Aldeia Nagô
Facebook Facebook Instagram WhatsApp

Raphael Rabello é SONZAÇO! Por Renato Queiroz

2 - 3 minutos de leituraModo Leitura
Renato Queiroz

Raphael Rabello: O Poeta das Sete Cordas

Nas montanhas de Petrópolis, nasceu Raphael Baptista Rabello em 31 de outubro de 1962. Cresceu em um lar onde a música era essencial. Desde cedo, o som das cordas do violão o encantava, e ele logo descobriu seu talento especial.

Raphael tinha uma alma antiga, carregando a sabedoria e a melodia de gerações passadas. Aos 14 anos, tocava ao lado de mestres, e seu talento florescia no jardim da música brasileira. Inspirado por Dino 7 Cordas, adotou o violão de sete cordas e passou a ser conhecido como Raphael 7 Cordas.

Seu violão era uma extensão de sua alma. Raphael navegava pelo choro, samba e bossa nova com destreza, sempre encontrando novas formas de expressar sua arte. Durante sua breve, mas brilhante carreira, tocou com gigantes da música como Tom Jobim, Ney Matogrosso, Zé Ramalho, Paco de Lucia, Gal Costa, Maria Bethânia, Paulinho da Viola, Baden Powell, Hermeto Pascoal, Sivuca entre outros.

Essas e outras parcerias refletem sua versatilidade e talento, enriquecendo ainda mais a música brasileira. Ele não apenas acompanhava, mas dialogava com esses mestres, criando harmonias que ecoavam como conversas íntimas. Sua música transcendeu fronteiras e tocou corações ao redor do mundo.

Sua técnica era impecável, mas sua sensibilidade o destacava. Ele capturava a essência da música e a transformava em algo mágico, que falava diretamente à alma de quem o ouvia.

Infelizmente, Raphael nos deixou cedo demais, em 27 de abril de 1995, com 32 anos, mas é considerado um dos maiores violonistas brasileiros de todos os tempos, especialmente no violão de sete cordas.

Opiniões sobre Raphael Rabello:

— Mark Holston: Se o violão tem se estabelecido mais uma vez como a principal voz instrumental da música moderna brasileira, muito do crédito pode ser dado a Raphael Rabello.

  • Andreas Kisser (Sepultura): “A música e o estilo único de Raphael fazem falta. Ele conseguia transitar por mundos diferentes dentro da música e fazia parcerias fantásticas com grandes vozes da música brasileira.”
  • Paco de Lucia: “O melhor violonista que já ouvi em anos. Ele ultrapassou as limitações técnicas do violão, e sua música vinha diretamente de sua alma.”
  • Pat Metheny: “Raphael foi um dos maiores violonistas que já existiu. Sua morte, em uma idade tão jovem, é uma perda dolorosa, não apenas pelo que ele já tinha feito, mas pelo que poderia vir a fazer.”
  • Marco Pereira: “Raphael foi um dos mais notáveis violonistas de todos os tempos. Sua ‘pegada’ era muito expressiva e confiante, com interpretações vibrantes e técnica exuberantes. Sua contribuição foi essencial, deixando uma das mais ricas páginas na história do violão brasileiro.”
  • Francis Hime: “Ele foi um incrível violonista. Eu nunca vi igual… ele foi único.”
  • Lee Ritenour: “Esse é um dos melhores violonistas que eu já ouvi.”

E assim, a história de Raphael Rabello, o virtuoso, continua a ser contada, uma melodia eterna que nunca se apaga.

Aqui, Raphael Rabello interpretando ‘Luiza’ de Tom Jobim, em um trecho do programa Ensaio, gravado em 1993 no Teatro Franco Zampari para a TV Cultura.

Renato Queiroz é professor, compositor, poeta e um apaixonado pela história da música,.

Compartilhar:

Mais lidas