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Experiência teatral que acontece no whatsapp inicia temporada a partir de 13 de junho
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Seg, 13 de Junho de 2022 13:41

Aguas_que_Rolam_e_Quenturas_foto_Tarcsio_SantosA partir da segunda-feira, dia 13 de junho, estará aberta a compra de ingressos para o experimento teatral Águas que Rolam e Quenturas, concebido e performado pela atriz e dramaturga, Carolina Lira. O teatro de ouvido, como define Carolina, se inicia com uma troca de mensagens, seguida de uma ligação da atriz, já investida de sua personagem,

quando acontece a apresentação. Entre o primeiro contato e o encerramento, a experiência dura cerca de 40 minutos. Águas que Rolam e Quenturas terá 05 sessões diárias, nos finais de semana entre 17 de junho e 17 de julho. Os ingressos custam R$50,00 são comprados e na plataforma Sympla, no endereço www.sympla.com.br/eventos?=%C3%A1guas+que+rolam+e+quenturas&tab=eventos.

 

Lá é preciso escolher um dos cinco horários disponíveis por dia. A apresentação é sempre para apenas um número de telefone, via WhatsApp.

No experimento, duas mulheres dão suas versões sobre a condição feminina, os desafios de existência numa sociedade patriarcal, os labirintos íntimos da produção de arte na contemporaneidade e as atribulações na relação entre mãe e filha. Exiladas num país estrangeiro, Maria (interpretada por Carolina), sua mãe e sua pequena filha, Serena, estão numa casa em uma manhã de sol. Esse é o cenário que precisa ser imaginado a partir de um texto enviado ao participante da conversa no WhatsApp. Nele a mãe de Maria conta de sua condição de mãe/avó e das particularidades de sua relação com a filha e com a neta.

Depois disso, através de uma ligação de áudio no aplicativo, Maria dá sua versão dos fatos narrados no texto e vai além, desdobrando as situações para propor uma reflexão emocionada sobre a condição feminina contemporânea e as angústias da criação artística (Maria é também uma atriz e dramaturga). Expectativas frustradas, maternidade, sonhos inabaláveis, envelhecimento, as durezas do cotidiano e os laços de afeto são alguns dos temas recorrentes no texto. Tudo isso perpassado por um incansável desejo de vida.

Carolina conta que o projeto se iniciou ainda em 2020, no auge do isolamento social provocado pela pandemia do Covid-19. “À época eu era uma atriz confinada, tentando me comunicar com o mundo e querendo continuar a fazer teatro, mas também estava exausta da excessiva exposição às telas, diariamente, às vezes durante os três horários”, lembra. “Então, ao tempo em que desejava dar corpo a esse texto que criei, também buscava uma forma de materializar o espetáculo sem necessariamente obrigar as pessoas a estarem nas telas”. A inspiração para o atual formato aconteceu quando Carolina participou de um experimento multiplataforma do grupo pernambucano Magiluth: “Era muito mais solto, porque a narrativa saltava entre diferentes lugares como o WhatsApp, o Spotfy e o YouTube”.

Carolina já fez 06 temporadas do espetáculo, em diferentes momentos e com diferentes públicos. Na primeira foram pessoas próximas de seu círculo de amizades, depois outras pessoas indicadas por esse círculo e por fim, os “indicados dos indicados”, revela. Ao todo já foram cerca de 600 apresentações (média de 100 por temporada) articuladas principalmente em grupos de WhatsApp e redes sociais como o Instagram.

A partir dessa experiência, ela foi construindo o atual formato que se desenvolve da seguinte maneira: quem compra o ingresso, deixa seu número de telefone para contato via WhatsApp, no horário combinado a pessoa recebe uma mensagem de Carolina, confirmando o início e, em seguida, um texto (o da mãe da personagem), que deve ser lido. Só depois disso a personagem Maria liga para a pessoa e apresenta sua versão, o que inicia essa performance do teatro de ouvido.

E ela não necessariamente se encerra ao final da ligação. “Assim que acabo a apresentação, envio mensagens para a pessoa informando o final da apresentação, mas também convidando-a a mandar uma mensagem de texto, de áudio ou de vídeo, para mim, que estou ali aguardando”, explica Carolina, que chama esse desdobramento de momento camarim.

É comum que muitas pessoas optem por ligar para a atriz, inclusive por vídeo. “E é sempre surpreendente porque bastante gente liga e aí se inverte a relação, porque há muitas histórias, desde relacionamentos familiares, questões ligadas à criação artística e até amores que não deram certo” revela a atriz. Ela acredita que isso se deve à empatia com as personagens e a possibilidade de discutir essas questões num espaço mais íntimo. “Acho que o próprio grau de intimidade, uma ligação telefônica ao invés de um palco de teatro, deixa as pessoas à vontade para se abrirem e o camarim vira o momento em que sou eu quem escuto”, reflete Carolina.


Carolina é atriz formada pela Universidade Livre!, projeto de formação técnica em artes do palco do Teatro Vila Velha. No Vila atuou nos espetáculos Ensaio para a democracia (2019), Por que Hécuba (2019) e Teatro Baiano não é gincana, além de fazer assistência de direção do espetáculo A Tempestade (2020). Ela é mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e feminismos/UFBA. Atualmente integra o Grupo de pesquisa Modelagem da Complexidade em Artes, Neurociências e Saúde (CONES)também da UFBA. Além disso é professora de Inglês e francês, o que já rendeu apresentações de Águas que Rolam e Quenturas, com versões para estas duas línguas e para o italiano.


Gil Maciel Rocha (MTb: 589/AL)


SERVIÇO:

Águas que Rolam e Quenturas (teatro de ouvido)

Texto, dramaturgia e encenação: Carolina Lira

Temporada: de 17 de junho a 17 de julho, com intervalo no final de semana do São João. Dias, horários e compra de ingressos em

www.sympla.com.br/eventos?s=%C3%A1guas+que+rolam+e+quenturas&tab=eventos

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Última atualização em Ter, 14 de Junho de 2022 06:49
 

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