Feminismo e sistema prisional são temas de seminário na ALB

Salvador, 19 de May de 2024

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Dom, 10 de Setembro de 2023 00:19

ALB_SAPFeministaAbolicionista_Feed2 A Academia de Letras da Bahia realizará, no dia 15 de setembro, o Seminário Arte e Pensamento Feminista Abolicionista, promovendo um diálogo sobre a interseção entre o feminismo e o sistema prisional. Sob a mediação do vice-presidente Marcus Vinícius Rodrigues, o evento contará com a presença das renomadas intelectuais Denise Carrascosa, Luciany Aparecida e Patrícia Freitas, a partir das 18h, no Palacete Góes Calmon.

O Seminário será enriquecido com a participação das doutoras Denise Carrascosa e Luciany Aparecida, juntamente com a realizadora audiovisual Patrícia Freitas. As convidadas irão explorar as complexidades da condição das mulheres, com ênfase no feminismo negro, dentro do sistema prisional, um ponto crucial na opressão patriarcal.

Denise Carrascosa, professora da Universidade Federal da Bahia, doutora em crítica literária e cultural (UFBA) e pós-doutora em História da África, da Diáspora e dos Povos Indígenas (UFRB), abordará as "Relações entre o Pensamento Teórico-Crítico do Feminismo Abolicionista, a Criação Literária e a Arte-Educação em Prisões". Ela também coordena o projeto "Corpos Indóceis, Mentes Livres" (Letras/UFBA).

Por sua vez, a doutora e escritora Luciany Aparecida explorará as conexões entre produções artísticas contemporâneas e o pensamento abolicionista, com base em suas publicações mais recentes, "Macala" e "Joanna Mina". Ela examinará como a metodologia de escrita criativa dessas obras literárias se relaciona com o pensamento feminista abolicionista, utilizando a pesquisa historiográfica como ponto de partida. "Macala" foi desenvolvido em diálogo com a fotografia de uma mulher na Bahia do século XIX, de autoria de Marc Ferrez.

A realizadora audiovisual Patrícia Freitas abordará a perspectiva feminista abolicionista relacionada à imagem. Em sua apresentação, ela destacará como sua produção como documentarista dialoga com os direitos humanos, explorando o tema "1 minuto não basta para uma imagem: políticas do tempo na realização e leitura de cenas audiovisuais e fotografias inconvenientes". Patrícia, mestra em literatura e cultura pela UFBA, também é membra do projeto "Corpos Indóceis, Mentes Livres", onde realiza oficinas audiovisuais e literárias com mulheres negras em situação de encarceramento no Complexo Penitenciário Lemos de Brito, em Salvador, Bahia.

O evento é gratuito e aberto ao público. Para obter um certificado de participação com duração de 2 horas, os interessados poderão fazer a inscrição antecipada pelo Sympla ou no momento do evento.

Os Seminários Arte e Pensamento são uma iniciativa da Academia de Letras da Bahia para promover o diálogo com produções contemporâneas decoloniais nos campos da pesquisa, da arte e da cultura.

A Academia de Letras da Bahia conta com o apoio financeiro do Governo da Bahia, por meio do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia.

Serviço

O que: Seminário Arte e Pensamento Feminista Abolicionista

Quando: 15 de setembro

Horário: A partir das 18h

Onde: Palacete Góes Calmon - Av. Joana Angélica, 198, Nazaré, Salvador. CEP 40.050-000

Ingresso: Gratuito (com emissão de certificado de 2h)

Certificado: Inscrições no local

Facebook e Instagram @academiadeletrasdabahia

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Tags: Seminário Arte e Pensamento, Denise Carrascosa, Luciany Aparecida, Patrícia Freitas, Marcus Vinícius Rodrigues

MAIS INFORMAÇÕES

Denise Carrascosa é doutora em crítica literária e cultural (UFBA), pós-doutora em História da África, da Diáspora e dos Povos Indígenas (UFRB), tradutora literária, advogada e professora associada de literatura na Universidade Federal da Bahia, na graduação do Instituto de Letras e no Programa de Pós-graduação em Literatura e Cultura.

Luciany Aparecida é doutora em letras, professora e escritora. Publicou “Florim” e “Contos Ordinários de Melancolia”, e nas antologias “Abrindo a Boca, Mostrando Linguas: 16 escritoras LGBTOIAP”, “Descuidosa de sua Beleza”, entre outros escritos.

Patrícia Freitas é realizadora de audiovisual, mestra em literatura e cultural pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), com experiência em documentários em funções de pesquisa, roteiro e direção. Dirigiu, dentre outros: Firminas em fuga (2022), documentário de curta-metragem, lançado na Feira Literária de Paraty (FLIP) em 2022, a partir de oficinas de escrita literária no Conjunto Penal Feminino da Penitenciária Lemos de Brito; peças audiovisuais (2020) para a Justiça Global/RJ sobre explosão de fábrica clandestina de fogos em Santo Antônio de Jesus-BA, exibidas em audiência na Corte Interamericana de Direitos Humanos que condenou o Estado brasileiro pela morte de 64 pessoas nessa tragédia; “Enquanto de espero, a luz coalhou” (2018), documentário de curta-metragem, filmado na cidade do Porto, em Portugal, e exibido no Arqfilm Festival em Santiago, no Chile, em 2018, e no Cinetekton, Festival Internacional de Cine Y Arquitectura, em Puebla, no México, em 2019; Ira (2005), documentário de média metragem, sobre intolerância religiosa a terreiros de Candomblé, premiado com Menção Honrosa no Cinesul – Festival Ibero-americano de Cinema e Vídeo –, em 2005, no Rio de Janeiro. Nos últimos cinco anos, trabalhou como pesquisadora para a RG Produções em série documental dirigida por Paulo Alcântara e, para a produtora Benditas, em produção seriada também em formato documental dirigida por Sofia Federico, ambas a serem exibidas na TVE-BA; enquanto assistente de direção, pela produtora Couro de Rato, sediada no Rio de Janeiro, em série documental dirigida por Luis Carlos de Alencar para o Globoplay. Bacharel em Letras pela UFBA, também cursou Direito (UFBA) e participou de projetos de assessoria jurídica e educação popular com movimentos sociais. Estuda produção de discursos e imagens de resistência em textos literários e audiovisuais e tem sido professora em instituições públicas e privadas de ensino, tais como a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), onde ministrou disciplinas de humanas para cursos nas áreas de saúde. E, desde 2013, integra o projeto Corpos Indóceis, Mentes Livres, coordenado pela professora Denise Carrascosa (Letras/UFBA), realizando oficinas audiovisuais e literárias com mulheres negras em situação de encarceramento no Complexo Penitenciário Lemos de Brito, em Salvador, Bahia