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Maria Marighella celebra heróis da Revolta dos Búzios

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A vereadora Maria Marighella (PT) participou, na manhã de hoje (12), do hasteamento da bandeira da Revolta dos Búzios, na Praça da Piedade. A solenidade promovida pelo Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial do Estado da Bahia (Sepromi) relembrou o dia quando teve início o levante popular na capital baiana e ocorreu onde foram assassinados os líderes

daquela revolução.

“Lembramos nessa solenidade a memória da luta contra a escravidão. Reivindicamos a memória como direito, como cultura e a afirmamos enquanto patrimônio da nossa cidade. Denunciamos o racismo, o genocídio da população negra e a abolição inconclusa que fundam Salvador. É fundamental afirmar o desejo por liberdade e justiça daqueles homens para que possamos, enfim, ter uma Salvador e Brasil mais justos”, declarou a petista.

Também estiveram presentes na solenidade as secretárias estaduais Arany Santana (Cultura), Julieta Palmeira (Políticas para as Mulheres) e Fabya Reis (Promoção da Igualdade Racial), a vereadora Marta Rodrigues (PT) e o vereador Silvio Humberto (PSB), lideranças da Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen), como Edenice Sant’Ana, ex-deputada estadual, e Rafson Ximenes, defensor público geral do Estado.

Contexto Histórico

Em 12 de agosto de 1798, Salvador amanheceu com diversos manuscritos espalhados em prédios públicos, conclamando a população para uma revolta armada que, entre outros temas, defendia a proclamação da República e o fim da escravidão.

Escreveram esses homens em 1798: “Animai-vos, povo bahinense, que está para chegar o tempo feliz da liberdade. O tempo em que todos seremos irmãos. O tempo em que todos seremos iguais”. Na tarde de 8 de novembro de 1799, quatro homens das camadas mais populares da cidade de Salvador foram esquartejados. Seus crimes? Haviam liderado, junto a outras pessoas, a Revolta dos Búzios – também chamada de Revolta dos Alfaiates e Conjuração Baiana.

Eram dois soldados – Luís Gonzaga das Virgens e Lucas Dantas de Amorim Torres –, um aprendiz de alfaiate, Manuel Faustino dos Santos Lira, e um mestre alfaiate, João de Deus do Nascimento. Todos eles, pardos, negros e filhos ou netos de escravos. Em 2011, o feito dos quatro foi reconhecido pelo Governo Federal e seus nomes entraram para o Livro dos Heróis da Pátria, depositado no Panteão da Pátria e da Liberdade, em Brasília.
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