Orquestra Afrosinfônica e a Guarda de Congo Irmandade do Rosário - Os Ciriacos dividem palco em Belo Horizonte |
Sáb, 01 de Outubro de 2022 00:45 | |||
Belo Horizonte será cenário para um encontro inédito no dia 04 de outubro. A Orquestra Afrosinfônica (BA) e a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário - Os Ciriacos (MG) dividem o palco, com regência do Maestro Ubiratan Marques e participação especial de Sérgio Pererê. A apresentação acontece no Teatro Francisco Nunes, e integra a série de concertos gratuitos realizada pela Casa da Ponte, projeto selecionado Petrobras Cultural.
A Orquestra Afrosinfônica é um coletivo de pessoas negras que se expressa a partir de uma abordagem decorrente de pesquisas sonoras e conceitos intimamente ligados à música afro-brasileira. Reunindo 23 músicos é estruturada por piano, percussão, sopros, contrabaixos e vozes femininas. Já a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário - Os Ciriacos subirá ao palco com mais 25 integrantes. Fundada em 1953, começou com o Ciriaco Celestino Muniz e continuou com seu filho Antônio Jorge Muniz, capitão-mor da irmandade, que junto com mais de cem Irmãos do Rosário, mantém viva a tradição do Reinado. Repertório - Na apresentação, teremos músicas do álbum “Orin – a língua dos anjos” (indicado ao Grammy 2022). Serão incorporadas duas músicas com arranjos sinfônicos criados especialmente para a ocasião: “Velhos de Coroa”, de Sérgio Pererê, e “Alumiá”, parceria entre Pererê e Ubiratan Marques para o concerto, uma fusão da música de matriz africana Minas-Bahia que fala das tradições. Aprendizado ancestral - A Orquestra Afrosinfônica já realizou, através do projeto de concertos gratuitos, encontros com os Blocos Afro Malê Debalê e Ilê Aiyê, em Salvador, e com o Nação Maracatu Estrela Brilhante, em Recife. A série de concertos será agora encerrada com a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário - Os Ciriacos, em Belo Horizonte. Desses encontros, há muito aprendizado, “dividir o palco com todos estes grupos afrodescendentes é só gratidão. Nós somos fruto, somos resultado destas manifestações. Eles são nossa grande referência, nossa maior inspiração “, revela o maestro Ubiratan que afirma que realizar concertos com estes grupos é dialogar com o fundamento da música brasileira, que norteia a identidade e os princípios da Orquestra Afrosinfônica. Serviço Concerto Orquestra Afrosinfônica & Guarda de Congo Irmandade do Rosário - Os Ciriacos Regência: Ubiratan Marques Participação especial: Sérgio Pererê Apresentação: dia 04 de outubro, às 20h Local: Teatro Francisco Nunes, Belo Horizonte Classificação: Livre | Duração: 60min | Entrada: Gratuita, sujeita à lotação do teatro Realização: Casa da Ponte Maestro Ubiratan Marques Apoio: Irmandade do Rosário - Os Ciriacos | Prefeitura de Belo Horizonte Patrocínio: Petrobras ORQUESTRA AFROSINFÔNICA Sob o comando do maestro Ubiratan Marques, a Orquestra Afrosinfônica é um coletivo de pessoas negras que se expressa a partir de uma abordagem decorrente de pesquisas sonoras e conceitos intimamente ligados à música afro-brasileira. Reunindo 23 músicos e estruturada por piano, percussão, sopros, contrabaixos e vozes femininas, a orquestra leva o conceito “afrosinfônico”, designado pelo maestro Ubiratan, às últimas consequências pela consciência do processo cultural da diáspora africana e pelo processo de pesquisa e estudo de repertório. É importante também dizer que essa música de matriz africana é o tripé da música brasileira, ela é praticamente quem sustenta toda a música brasileira. A Orquestra Afrosinfônica foi criada em novembro de 2009, com o objetivo de dialogar com expressões orais identitárias brasileiras tão resistentes e marcantes quanto a música de matriz africana e dos povos originários, entre tantas outras. A exemplo disso, o naipe de vozes femininas da Orquestra foi inspirado nos terreiros de candomblé e no cancioneiro popular. “foi preciso uma ampla pesquisa sobre os cânticos em Iorubá, Mucubal, Quimbundo, Quicongo - entre outros idiomas trazidos pelos escravos negros ao Brasil e ainda utilizados por seus descendentes, principalmente nos cultos do candomblé, para sintetizar a música afro, que deu origem a toda a música baiana, ligando-a à instrumentação da orquestra e gerando um espetáculo multifacetado, bem representativo da nossa brasilidade”, explica o maestro Ubiratan.
ÁLBUNS Branco, 2015 ORIN, a Língua dos Anjos, 2021
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Última atualização em Sáb, 01 de Outubro de 2022 06:49 |
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