Um dos principais nomes contra dois regimes autoritários, o Estado Novo e a Ditadura Militar, foi o baiano Carlos Marighella. Autor do livro Manual do Guerrilheiro Urbano, ele, segundo jornais da época, era considerado o inimigo número um da Ditadura.

E, com o tema Da Baixa dos Sapateiros à Câmara dos Deputados – A trajetória de Carlos Marighella na Bahia, o Conversando com a sua História  apresenta a vida de militante político, com o historiador Ricardo Sizilio. O evento ocorre na terça (24), às 17h, na Biblioteca Central do Estado da Bahia, nos Barris.

Ricardo Sizilio é mestre em História pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e tem como objetivo debater a trajetória de Marighella na Bahia, entre os anos de 1911 até 1948, ano em que seu mandato de deputado federal foi cassado. Na ocasião, serão narradas ações realizadas por ele no Parlamento e as denúncias feitas sobre a precariedade dos trabalhadores baianos na década de 1940.

O Conversando com a sua História é uma iniciativa do Centro de Memória da Bahia (CMB), unidade coordenada pela Fundação Pedro Calmon/ SecultBa, que neste ano chega a 17° edição, debatendo sobre debateu Trajetória dos Comunistas, durante todo mês de abril. “O Conversando se tornou um evento de grande importância para a historiografia baiana, pois tem o objetivo de divulgar as pesquisas mais recentes sobre a história do Estado para o grande público”, ressalta Rafael Fontes, diretor do CMB.

Marighella - Aos 20 anos foi preso pela primeira vez em 1932, por participar da ocupação da Faculdade de Medicina em favor do movimento constitucionalista de São Paulo, e contra o interventor da Bahia, Juracy Magalhães. Durante 33 anos, ele atuou no Partido Comunista Brasileiro, sendo um dos responsáveis pela aproximação do Partido com a classe operária. A trajetória do militante baiano foi parar em livros, entre os quais, Marighella, o Guerrilheiro que Incendiou o Mundo, escrito pelo jornalista Mario Magalhães e, Batismo de Sangue, que expõe as circunstâncias da morte de Marighella, escrito pelo Frei Betto.
A história também foi contada nos cinemas, através de documentários, como Retrato Falado, dirigido por Silvio Tendler, e o longa – metragem Marighella, dirigido por Isa Grinspum Ferraz, que foi premiado no Festival de Cinema de Havana (2011), Mostra Internacional do Rio de Janeiro (2011), Mostra Internacional de São Paulo (2011), 7° Mostra dos Direitos Humanos, além Ventana Sur (2012).

Sobre o palestrante – Mestre em História, pela Universidade Federal da Bahia, Rafael Sizilio é um pesquisador da história de Carlos Marighella, que foi tema da dissertação que defendeu. A abertura política na Bahia e no país no pós Estado Novo e, o Partido Comunista do Brasil estão entre as temáticas das pesquisas que ele desenvolve. Em 2003 passou a lecionar no Ensino Médio e em curso pré-vestibular, na Rede Estadual, na iniciativa privada e Instituição Federal de Ensino.

CMB - O Centro de Memória da Bahia (CMB), unidade da Fundação Pedro Calmon/Secretaria de Cultura do Estado (FPC/SecultBA), tem como objetivo a difusão da história da Bahia, através da preservação e ordenação de arquivos privados e personalidades públicas, bem como a realização de exposições, seminários e cursos de formação gratuitos. Entre suas funções, é responsável pelo Memorial dos Governadores Republicanos da Bahia (MGRB), localizado no Palácio Rio Branco, no Centro Histórico de Salvador.

Serviço
O que: 3ª palestra do Projeto Conversando com a sua História: Trajetória dos Comunistas - Da Baixa dos Sapateiros à Câmara dos Deputados – A trajetória de Carlos Marighella na Bahia.

Onde: Sala Kátia Mattoso, na Biblioteca Central do Estado da Bahia.

Quando: 24 de abril, às 17h.

Quem: Ricardo Sizilio.

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