque que me sirvo mesmo quando tudo parece não ter saída e este ar de que nada será como antes. Tudo isso sem ter sido comunista nem torturado. 

Era comum conversarmos com as entidades encarnadas e pedi conselhos sobre o mundo da época. Quando brigávamos uns com os outros, costumávamos a chamar pelo deus Tempo e dizer que nada faríamos sobre algo de ruim que nos tivessem feito: entregaríamos a Tempo. Era com esta fala que deixávamos o outro com receio do que fez, e sempre produzia o efeito esperado. Tempo trazia a ideia Newtoniana, Kardecista e Nietscheana de que tudo voltava com uma força não necessariamente proporcional, mas voltava...

Gostava de ouvir Madame Tude trabalhar. Mantinha seus filhos com o trabalho espiritual que fazia e vinha muita gente de bairros nobres na cidade contratar os seus trabalhos. Muitos vinham também comprar maconha, já naquela época era comum encontrar os "aviões" próximos à esquina do prédio da Saúde. Tude não permitia que vendessem maconha próximo de sua porta, era uma líder respeitada. Madame Tude não escondia, como dileta filha de Oyá, sua disposição em tomar uma boa cerveja e se entregar nos braços de seu amado quando ele aparecia. Era comum, Madame Tude, nestes dias, não abrir a mesa de jogo. 

Sinto que aquele prédio majestoso foi mais do que uma moradia ou um abrigo provisório de jovens que pensavam em liberdade e na construção de uma vida independente. Aquele lugar foi um depositário de energias que se aglutinavam em torno de desejos distintos. Aquela experiência foi, e é, o motivo que explica parte de nossas afinidades e distonias com modelos pré-concebidos de justiça política. A convivência na "Mansão", com pessoas com subjetividades tão marcantes e confrontantes, nutria a ansiedade planetária de um mundo plural e possível. 

Agora sei que já naquela época vivia um mundo convulsivo, marginal e romântico com fortes apelos revolucionários de uma revolução não vivida, porque não terminada e não escrita. Nada daquilo havia sido aprendido nos livros de marxistas e supostos socialistas que nos influenciavam a ter atitudes excessivamente racionais para uma vida excessivamente irracional. O prédio da Saúde nos revelou a vida como ela é: Intensa e bela, forte e densa, dramática e trágica. Tudo aquilo com sua força soa agora como um turbilhão que precisaria ser processado e repensado para tudo que aprendi depois como sinônimo e símbolo de uma nova era. Acredito que nada tão insinuante e fundacional nos apareceu depois daquilo. Nenhum evento apareceu para nós como aquele rito de passagem, tão cinematográfico e real. 

Nenhum acontecimento político, cultural e social poderá explicar a mutação daqueles dias, nada poderia ser tão sintético e avassalador como as lembranças e segredos que se guardam naquele lugar, que hoje guarda o Consulado da Alemanha no Brasil. Quando passo por lá, sinto que a Alemanha, que aprendeu a filosofar tão bem, chegando a se pensar na heresia de que se fosse impossível filosofar se não em alemão, não saberia entender a força filosófica, o exercício de homens e mulheres que ali habitaram por anos e a ideia de uma protomutância euro, latino, africana plasmada naquelas paredes. 

O tempo não desmanda nossas aventuras. Fizemos um caminho que em nada nos devolve o arrependimento. Estávamos todos embalsamados por esta nuvem de sonho e luta. Uma vontade de crescer na vida e de participar ao tomar dela o gozo do cotidiano. Quantos desejos, pecados, aromas, choros e sintomas de uma nova vida que demorava a chegar, e que, ao fazê-lo foi o seu próprio acontecimento. Medular, instantâneo e lindo! 

Sérgio São Bernando é advogado, conselheiro da OAB, professor da UNEB e integrante do Instituto Pedra do Raio

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