Aldeia Nagô
Facebook Facebook Instagram WhatsApp

Por que Lula não malha o atual presidente do Banco Central? Por Adroaldo Quintela

2 minutos de leituraModo Leitura
Adroaldo

Gabriel Galípolo segue religiosamente a cartilha de Campos Neto, na presidência do Banco Central. Entretanto, Lula e o Ministério da Fazenda poupam as criticas ao pesado arrocho monetário. A Selic estratosférica bateu a marca de 15% anuais. A critica razoável à decisão do último aumento na quarta-feira da semana passada ficou confinada a alguns ministros, a FIESP, a CNI e entidades e economistas progressistas.
O silêncio presidencial que nos atordoa, faz-me pensar que existe um jogo combinado entre Lula, a área econômica e a atual diretoria do Banco Central.
Qual seria a estratégia que orienta as jogadas da politica monetária e a politica fiscal do Lula 3?
O aperto monetário em 2025 deve ser suficiente para entregar uma inflação próxima so centro da meta até dezembro de 2025.
Com isso, a Faria Lima, a banca internacional, o Banco Central e a mídia patronal não teriam argumentos para manter a Selic no patamar atual. Pelo contrário. As vozes convergentes dos atores econômicos e do Boletim Focus apontariam para redução gradual da Selic, em ano eleitoral.
Daí advém uma pergunta nem tão óbvia como parece: se a economia brasileira tem resiliência para crescer a taxa média de 3% no primeiro triênio do Lula 3, o que poderia ocorrer em termos de crescimento do PIB num cenário de flexibilidade do arrocho monetário?
Creio que teríamos crescimento entre 3,5% a 4,5% da economia brasileira em 2026, com ganho de renda para a maioria da população, em cenário benigno de inflação.
Neste cenário melhoraria qualitativamente a percepção do governo Lula 3. Assim, o caminho da reeleição estaria pavimentado.
Trata-se apenas de uma hipótese possível, ou seja;
saco de maldades em 2025 e saco de bondades em 2026.

Adroaldo Quintela é Economista baiano. Diretor-Executivo do Instituto de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste (IDESNE) Fundador da Associação Brasileira de Economistas pela Democracia (ABED).

Compartilhar:

Mais lidas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *