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Cartão Postal é a canção vencedora do 2º Festival de Samba Alerta Geral
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Qui, 25 de Janeiro de 2018 06:22

PocaOlhorecebeTrofuCampeoIIFestivaldeSamba_AlertaGeral_Foto_LucasRosario_AscomSecultBAO largo Quincas Berro D’Água, na noite da última terça-feira, 23, recebeu a elite do samba da Bahia. Nomes da Velha Guarda do Samba e compositores contemporâneos se reuniram na final do 2º Festival de Samba do Alerta Geral para disputarem as três primeiras colocações na competição.

A mesa de jurados composta pelo sambista da Velha Guarda, Zé Cotia, pela secretária de cultura da Bahia, Arany Santana, pelo cantor e compositor, Délcio Luiz, pelo produtor cultural, Andrézão Simões, e pelo cantor e compositor da nova geração do samba, Felipe Escandurras, escolheu as composições que levaram os prêmios de R$ 2.500,00, R$ 1.500,00 e R$ 1.000,00 para os três primeiros lugares, respectivamente.

Para o ilustre jurado da noite, Zé Cotia, sambista homenageado e classificado recentemente como um dos guardiões do samba da Bahia, eventos como o Festival de Samba do Alerta Geral são uma oportunidade para os artistas apresentarem suas produções. “Esse é um momento muito importante para o samba porque existem grandes compositores ainda no anonimato. Quando um sambista é julgado e consegue ficar em primeiro lugar, se abrem possibilidades de participações em outros eventos, além do estímulo a novas composições”, explica o sambista, conhecido como o segundo mais velho da Bahia, em atividade.

O jurado Andrezão Simões estudou bem as recomendações de análise a partir dos critérios de seleção do Festival. “Fico muito atento ao espírito do samba, acho que isso é o grande barato do festival, trazer o espírito do samba para o convívio da rua. O espírito do samba vai muito além da música, está no comportamento, e no olhar sobre a vida”, explica. Simões revela também que se manteve atento ao talento, à interpretação vocal, ao talento da execução musical, mas principalmente, na grande composição ali exposta. “Quando o bloco Alerta Geral presta uma homenagem a Velha Guarda do Samba, é uma contribuição riquíssima à história da música baiana. Vivemos num país que ainda precisa entender que memória é vida. Se fizéssemos a reverência e a referência a todas as pessoas que construíram as estradas que posteriormente pisamos, seríamos um povo completamente diferente”, analisa o produtor cultural.

A secretária de Cultura da Bahia, Arany Santana, também compôs o júri da noite na final do 2º Festival de Samba. “Eu me sinto muito honrada em estar aqui hoje, fui uma das maiores incentivadoras pelo retorno dos festivais de Samba e de Capoeira. A Bahia tem um arsenal de compositores que foram das antigas escolas de samba, estão vivos e ainda podem produzir música com a cara da Bahia, como um partido alto bonito e com conteúdo. Graças a Deus, Arerê nos ouviu, e com nosso apoio, realizou ano passado o primeiro Festival de Samba do Alerta Geral. Então, como secretária da cultura e oriunda das culturas populares, dos movimentos sociais e das lutas por representatividade popular, eu estou muito feliz e à vontade em sentar nessa mesa de júri”, observou Arany.

José Luis Lopes, mais conhecido como Zé Arerê, preside o bloco Alerta Geral. Com 23 anos, o bloco sempre foi pioneiro no segmento. Por gratidão aos grandes nomes do samba baiano, o empresário, através do 2º Festival de Samba, criou uma forma de homenagear a Velha Guarda no evento. Os sambistas Luiz Almeida e Roque Bentenquê, o Rei do Garcia, foram homenageados pela dedicação ao Samba. “Precisamos conservar a velha Guarda e a trazer para dentro dos nossos corações”, pediu Arerê.

“Essa é uma iniciativa maravilhosa de Zé Arerê, homenagear aos sambistas vivos. Faço samba há muitos anos, e ser homenageado é uma maravilha. O Alerta Geral, hoje, representou o Samba da Bahia, uma boa iniciativa com grandes compositores fez do festival um evento muito importante para a música brasileira. Vamos lembrar do pessoal da Bahia agora”, comemorou o homenageado, Roque Bentenquê , vindo do Rio de Janeiro especialmente para o evento.

A premiação – O Samba me Chamou, composição de Alfeu Neto, e interpretação de Virgo Figueiredo, conquistou o 3º lugar do Festival.  O 2º lugar ficou com Transbordando de emoção, composição de Luiz Bacalhau, Campeão do Festival no ano passado.

Rosimeire Ferreira de Jesus, 71 anos, esposa do sambista Luiz Bacalhau, fez parte da torcida em favor de Transbordando de emoção. Para ela, o festival resgata a origem do samba e é uma oportunidade de união entre antigos e novos compositores do ritmo. “Meu marido sempre compôs para blocos de samba que já não existem mais. Outros blocos deveriam realizar mais festivais, pois é um resgate à música raiz da Bahia”, sugeriu a aposentada que se manteve animada e dançando desde o inicio da festa.

O 1º Lugar foi conquistado pela canção Cartão Postal, composta por Marco Poca Olho, Alexandre Babilônia e Lito Pata Pata. “Tinha o compromisso de chegar ao Alerta Geral para mostrar que no Tororó também tem samba de qualidade”, comemorou o campeão Poca Olho, que entoou o verso vencedor da noite.

Única mulher a ser classificada como finalista, Elizângela da Cunha Costa também recebeu menção honrosa. “É tocante ter uma oportunidade como finalista, ao mesmo tempo perceber que as mulheres para chegarem em determinados ambientes, precisam realmente trabalhar em dobro. Esse é o meu trabalho, a minha luta diária, e falar de amor sambando é o que mais quero. Vamos lá mulherada, vamos buscar nosso espaço”, se emocionou a intérprete.

Após as premiações e as merecidas homenagens, o 2º Festival de Samba do Alerta Geral foi encerrado com mais samba, o grupo Bambeia e o cantor carioca Délcio Luiz.

O Festival de Samba do Alerta Geral tem o apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia.

Ouro Negro – Com o tema Velha Guarda do Samba da Bahia, o bloco Alerta Geral é uma das 91 entidades de matrizes africanas apoiadas pelo Governo do Estado, por meio do projeto Ouro Negro, para o Carnaval de 2018. O bloco mantém a tradição de sair na avenida durante a quinta-feira de Carnaval, abrindo alas para a folia com Xande de Pilares, Délcio Luiz, Arlindinho e Mosquito.

Criado em 2008, durante a gestão do então Governador Jaques Wagner, o projeto Ouro Negro oferece importantes subsídios para o apoio de agremiações de matrizes africanas e tradicionais dentro dos circuitos do Carnaval de Salvador. Desta forma, é promovida a preservação e valorização da presença destes blocos, com o desfile em alas e roupas tradicionais, assim como a maior participação da juventude, transmitindo o legado para as novas gerações. Dentro de suas comunidades, estas entidades contribuem para o desenvolvimento social através de projetos que estimulam a construção de uma cultura cidadã.

Foto: Lucas Rosario

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