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Artigos


Colunista da Folha diz que mídia foi “suporte político” de FHC por Eduardo Guimarães
Dando o que Falar
Qua, 08 de Agosto de 2012 00:42

eduardo_guimaraes2Apesar da convicção deste blog quanto ao combate que dá ao que considera um dos maiores problemas contemporâneos, o imperialismo da mídia que se abate sobre a humanidade e que tem como subprodutos injustiça, discriminação, racismo e até cumplicidade com o crime organizado, para os justos sempre sobra uma pontinha de dúvida quanto a maus juízos.

Nesse aspecto, entrevista que Janio de Freitas – decano do colunismo político brasileiro e colaborador da Folha de São Paulo – deu na segunda-feira ao programa Roda Viva serviu para me dirimir qualquer dúvida quanto ao que tem sido feito nesta página.

Não foi um “petralha” ou um “mensaleiro” que disse tudo o que será comentado a seguir, mas um dos jornalistas mais celebrados e respeitados do país sobretudo por sua isenção, a qual, segundo relatou no programa, fez com que fosse perdendo leitores ao longo de cada governo pelo qual o país passou após a redemocratização.

Segundo Janio, ele foi perdendo leitores simpatizantes do governo Sarney, do governo Collor, do governo Itamar, do governo FHC, do governo Lula e, agora, do governo Dilma. Instado a comentar cada um desses governos e eleger o “mais nefasto”, sobraram críticas para todos, de Sarney a Dilma. Mas o ponto alto do programa foram suas críticas à imprensa.

Janio elegeu o governo Collor como o mais nefasto, criticou Lula por ter mudado de discurso sobre a política econômica de FHC, que, segundo o colunista, o petista adotou em seu governo, mas foi para o ex-presidente tucano que a crítica foi arrasadora simplesmente porque fez o que nunca pensei que veria na televisão aberta brasileira: disse que a mídia é tucana.

Além de ter dito que a compra de votos para a reeleição de FHC – e não o “mensalão petista” – é que foi o maior escândalo do pós-redemocratização, lembrou a relação promíscua e antijornalística que envolveu o jornal para o qual escreve e o resto da grande mídia (leia-se Globo, Estadão, Veja etc.) e o governo federal tucano: disse, textualmente, que esses veículos serviram de “suporte político” a FHC.

Todavia, a parte mais surpreendente da entrevista ocorreu ao seu final. Segundo anunciou o programa Roda Viva ao começar, Janio falaria de imprensa e, sobretudo, do julgamento do mensalão.

Os entrevistadores, após uma gracinha do blogueiro da Globo Ricardo Noblat instando Janio a falar sobre isenção da imprensa ainda no início do programa, devido às bombas que o entrevistado soltou tentaram “cozinhá-lo” durante o resto do programa sem tocar no assunto julgamento do mensalão, até porque previram o que sobreviria.

Ocorre que, entre os entrevistadores, estava outro jornalista decente e corajoso, Mario Magalhães, que foi ombudsman da Folha por um único ano, tendo deixado o cargo bem antes do previsto porque o jornal tentou coibir as críticas dele quanto ao seu partidarismo político pró PSDB e por seu antipetismo escancarado.

Em sua coluna de “despedida” do cargo de ombudsman da Folha, Magalhães escreveu o seguinte:

A Folha condicionou minha permanência ao fim da circulação das críticas diárias na internet; não concordei; diante do impasse, deixo o posto

Nas críticas diárias, o então ombudsman apontava, dia após dia, a parcialidade e a distorção dos fatos na cobertura política do jornal, além de seu partidarismo exacerbado pró-PSDB e anti-PT. A Folha, então, argumentou que seus inimigos políticos estavam “se aproveitando” do que seu ombudsman escrevia… Acredite quem quiser.

Após os petardos desferidos por Janio, que calaram Noblat, e como ninguém tocasse no assunto que o programa prometera submeter ao entrevistado, o desempenho da mídia quanto ao julgamento do mensalão, Magalhães fez o que devia: pediu a opinião do colunista da Folha sobre o assunto.

A resposta de Janio produziu, entre os entrevistadores, uma reação inacreditável. Todos pareceram em verdadeiro estado de pânico e o apresentador encerrou rapidamente o programa. Hoje, na folha, não saiu a coluna de Janio e matéria do jornal sobre sua entrevista ao Roda Viva diz apenas que ele fez “críticas a imprensa”, sem especificar nada.

Abaixo, transcrevo a pergunta de Magalhães e a resposta de Janio. Ao fim do post, o vídeo com a íntegra do programa.

Mario MagalhãesJanio, você tem sido um solitário crítico contundente das grandes publicações sobre a cobertura jornalística do julgamento do mensalão. Se você pudesse sintetizar quais são os maiores problemas do jornalismo na cobertura do julgamento…

Janio de FreitasEu não sou das pessoas que acham que jornal não pode ter uma posição política definida. Jornal é uma empresa privada. Tem direito de escolher a linha que queira. Não há nenhum impedimento para que um jornal assuma uma determinada posição em face de alguma coisa. Pode, inclusive, fazer isso jornalisticamente.

Agora, o que eu não aceito é que haja todo um discurso da neutralidade, da imparcialidade, mas não a prática. Porque nós estamos cansados de saber que um pequeno título (…), isso induz o leitor a uma ideia negativa a respeito do governo, uma ideia pessimista a respeito do futuro… Nós sabemos que a influência subliminar do jornalismo, é gigantesca.

Quando não é subliminar, é explicitada – agora, por exemplo, na pressão imensa que foi feita às vésperas do início do julgamento em favor da condenação –, isso retira, aos jornais, toda a autoridade moral para fazer uma avaliação justa, correta, realmente imparcial, do que está acontecendo no mensalão ou aconteceria em qualquer outra coisa.

Essa é a minha crítica. Não foi o comportamento que antecedeu o início do julgamento, foi um comportamento de “parti pris” [posição assumida  preconcebidamente] mesmo, de tomada de posição, sem admitir que “estamos tomando tal posição” pela condenação de fulano, beltrano, sicrano. É aquela coisa, sabe, enviesada… Isso é inadmissível.

Última atualização em Qua, 08 de Agosto de 2012 02:13
 
Indiciamento por grampos ilegais na Inglaterra deve servir de exemplo ao Brasil por Emiliano José
Dando o que Falar
Qua, 08 de Agosto de 2012 00:24

emiliano_joseO deputado Emiliano José (PT-BA) afirmou nesta quinta-feira, 26, que o indiciamento de jornalistas no escândalo de grampos ilegais envolvendo o extinto tabloide britânico News of the World deve servir de exemplo à conduta de profissionais e veículos de comunicação no Brasil. Apesar de destacar a importância da imprensa na sociedade, o parlamentar afirmou que esse segmento não pode atuar em desacordo com a legislação. Na última terça-feira, a justiça britânica indiciou sete jornalistas envolvidos no caso. Entre eles, Andy Coulson, ex-porta- voz do primeiro ministro britânico David Cameron, e Rebekah Brooks, chefe de redação da publicação.

Última atualização em Qua, 08 de Agosto de 2012 02:14
 
Dois pesos e dois mensalões por Janio de Freitas
Dando o que Falar
Dom, 05 de Agosto de 2012 22:18

Janio_de_FreitasNa sua indignação com o colega Ricardo Lewandowski, o ministro Joaquim Barbosa cometeu uma falha, não se sabe se de memória ou de aritmética, que remete ao conveniente silêncio de nove ministros do Supremo Tribunal Federal sobre uma estranha contradição sua. São os nove contrários a desdobrar-se o julgamento do mensalão, ou seja, a deixar no STF o julgamento dos três parlamentares acusados e remeter o dos outros 35, réus comuns, às varas criminais. De acordo com a praxe indicada pela Constituição.

Última atualização em Seg, 06 de Agosto de 2012 21:52
 
Cultura e eleições municipais por Albino Rubin
Cultura
Sex, 03 de Agosto de 2012 02:44

albino_rubim_secult_02Começaram as campanhas eleitorais municipais de 2012. As eleições sào ritos inventados pelas sociedades para escolha de seus governantes, sejam eles do Executivo ou do Legislativo. Elas nào só escolhem dirigentes, mas atualizam periodicamente a correlação de forças existentes entre os agentes políticos. Além disto: esta conjuntura singular da política se caracteriza pela aceleração da dinâmica e da disputa políticas.

 
Constrangimentos no mensalão por Paulo Moreira Leite
Dando o que Falar
Sex, 03 de Agosto de 2012 02:23

Paulo_Moreira_LimaSabemos que  os esquemas financeiros da política brasileira são condenáveis por várias razões, a começar pela principal: permitem ao poder econômico alugar o poder político para que possa atender a seus interesses. Os empresários que contribuem com campanhas financeiras passam a ter deputados, senadores e até governos inteiros a seu serviço, o que é lamentável. O cidadão comum vota uma vez a cada quatro anos. Sua força é de 1 em 100 milhões. Já o voto de quem sustenta os políticos é de 100 milhões contra 1.

Última atualização em Seg, 06 de Agosto de 2012 21:53
 
Guerra de mentiras por Robert Fisk
Dando o que Falar
Qui, 02 de Agosto de 2012 12:48

Roberto_FiskJá se viu no Oriente Médio uma guerra em que impera tamanha hipocrisia? Uma guerra de tamanha covardia, de moral malvada, com tamanha falsa retórica e vergonha pública? Não me refiro às vítimas físicas da tragédia na Síria. Refiro-me às mentiras e à falsidade dos nossos governantes e da nossa opinião pública – tanto no Oriente como no Ocidente –, em ambos os casos dignas de risos: não são senão uma horrível pantomima mais característica de uma sátira de Swift do que de Tolstói ou de Shakespeare.

 
UM CARDEAL SEM PASSADO por José Ribamar Bessa Freire
Dando o que Falar
Ter, 24 de Julho de 2012 03:52

Jos_Ribarmar_BessaO tratamento que a mídia deu à morte do cardeal dom Eugenio Sales, ocorrida na última segunda-feira, com direito à pomba branca no velório, me fez lembrar o filme alemão "Uma cidade sem passado", de 1990, dirigido por Michael Verhoven. Os dois casos são exemplos típicos de como o poder manipula as versões sobre a história, promove o esquecimento de fatos vergonhosos, inventa despudoradamente novas lembranças e usa a memória, assim construída, como um instrumento de controle e coerção

Última atualização em Ter, 24 de Julho de 2012 21:46
 
Pelegrino vai atuar com o Estado e a União por Osvaldo Lyra
Cidadania
Ter, 24 de Julho de 2012 03:44

nelson_pelegrino_manu_dias_agecomO candidato do PT ao Palácio Thomé de Souza, Nelson Pelegrino, aposta na parceria com os governos Dilma e Wagner para alavancar o desenvolvimento de Salvador. Nessa entrevista à Tribuna, o candidato diz ser difícil gerir a terceira maior cidade do país sem os apoios do Estado e da União.

 
Bandido bom é bandido morto”, diz uma sociedade doente por Leonardo Sakamoto
Cidadania
Ter, 24 de Julho de 2012 03:39

Leonardo_SakamotoTrês assaltantes abordaram uma motorista e seu bebê de três meses, na zona sul de São Paulo, na noite de sexta (20) Nesse momento, um motociclista apareceu do nada, atirou contra dois dos ladrões, que morreram no local, e desapareceu após evitar o assalto. O terceiro foi detido pela Polícia Militar. O caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa.

Última atualização em Ter, 24 de Julho de 2012 21:46
 
Aberta temporada de caça ao PT por Saul Leblon
Cidadania
Sáb, 21 de Julho de 2012 13:44
manifestantes“A propaganda eleitoral está liberada desde o dia 7 de julho. Para a fatia majoritária da população, a campanha municipal de 2012 começa agora. Para os partidos e lideranças, a caminhada vem de antes, desde as refregas na escolha dos candidatos, passando pelas disputas e as sinalizações das alianças, à luta pelo tempo no horário eleitoral gratuito a TV
Última atualização em Ter, 24 de Julho de 2012 21:47
 
Nós ocidentais, os principais responsáveis por Leonardo Boff
Cidadania
Qui, 19 de Julho de 2012 04:17

leonardoboff

O complexo de crises que avassala a humanidade nos obriga a parar e a fazer um balanço. É o momento filosofante de todo observador crítico, caso queira ir além dos discursos convencionais e intrasistêmicos.

Por que chegamos à atual situação  que objetivamente ameaça o futuro da vida humana e de nossa obra civilizatória? Respondemos sem maiores justificativas: principais causadores deste percurso são aqueles que nos últimos séculos detiveram o poder, o saber e o ter. Eles se propuseram  dominar a natureza, conquistar o mundo inteiro, subjugar os povos e colocar tudo a serviço de seus interesses.

Última atualização em Ter, 24 de Julho de 2012 21:48
 
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