Salvador, 18 de May de 2024
Acesse aqui:                
facebookorkuttwitteremail
Livro reúne pensadores e artistas indígenas e não-indígenas em reflexões sobre cultura, teatro e os povos originários
Ajustar fonte Aumentar Smaller Font
Sex, 03 de Dezembro de 2021 05:43
CAPA_JANELAS_LIVROO novo livro “Teatro e os povos indígenas, janelas abertas para a possibilidade”, organizado por Andreia Duarte e Naine Terena, e edição de Ricardo Muniz tem seu lançamento gratuito dentro do TePI, a primeira plataforma digital de cultura relacionada ao mundo indígena no Brasil, nesta sexta-feira, dia 4 de dezembro. O livro é uma parceria entre o TePI e a N-1 Edições, reúne 13 textos de pensadores e artistas indígenas e não-indígenas e fica disponível para download na plataforma.

TePI – Teatro e os povos indígenas é uma plataforma de conteúdo digital liderada pela diretora artística Andreia Duarte em parceria e co-curadoria com o ambientalista e filósofo Ailton Krenak. A plataforma já está no ar: tepi.digital.

No livro, autores de várias regiões do Brasil, Chile e Equador abordam, sem intenção acadêmica, as relações entre o teatro e os povos originários, a partir de um projeto estético e político que busca o reconhecimento dos povos originários na originalidade de sua existência.

Zahy Guajajara, Jaider Esbell, Lilly Baniwa e Verônica Fabrini, Anderson Kary Báya e Dayane Nunes são alguns dos nomes que assinam os textos do livro. As artes são de Aislan Pankararu.

A publicação do livro – e a divulgação da plataforma TePI como um todo – ocorre num momento em que a política nacional age de maneira desconcertante em relação tanto aos povos originários quanto à cultura brasileira.

O que os autores dos textos do livro fazem então é propor reflexões sobre o fazer teatral (ou artístico de maneira geral) em relação a diferentes cosmogonias, considerando o crescente interesse que as artes indígenas têm suscitado entre os não indígenas e suas instituições.

“Reconhecemos os artistas indígenas atravessando mundos, mostrando ações externas e políticas no combate às injustiças históricas e sociais, como também agindo a partir da própria noção de arte, do corpo e do espaço, fundada na construção simbólica e espiritual de cada povo”, explicam as organizadoras Andreia Duarte e Naiane Terena no prefácio da obra.

“A partir dessa complexidade vislumbramos o encontro entre o teatro e os povos indígenas como uma oportunidade para expandir a imaginação e conectar com diferentes maneiras de sonhar, provocando o rompimento com qualquer ideia exclusivista de mundo. Seriam essas as janelas abertas para a possibilidade, para toda existência em sua diferença reconhecer a memória de quem somos e juntos criarmos potência de reinvenção e transformação”, concluem.

Artigos

No livro, entre outros artigos, a atriz Zahy Guajajara, em parceria com a pesquisadora Elaine Rollemberg, busca novos sentidos para a própria definição clássica do fazer teatral, colocando-a como agente de transformação.

A estudante de artes cênicas e performer Lilly Baniwa trava um diálogo proveitoso com sua professora na Unicamp, Veronica Fabrini, sobre como o encontro entre as duas fez nascer diferentes percepções e entendimentos artísticos.

A artivista cênica, diretora e pesquisadora cultural Juma Pariri traz a investigação do corpo ativista indígena sobre práticas políticas engajadas na transformação social. Dayane Nunes Yepario e Anderson Kary Báya falam sobre as suas vivências artísticas no grupo Dyroá Baya, da etnia Tariano do noroeste do Amazonas, que trabalha com a divulgação da cultura indígena desde 2003.

O artista visual Emerson Uyrá narra histórias, ações e reflexões que se desenvolvem junto a jovens indígenas a partir das paisagens geográficas, políticas, culturais, biológicas e sagradas da Amazônia.

O artista, escritor e produtor cultural indígena da etnia Makuxi Jaider Esbell – tragicamente morto em 2021 – deixou no livro uma crítica ao contexto colonial, também na relação entre o teatro e os povos indígenas, em que posicionava: “o teatro de que precisamos é o teatro que vamos construir, ou até mesmo adaptar, quando não forjá-lo para as nossas prioridades e urgências”.

Outros nomes que assinam artigos no livro são: João Paulo Barreto Yepamahsã, Luiz Davi Vieira Gonçalves, Juão Nyn, Raquel Rodrigues Kubeo, Jade Reginaldo Ribeiro, José Ricardo Roberto, Carla Ávila, Paula González Seguel, Helena Indiara Ferreira Corezomaé, Ana Luiza da Silva e Juan Francisco Moreno.

As organizadoras

Naine Terena de Jesus é artista educadora/curadora. É docente no ensino superior, e atua por meio da Oráculo Comunicação, Educação e Cultura no desenvolvimento de projetos sócio/culturais/educativos, palestras e oficinas. Em 2020/2021 foi agraciada como Mestre da Cultura de Mato Grosso.

Andreia Duarte é atriz, curadora e diretora artística. É doutoranda na Universidade de São Paulo (USP/ECA), onde estuda o cruzamento entre o teatro e os povos indígenas como espaços de reinvenção da vida. Já realizou diferentes curadorias e produções artísticas, como espetáculos, mostras, publicou livros, artigos, como desenvolveu trabalhos socioculturais e educacionais.

O TePI

O TePI – Teatro e os povos indígenas é uma plataforma de conteúdo digital liderada pela diretora artística Andreia Duarte em parceria e co-curadoria com o ambientalista e filósofo Ailton Krenak. O lançamento oficial da plataforma ocorreu no dia 26 de novembro de 2021 no endereço Tepi.digital.

Totalmente gratuita, a plataforma tem uma Mostra Artística nacional e internacional com diversas peças teatrais, performances e "Atos para Cura", bem como promove encontros de artistas e intelectuais indígenas e não indígenas sobre assuntos como cultura, mercado de arte, ambientalismo e espiritualidade. Ao todo, cerca de 71 atividades, entre vídeos e outros conteúdos, serão lançadas no TePI entre novembro de 2021 e março de 2022.

Naine Terena, Paula Gonzalez (Chile), Denilson Baniwa e Zahy Guajajara são apenas alguns artistas envolvidos na programação, além do próprio Krenak e diversos outros pensadores.

O TePI nasceu para valorizar obras produzidas por indígenas e não indígenas, reconhecendo nestes trabalhos estéticas e conexões que ampliam a percepção sobre a existência na Terra. Entendendo a arte, especificamente o teatro, como espaço de potência, criação e reinvenção da própria vida.

Visite o TePI!

Compartilhe:

 

Adicionar comentário


Código de segurança
Atualizar

FOTOS DOS ÚLTIMOS EVENTOS

  • mariofoto1_MSF20240207-090Lavagem Funceb. 08.02.24. Alb 2. Foto: Mário Sérgio
  • mariofoto1_MSF20240207-022Lavagem Funceb. 08.02.24. Alb 1. Foto: Mário Sérgio
  • mariofoto1_MSF20240203-041Fuzuê Alb 1. 03.02.2024. Fotos: Mário Sérgio
  • mariofoto1_MSF20240203-137Fuzuê Alb 2. 03.02.2024. Fotos: Mário Sérgio
  • mariofoto1_MSF20240203-225Fuzuê Alb 3. 03.02.2024. Fotos: Mário Sérgio
  • mariofoto1_MSF20240203-327Fuzuê Alb 4. 03.02.2024. Fotos: Mário Sérgio
  • mariofoto1_MSF20240112-0814Beleza Negra do ilê. Alb 1. 13.01.24 By Mario Sérgio
  • mariofoto1_MSF20240112-1048Beleza Negra do ilê. Alb 2. 13.01.24. By Mário Sérgio
  • mariofoto1_MSF20240112-1326Beleza Negra do Ilê. Alb 3. 13.01.24 By Mário Sérgio
  • mariofoto1_MSF20240112-1499Beleza Negra do Ilê. Alb 4. 13.01.24 By Mário Sérgio

Parabéns Aniversariantes do Dia

loader
publicidade

GALERIAS DE ARTE

HUMOR

Mais charges...

ENQUETE 1

Qual é o melhor dia para sair a noite?