Série de projetos busca salvaguardarmemória de tradição centenária |
Qui, 01 de Abril de 2021 17:09 | |||
Tradição centenária, transmitida de geração em geração, o Baile Pastoril Queimada da Palhinha é o tema de uma série de projetos que busca salvaguardar a memória dessa prática cultural, uma das marcas identitárias de comunidades da Região Metropolitana de Salvador. A tradição natalina reúne mulheres com saias rodadas, homens com os pandeiros na mão e traz a imagem de Senhor Deus Menino no presépio enfeitado com velas, frutas, flores, bonecas, brinquedos, luzes pisca-pisca, bolas de soprar, folhas da árvore São Gonçalinho e arcos de folha do dendezeiro. A festa é centenária nesta região e também pode ser encontrada em Madre de Deus, São Francisco do Conde e Saubara. Ao todo, estão sendo lançados quatro projetos neste mês de março, que reúnem materiais fotográficos, vídeos e incluem ainda o lançamento de uma websérie do grupo Queimada da Palhinha, cujos festejos são realizados na cidade de Simões Filho.
Dona Pina era brincante dos Bailes Pastoris desde criança. Ela foi a dona do baile Queimada da Palhinha e uma das guardiãs de seus saberes centenários. A ação foi contemplada no Prêmio Emília Biancardi, do Programa Aldir Blanc Bahia e é o ponto de partida para o memorial do Baile Pastoril Queimada da Palhinha. A exposição fotográfica é composta por obras artísticas dos fotógrafos Bira Freitas, Águeda Mascarenhas e Uendel Galter, e busca honrar a trajetória de Dona Pina. Esse é apenas o primeiro de uma série de projetos pela produtora Wayra Projetos Culturais, coordenados pela historiadora e documentarista Wayra Silveira. Outra iniciativa busca salvaguardar a memória dessa festa centenária. O projeto Memorial do Baile Pastoril Queimada da Palhinha, contemplado no Prêmio Fundação Pedro Calmon, do Programa Aldir Blanc Bahia, vai organizar e difundir o acervo do grupo. O material reúne 345 documentos e inclui fonogramas, partituras, vídeos, filmes, fotografias, livros e textos acadêmicos referentes ao Baile Pastoril Queimada da Palhinha, acervo sob a custódia da empresa Wayra Projetos Culturais, realizadora do projeto. Produzido a partir de memórias e atuações das Pastoras, Tocadores e Pastorinhas do grupo, cinco coleções documentais estão disponíveis no endereço www.memorialqueimadadapalhinha.art.br. O acervo virtual será difundido para fins de fruição, estudo e pesquisa sobre temas como memória, identidade, cultura popular de Simões Filho, da Região Metropolitana de Salvador e da Bahia, tendo como base um Plano de Gestão Documental executado por Andréa de Britto, museóloga mestra em gestão da informação. A iniciativa tem o potencial ainda de fomentar ações futuras como exposições, apresentações, publicações, recitais, seminários, cursos, encontros, visitas, permitindo aos pesquisadores e à comunidade baiana interagir com esses conhecimentos e com este grupo cultural relevante no cenário cultural no estado. O material reúne 345 documentos e inclui fonogramas, partituras, vídeos, filmes, fotografias, livros e textos acadêmicos referentes ao Baile Pastoril Queimada da Palhinha, acervo sob a custódia da empresa Wayra Projetos Culturais, realizadora do projeto. Produzido a partir de memórias e atuações das Pastoras, Tocadores e Pastorinhas do grupo, cinco coleções documentais estão disponíveis no endereço https://vimeo.com/channels/1692514 O material é dividido em três capítulos, Marchas, Dramas e Sambas, e tem como principal referência os conteúdos do livro Cantigas de um Baile Pastoril Queimada da Palhinha, lançado em 2015. Neste projeto, serão apresentadas seis cantigas marcantes com comentários históricos e etnomusicológicos, além do acervo de gravações em áudio das cantigas à capela. Além disso, três vídeos musicais foram lançadoscom clipes de cantigas tradicionais do repertório centenário do Baile Pastoril – A Queimada da Palhinha. O projeto Coral de um Baile Pastoril – Cantigas Tradicionais foi contemplado no Prêmio Emília Biancardi, do Programa Aldir Blanc Bahia. O Coral é composto pelas Pastoras, Tocadores e Pastorinhas e é regido pelo músico e professor Ossimar Franco. Todos esses projetos têm apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura via Lei Aldir Blanc (Programa Aldir Blanc Bahia), direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal. Foto: Bira Freitas
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