A tese de derrota de Haddad para o antipetismo. Por Francy Lisboa |
Cidadania | |||
Qua, 19 de Setembro de 2018 08:36 | |||
Sim, o antipetismo é a força motriz da oposição ao campo progressista. Um corpo de retalhos com os mais diferentes interesses porém incapazes de sobrepujar o ódio (anti) aglutinador. Não há ilusões, essa froça quase levou em 2014 sob a forma do homen mineiro que hoje se esconde. Contudo, entremos no campo em que o brasileiro médio é craque, o da galhofa. As correntes de rede socias parecem dar a noção exata do tamanho do antipetismo, levando Ciro Gomes e muitos intelectuais da esquerda em serem taxativos em relação a inevitável derrota de Fernando Haddad para Bolsonaro no sgundo turno. Daí a insistência dessa turma em exigir que o PT abdique da candidatura pelo “bem do país”. Afinal, a carne petista tornou-se impalatável. Mas será? Será mesmo que todos que vomitam abobrinhas delirantes serão capazes de apertar 17 na urna pelo simples prazer de ferrar o PT? Será que há absoluta ausência de percepção da realidade economica e social que o Brasil atravessa? Somos mundialmente conhecidos pela nossa capacidade de fazer galhofa com tudo e inclinados a um barraco de discussões pelo simples prazer provocative. Há quem chame Lula de o maior ladrão da História mas que, acreditem, ainda votará no candidato indicado por ele. Há aqueles que repetem a mídia de massa monofásica, mas mesmo assim reconhecem que, se não ganharam, pelo menos não perderam direitos como vem acontecendo. Por isso, há duvidas se o antipetismo é mais forte sobre o sentimento de comparação e esperança de que os dias melhores voltarão. Perde-se muito tempo em tentar descrever planos de governo. Talvez para muitos isso importa, mas para a grande maioria os planos são elencos de promessa política, uma política infelizmente desmoralizada. Então o que resta? Não há eficácia no terrorismo anti-PT de alguns agentes do Mercado, e a razão pura e simples é que a realidade mostrou que todos ganharam com o Partido dos Trabalhadores e não foi feito do Brasil um membro da URSAL. Não é Daciolo? O Cirismo tem por certo de que Bolsonaro ganhará se Haddad for para o Segundo turno sem considerar que o que relamente importa é a lembrança. O brasileiro pode esbravejar, pode compartilhar fake news sobre Lula e o PT, mas dificilmente pode dizer que perdeu com os governos do PT. Então não é surpresa que boa parte do antipestismo não se traduza em voto em Bolsonaro. Em resumo, pode-se muito bem entrar na urna como antipetista, votar no PT, e sair de lá alegando que Lulinha é dona da Esalq. Acredite, o brasileiro é fantástico! Artigo publicado originalmente em https://jornalggn.com.br/blog/francy-lisboa/a-tese-de-derrota-de-haddad-para-o-antipetismo
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