Dilma se acovardou em seu discurso na ONU? Por Walter Takemoto
Tenho visto alguns posts que afirmam que a Dilma cedeu as pressões de ministros do STF e dos partidos golpistas e não “chutou o pau da barraca” na ONU, não denunciou o golpe e não deu nome aos quadrilheiros golpistas.
Alguns afirmam que a Dilma preferiu o que dizem ser a marca de seu governo e seu partido: conciliação.
Dilma foi participar da assinatura de um tratado, não era a Assembléia Geral da ONU, ou de sua Corte Internacional, ou o Conselho Econômico e Social. E a Dilma agiu e falou como estadista.
Diferente foi a sua entrevista para os correspondentes internacionais presentes, em que afirmou que um golpe existe, que o Mercosul e a UNASUL devem se manifestar, criticou os ministros do STF que se pronunciaram sobre a sua afirmação de que existe um golpe no país.
Tenho muitas criticas as medidas implementadas pelo governo da Dilma desde o primeiro dia da sua posse.
Mas não espero que ela se comporte como um jovem revolucionário que acabou de sair de uma guerrilha vitoriosa.
Ver a Dilma descer a rampa do palácio para se encontrar com as mulheres que lá estavam já é um grande avanço.
Ver a Dilma se manter firme e de cabeça erguida estando sob ataques sórdidos, como mulher e presidenta, é comovente e fortalece a disposição de continuar lutando contra os golpistas, agora e sempre.
Eu quero derrotar os golpístas, o programa que querem nos impor, de retrocessos e exclusão.
Os erros do governo e do PT não esquecemos, e vamos cobrar no lugar e no momento adequado.