Salvador, 26 de April de 2024
Acesse aqui:                
Banner
facebookorkuttwitteremail
Dando o que Falar


Uma nova “guerra fria”. Por Juarez Guimarães
Dando o que Falar
Sáb, 04 de Março de 2023 04:39

Juarez_GuimaresNestas quatro últimas décadas em que tem sido a linguagem política central das classes dominantes, o neoliberalismo tem abrigado um amplo espectro que vai

 
O nono aniversário da guerra na Ucrânia. Por Jeffrey Sachs
Dando o que Falar
Sáb, 04 de Março de 2023 04:32

Jeffrey_D._SachNós não estamos no primeiro aniversário da guerra, como os governos e as mídias ocidentais alegam. Este é o 9º aniversário da guerra. E isto faz uma grande diferença.

 
Cuidados ao se falar em democracia. Por Marcelo Zero
Dando o que Falar
Ter, 21 de Fevereiro de 2023 07:33

A cobrança é recorrente. Sempre que o PT chega ao poder, começam a exigir que seu governo condene países que não seriam democráticos.

Curiosamente, são quase sempre países com regimes de esquerda e/ou que são malvistos por Washington e aliados. Não há praticamente demanda para que os governos do PT condenem os muitos países que são ditaduras extremas, mas que têm regimes geopoliticamente aliados ao “Ocidente”.

Compreende-se. Como dizia François de La Rochefoucauld, “a hipocrisia é a homenagem que o vício presta à virtude”. Neste caso, vício arraigado e histórico. Em nossa região, por exemplo, há longa tradição de desestabilização de regimes progressistas e de apoio a ditaduras, em nome, é claro, da defesa da “democracia” e da proteção aos “direitos humanos”. Tradição sempre renovada, como se viu recentemente nos casos de Honduras, Paraguai, Bolívia etc.

Mas o Brasil, quando governado pelo PT, fala, sim, em democracia. De modo adequado e nos foros apropriados.

O Brasil, nos governos do PT, costuma “falar bem” nas votações que ocorrem Conselho de Direitos Humanos da ONU, relativas às Resoluções que aquela alta instância adota para reforçar a arquitetura internacional dos direitos da pessoa humana. Em 2010, último ano do segundo governo Lula, o Brasil, ao contrário de muitos países, votou favoravelmente a todas as 28 resoluções que o Conselho de Direitos Humanos adotou em seu 15º período de sessões. Os EUA, bedel dos regimes políticos do mundo, se abstiveram ou votaram contrariamente a todas as resoluções que foram a voto.

O Brasil falou e os EUA ficaram em silêncio. Além disso, o Brasil é signatário responsável de todos os instrumentos multilaterais e regionais que dizem respeito ao reforço aos direitos humanos e à proteção da democracia e suas instituições.

O nosso país, dessa forma, tem tido, principalmente nos governos do PT, participação ativa e positiva em todas as esferas regionais e mundiais que se dedicam à causa universal da afirmação progressiva de todos os direitos humanos, sejam eles políticos, sociais ou econômicos.

Apesar desse firme compromisso com os direitos humanos, o Brasil evita condenações formais a países específicos, que normalmente servem apenas para a defesa de interesses geopolíticos, que nada têm a ver com a promoção efetiva da democracia e com a proteção aos direitos humanos fundamentais.

Na realidade, a posição histórica da diplomacia brasileira tem sido a de evitar as condenações oportunistas, hipócritas e inúteis a certos países que não são do agrado dos EUA e aliados. Assim, o Brasil normalmente se abstém nas votações que visam condenar e isolar nações como Cuba, por exemplo. Tal posição não foi inventada ou introduzida pelos governos Lula e Dilma, como parecem acreditar alguns. É uma posição já tradicional do Estado brasileiro.

É também posição tradicional do Brasil, rompida apenas no governo Bolsonaro, condenar o embargo à Cuba. Esse embargo, que já dura mais de 60 anos, é absolutamente inútil e somente pune a população daquele país. O mesmo pode ser dito das outras sanções comerciais e econômicas que os EUA e aliados impõem unilateralmente a adversários. O Brasil somente apoia e cumpre sanções que sejam aprovadas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. Aliás, é isso que faz a maior parte das nações do mundo. O embargo à Cuba, por exemplo, é condenado pela imensa maioria dos países.

As intervenções dos países que se julgam modelos de democracia em países supostamente “ditatoriais” normalmente resultam em caos, sofrimento e muitas mortes, centenas de milhares, como se viu, por exemplo, nos casos do Iraque, da Líbia, do Afeganistão, da Síria etc. Em outras palavras, quando esses países “falam” em proteger democracia e direitos, a situação piora muito e milhares sucumbem. E mortos, ao que se saiba, não são “portadores de direito”. Tampouco falam.

Mas o problema principal é que, se fôssemos “falar” em democracia e direitos humanos com governos específicos, teríamos que falar com praticamente todo o mundo.

É o que se deduz de alguns relatórios sobre democracia no planeta. Normalmente elaborados por instituições conservadoras, que praticam o credo neoliberal com tocante fervor, esses relatórios assustam.

É o caso do último Democracy Index, elaborado, em 2022, pela The Economist Intelligence Unity (EIU).

Segundo essa publicação, somente 24 países do mundo, entre os 167 pesquisados, seriam “democracias plenas” (full democracies). O resto se divide entre as categorias de “democracias imperfeitas” ou falhas (flawed democracies), “regimes híbridos” (hybrid regimes) e “regimes autoritários” (authoritarian regimes).

Mapa_Classificacao_da_Democracia

Como se observa, segundo a The Economist, a maior parte da população do planeta não vive em democracia. Noventa e cinco países, que somam quase 55% da população do globo vivem em regimes “híbridos” ou “autoritários”. Na África, no Oriente Médio e no resto da Ásia, as democracias, mesmo as imperfeitas, seriam raras exceções. Na América Latina, as “democracias plenas” se circunscreveriam ao Uruguai, Chile e Costa Rica.

Por conseguinte, se formos nos guiar pelo que dizem as publicações conservadoras, as mesmas que gostam de apontar os dedos para regimes políticos de esquerda ou de adversários dos EUA e aliados, teríamos de “falar” com um monte de gente, não apenas com a Nicarágua ou a Venezuela, como demandam alguns.

Outra questão que complica muito as coisas é que falar de países específicos frequentemente reforça a política contraproducente de isolar essas nações e contribui para intervenções que só fazem piorar (muito) a situação interna.

Não se pode ser ingênuo, em política externa. Além de Cuba, Venezuela Nicarágua já vêm sendo objeto de sanções draconianas impostas unilateralmente (e, portanto, ilegalmente) pelos EUA. Sanções que incidem pesadamente nas populações pobres dessas nações. Sanções que incidem negativamente nos direitos humanos desses povos. Sanções de natureza antidemocrática.

Portanto, se é para “falar” em democracia e direitos humanos, vamos falar primeiro condenando o isolamento e a sanções unilaterais.

E vamos falar muito em negociações e apoio ao diálogo, que é o que o Brasil, principalmente nos governos do PT, costuma fazer. Com êxito, diga-se de passagem.

Ademais, se é para falar em democracia e direitos humanos, não se pode silenciar sobre pobreza, fome e desigualdade.

Gandhi dizia que a pior forma de violência é a pobreza. Tinha total razão. A pobreza, principalmente a pobreza extrema, é a negação de todo direito. Quem é pobre vive agrilhoado pela necessidade, que é o oposto da liberdade. O pobre tem muita dificuldade em exercer direitos e não vive realmente em democracia, mesmo que ela formalmente exista.

A maior parte da população mundial, que é pobre e miserável, está mais interessada numa democracia substantiva. No direito a comer, no direito a morar, no direito a ter saúde, no direito a conseguir educar seus filhos. Não quer apenas votar, seguindo o modelo das democracias ocidentais. Isso não é captado pelos relatórios conservadores da The Economist, mas é necessário falar sobre isso também.

São, portanto, muitos os cuidados que temos de ter para “falar” em democracia, até mesmo porque quem costuma ter a fala hegemônica sobre o assunto não está realmente nela interessado.

Melhor ouvir, conversar e dialogar, como o Brasil e Lula sabem fazer.

Marcelo Zero

É sociólogo, especialista em Relações Internacionais e assessor da liderança do PT no Senado

Artigo publicado originalmente em Cuidados ao se falar em democracia - Marcelo Zero - Brasil 247

 
Uma carta para militares golpistas. Por Cristina Serra
Dando o que Falar
Ter, 21 de Fevereiro de 2023 06:57

Cristina_SerraA imprensa tem noticiado movimentações de parlamentares petistas para modificar o tão propalado artigo 142 da Constituição, sobre as Forças Armadas.

 
Balões de ensaio. Por Marcelo Zero
Dando o que Falar
Sex, 17 de Fevereiro de 2023 05:20

marcelo-zeroNão há limites para o ridículo. Pelo menos, não no reino de fértil imaginação da nova Guerra Fria, povoado de insondáveis paranoias.

 
Lula flerta com Montezuma. Por Pepe Escobar
Dando o que Falar
Sex, 17 de Fevereiro de 2023 05:06

Pepe_EscobarMontezuma rendeu-se prontamente aos recém-chegados espanhóis, sem esboçar qualquer resistência, ajudando os colonizadores europeus a governar até a sua morte

 
Guerra na Ucrânia – o que virá a seguir? Por Helmholtz Smith
Dando o que Falar
Seg, 06 de Fevereiro de 2023 05:54

HELMHOLTZ_SMITHA Rússia continuará fazendo o que está fazendo retendo a reserva até decidir que chegou o momento de acabar com a guerra

 
Adeus à Europa?. Por Boaventura de Sousa Santos
Dando o que Falar
Seg, 06 de Fevereiro de 2023 05:42

boaventura-de-sousa-santosSem a Rússia, a Europa é metade de si mesma, econômica e culturalmente

Paira sobre a Europa um novo-velho fantasma – a guerra.

 
Davos, Kiev e Brasília – o ocaso de um projeto. Por José Luís Fiori
Dando o que Falar
Seg, 06 de Fevereiro de 2023 05:36

jose_luis_fioriA desconstrução de uma crença, um projeto e uma estratégia que se transformaram na bússola da política internacional dos EUA

 
O Insensato Balão da Guerra. Por Marcelo Zero
Dando o que Falar
Seg, 06 de Fevereiro de 2023 05:30

Marcelo_ZeroA guerra não é apenas cemitério de homens. É também a sepultura da razão. Todo o mundo sabe como uma guerra começa, mas ninguém sabe como termina.

 
O general Etchegoyen e a covardia, Por Cristina Serra
Dando o que Falar
Sex, 20 de Janeiro de 2023 19:20

Cristina_SerraSetores das Forças Armadas, certamente frustrados com o fracasso do atentado no domingo infame, encontraram um porta-voz para mandar recados em tom de ameaça ao presidente LulaTrata-se do general da reserva Sérgio Etchegoyen, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do golpista Michel Temer.

 
«InícioAnterior11121314151617181920PróximoFim»

Página 14 de 344

FOTOS DOS ÚLTIMOS EVENTOS

  • mariofoto1_MSF20240207-113Lavagem Funceb. 08.02.24. Alb 2. Foto: Mário Sérgio
  • mariofoto1_MSF20240207-021Lavagem Funceb. 08.02.24. Alb 1. Foto: Mário Sérgio
  • mariofoto1_MSF20240203-015Fuzuê Alb 1. 03.02.2024. Fotos: Mário Sérgio
  • mariofoto1_MSF20240203-161Fuzuê Alb 2. 03.02.2024. Fotos: Mário Sérgio
  • mariofoto1_MSF20240203-220Fuzuê Alb 3. 03.02.2024. Fotos: Mário Sérgio
  • mariofoto1_MSF20240203-368Fuzuê Alb 4. 03.02.2024. Fotos: Mário Sérgio
  • mariofoto1_MSF20240112-0903Beleza Negra do ilê. Alb 1. 13.01.24 By Mario Sérgio
  • mariofoto1_MSF20240112-1206Beleza Negra do ilê. Alb 2. 13.01.24. By Mário Sérgio
  • mariofoto1_MSF20240112-1253Beleza Negra do Ilê. Alb 3. 13.01.24 By Mário Sérgio
  • mariofoto1_MSF20240112-1646Beleza Negra do Ilê. Alb 4. 13.01.24 By Mário Sérgio

Parabéns Aniversariantes do Dia

loader
publicidade

ENSAIOS FOTOGRÁFICOS

GALERIAS DE ARTE

HUMOR

  • Abertura das Olimpiadas_1
  • Categoria: Charges
Mais charges...

ENQUETE 1

Qual é o melhor dia para sair a noite?