Corrupção no Bahia? por Wilson Gomes
Comprometido em uma nova série de denúncias, desta vez envolvendo corrupção de jornalistas (sim, Senhores, “jabá” ou prebendas diversas em troca de cobertura amigável é corrupção, pois não?), com a grana do clube, o ex-presidente do E.C.Bahia reagiu da pior maneira possível.
A crer-se nas denúncias, o bom e belo rapaz não apenas oferecia agrados aos jornalistas com o chapéu alheio, mas deu um jeito de incluir na lista um mimo para si, uma noite de amor subvencionada pelos infindáveis fundos do Baêa – subvencionada e compartilhada, naturalmente, como Deus manda que sejam as noites de amor ou volúpia.
Não é a alcova, contudo, o assunto deste post, mas a reação do moço às acusações em entrevista recente. Em palavras simples, o que ele quis dizer à guisa de defesa foi que, sim, ele dorme com mulheres e que o atual presidente do Bahia precisa sair do armário.
Creio ter depreendido de semelhante apologética que o moço está dizendo que se você é hétero, rufião e pegador, que mal há em pegar o dinheiro do clube para pegar uma jornalista aqui e pagar um radialista ali?
Aparentemente, conforme a retórica usada, em pegador hétero não pega nada – pegou, tá novo. Já um homossexual, mesmo que não tenha cometido qualquer ilícito, carrega consigo um crime de origem, a própria condição sexual.
Tem sido assim para certa sensibilidade social brasileira: corromper e prevaricar é coisa de menor importância, pois é a orientação sexual o que decide o caráter de alguém. Tsc!